Revelação

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Capítulo XII

Perdão e vida


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Oscar e Gil, dois irmãos,

Falavam sem alvoroço,

Em fraterno entendimento,

Trinchando peixe no almoço.


Oscar era sitiante,

Dono de muito dinheiro,

Gil, porém, era homem pobre,

Presença de companheiro.


Entre os dois faltava alguém,

A fim de se completar

Um nobre trio de irmãos,

Nascido no mesmo lar.


Esse alguém era um rapaz,

De nome Paulo Antonino

Que não amava os irmãos,

Disfarçado em vagolino.


Ao café, Oscar deu notícia,

Depois clamou muito sério:

— Essa guerra do Oriente

Tem cheiro de cemitério.


Depois disse ao Gil:

— Creio que somos irmãos

Que não se lembram na vida

Da bondade e do perdão.


— O conflito em andamento

Não é tão simples assim,

Toca a todos os que pensam,

Tanto a você quanto a mim.


Em seguida perguntou

Por notícias de Antonino,

Muito embora acreditasse

Que ele andava sem destino.


Gil saiu-se do problema,

A explicar que pela idade

Transformara-se em pastor

De paz e de caridade.


Oscar sorriu com desprezo

E aclarou: — Não creio nisto,

Não concebo um marginal

Comentando Jesus-Cristo.


E prosseguiu: — Felizmente

Não lhe ouço a própria voz;

Deus conserve o nosso irmão

Sempre mais longe de nós.


— E você deve saber, vou processá-lo,

Isso será muito breve;

Com justiça pagará,

Mais de cem mil que me deve.


Gil mostrava-se agitado,

Ante as palavras candentes

E comentou: — os guerreiros e os falsários

Deus no-los deu por doentes.


— Se estou te ouvindo correto,

Notei, você, meu irmão,

Recordando a tolerância

Por terra de elevação.


— Eu? expressava-se Oscar,

Se o visse em má vida que enleia,

Rogaria da polícia

Resguardá-lo na cadeia.


Gil fez-se mais humilde

E falou: — o que me arrasa

É saber que toda guerra

Começa dentro de casa.




Jair Presente
Francisco Cândido Xavier


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