Seara de fé

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Capítulo VI

Paz em caminho


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“Tempos difíceis!… Época de lutas!…”

Dizes guardando na alma a luz acesa

Da análise que vem da madureza

Que o tempo te ensinou a registrar!…

Nesses amplos conflitos da existência,

Embora os desencantos do caminho,

Eis que o Céu te aconselha ao peito em desalinho:

— Perdoar, perdoar…


Companheiros terão mudado a senda,

Olvidando-te a fome de ternura,

Sem notarem a dor que te tortura,

Ao senti-los descendo de lugar;

Choras almas queridas que te esquecem,

Perseguindo o prazer ruidoso e vão,

Mas a vida te pede ao coração:

— Perdoar, perdoar…


Quantos amigos vês, trocando a fé,

Por negação que as faltas lhes encobre,

Quantas almas geniais de sentimento pobre

Que te procuram desencorajar!…

As horas, entretanto, vão passando

E o Tempo resguardando a antevisão de tudo,

Roga-te na função de mestre mudo:

— Perdoar, perdoar!…


Não te isoles. Prossegue trabalhando

Na tarefa de amor que te eleva e te apura,

Quantos se dão à sombra da aventura,

Não encontram senão ânsia e pesar!…

Age, fazendo o bem… Caminha e continua…

Para seguir Jesus, estrada adiante,

A própria Lei de Deus nos lembra a cada instante:

— Perdoar! Perdoar!…




Existe , autêntica, de Maria Dolores, muito parecida com essa, cujo manuscrito psicografado encontra-se sob a custódia do Dr. Eurípedes Higino, filho adotivo do Chico.


Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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