Rumo Certo

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Capítulo LV

Assistência e nós


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Coerentes quase todas as críticas desfechadas pelos observadores das obras de caridade contra os seareiros que as exercem.

Todas essas críticas são seguras e construtivas, de vez que frequentemente se erigem à feição de advertências preciosas na base do dever. Nisso estamos todos concordes.

Se somos defrontados por uma criança relegada aos lances adversos da rua, recordamos de pronto que as organizações assistenciais devem recolhê-la para a educação necessária.

Surpreendidos pelo companheiro embriagado na via pública, mentalizamos para logo que as autoridades legais devem estar alertas contra os abusos do álcool.

Encontrando um enfermo entregue à ventania da noite, afirmamos, com razão, que os serviços hospitalares devem abrir as portas a todos os que padecem angústia e febre no espaço de ninguém.

Interpelados pelos homens tristes que se endereçam humilhados ao exercício da mendicância, lembramo-nos, de imediato, que eles devem abraçar uma profissão e atender à própria subsistência.

Ouvindo a voz chorosa das mães sofredoras que recorrem à prática da, esmola a fim de sustentarem os filhos pequeninos, declaramos que as administrações devem ser responsabilizadas pela extensa fieira dos que vagueiam sem recursos em todas as direções.

Indubitavelmente, governos e instituições, grêmios de solidariedade humana e personalidades representativas precisam agir na erradicação da penúria e do vício, da necessidade e da ignorância, enquanto que aos nossos irmãos do petitório cabe procurar trabalho e instrução para se elevarem de nível.

Que devem, efetivamente devem. Todos concordamos com semelhante alegação.

Resta a nós, os cristãos que respondemos pelo nome de Jesus, perguntar à própria consciência, antes de qualquer censura aos serviços de amor ao próximo, sobre o que temos realizado e observar o que estamos realizando nas boas obras que nos compete empreender. E até que os poderes oficiais que nos pedem cooperação e não reproche consigam executar os programas de socorro e educação que se propõem a efetuar e que naturalmente concretizam pouco a pouco, reflitamos como seria fácil a vitória da caridade, se cada um de nós, junto aos irmãos em dificuldade, se decidisse a auxiliar pelo menos um.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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