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Capítulo XXXVI

As outras pessoas


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(O Evangelho )


Diante de qualquer pessoa, seja quem seja, inclina-te à bondade e começa por endereçar-lhe um pensamento de simpatia.

Se renteias com alguém que admiras pelas virtudes que lhe exornam o caráter, pondera os riscos a que essa criatura se vê exposta pela altura a que se guindou e, calculando os sacrifícios que terá ela feito para alcançar as responsabilidades em que se situa, oferece-lhe apoio, para que não se lhe desafinem as cordas da alma.

À frente de outra pessoa que consideres errada, com mais razão orarás por ela, rogando o auxílio da Vida Maior, em seu favor, a fim de que se lhe refaçam as forças.

Farás ainda mais. Meditarás nas muitas vezes em que essa criatura haverá sofrido o impacto das tentações que lhe assaltaram a estrada e não acharás motivo para estranheza ou condenação se refletires nas lágrimas que terá ela vertido, até que a tortura mental lhe impulsionasse o coração para o colapso das energias morais em que se escorava dificilmente.

Todos somos defrontados no cotidiano por inúmeras pessoas que a vida nos traz à observação.

Recebamo-las todas na condição de criaturas irmãs, portadoras de recursos e fraquezas, esperanças e sonhos, tarefas e lutas, problemas e dores semelhantes aos nossos.

Consideremos, sobremaneira, que ninguém se aproxima de alguém pedindo reprovação ou azedume.

Todos carecemos de compreensão e bondade.

Quando estamos em paz, o conselho que nos induz ao aperfeiçoamento moral lembra a lâmpada acesa impelindo-nos para a frente.

Entretanto, quando desajustados pelas consequências de nossos próprios erros, já carregamos em nós próprios fardos de angústia suficiente para suplício do coração.

Doemos a quantos se abeirem de nós o melhor que pudermos: o entendimento e a fraternidade, a boa palavra e o serviço nobilitante.

Convençamo-nos todos de que todos os males, os nossos e os dos outros, ficarão um dia para trás, em definitivo. Toda sombra chega e passa à feição de nuvem perante o sol. Permanecerá no Universo, acima de tudo e para sempre, o Sol da Providência Divina. E na luz da Providência Divina todos os mundos e todos os seres se encadeiam na corrente do amor eterno, em permanente e vitoriosa sublimação.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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