Sementeira de Luz

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A lembrança é palestra íntima

03|11|1942


Meus caros filhos, Deus abençoe a vocês todos, concedendo-lhes ao coração seus tesouros de paz sacrossanta. Muito especialmente, venho trazer às crianças o meu abraço pessoal, pelas alegrias do mês corrente. Nos dias adequados não esquecerei a mensagem afetuosa, particularíssima, de coração a coração. Não somente com papel e lápis se poderia saudar alguém. Mais que tudo é com o espírito usando as vibrações da alma que nos comunicamos uns com os outros. . E nesse domínio das recordações carinhosas o velho avô há de vir com o beijo da dedicação de todos os tempos. Não precisaremos palavras. Entender-nos-emos pelo coração.

As perspectivas do fim de ano, nos estudos, enchem-me de esperanças novas. Tenho examinado o esforço de ambos, meus queridos. Não posso dizer que se atrasaram, pois, de fato, sinto nos dois o desejo real de progredir, correspondendo ao do lar.

É isto mesmo. Hão de ser invariavelmente felizes, sempre que souberem buscar no templo de casa as energias imprescindíveis à boa luta. Os livros são fonte de consultas, elementos de iluminação e aviso, patrimônios do saber que orienta os caminhos e lhes define os contornos. Entretanto, o lar é o livro mais importante, porque se constitui de páginas da vida em si própria. É por ignorar esta verdade que a maioria dos homens se perde nos desfiladeiros da viciação. Desconhecendo os deveres próprios, são cegos que, de modo geral, poderão exibir muito intelectualismo, mas que não sabem ver a claridade legítima da estrada. Sempre que vocês puderem, voltem o olhar ao ambiente doce da retaguarda, onde os pais oram por vocês e pensam constantemente em seu bem-estar. Essa atitude mental redundará em firmeza para os empreendimentos justos, renovar-lhes-á a visão espiritual e representará, sobremaneira, um escudo contra o assédio das ideias perniciosas, que costumam invadir o íntimo da criatura, através do concurso de palestras malsãs e de companhias enganosas.

A nossa escola, como vocês observam, deve continuar sempre ativa. Lembrem-se de que o vovô ainda está estudando também e que se existem lares na Terra, com muito mais propriedade existem eles nas zonas espirituais, de onde os homens os copiam num impulso natural. Feitas porém, estas considerações, quero renovar-lhes meu abraço de felicitações. Retomando o assunto, agradeço ao nosso irmão Casimiro pela lembrança que nos deixa.

Você, Roberto, vai bem melhor, entretanto, é justo que continue com os remédios, pelo menos dois deles, em tabletes. Hão de auxiliá-lo para a resistência necessária. Como você não ignora, o período de provas requisita acúmulo de energias e não seria justo desproteger-se. A prova pede atenção firme e espírito pronto. É indispensável oferecer bases à matéria mental. Tenho estado em tarefa de auxílio, no que me é possível, junto de vocês, mas pode crer que isto não impede que pense também nas suas aves como sempre.

Quanto a você, Wanda, veio em minha companhia hoje uma grande amiga sua, que lhe deixa afetuoso abraço. É Marta de Crecy, que seus olhos não poderiam identificar nos dias que passam. São as afeições do lar de Jesus, onde nos reencontraremos todos um dia. Declara-se ela muito satisfeita em rever você e agradece a Deus a possibilidade de se fazer sentir ao seu lado. O tempo, minha filha, não apaga o amor e você deve saber que amor e memória são duas zonas infinitas, onde o espírito se manifesta. De minha parte, assinalo com satisfação esta visita, por demonstrar a estima de que você pode dispor em grande número de corações.

Espero em Deus que ambos contem sempre com minha singela cooperação, nos domínios do possível às minhas faculdades limitadas. Que as férias próximas sejam para vocês dois uma branda estação de refazimento orgânico e paz espiritual.

Muito comovidamente deixo a todos o meu abraço cheio de afetos e pedindo a Jesus nos conceda o prolongamento de amor, onde nossas almas se sintam cada vez mais unidas, sou, como sempre, o papai e vovô muito amigo,


A. Joviano


Felicitações


Wanda e Roberto, o avozinho,

O amigo do coração,

Deu-me a tarefa amorosa

Das rimas de saudação.


Diz ele — “Novembro é o mês

De aniversário dos netos,

Um claro jardim no tempo

Enriquecido de afetos.


São vocês joias divinas

Do escrínio do Professor.

Dois capítulos divinos

No livro de seu amor.


Junto dele, outros amigos

Das esferas imortais

Vêm trazer às nossas preces

As flores celestiais.


E eu, pequeno entre todos,

Humilde, rogo a Jesus

Que conceda a vocês dois

O reino de sua luz.


Casimiro Cunha


Nota da organizadora: Refere-se ao poema [“Felicitações” reproduzido acima].

Nota da organizadora: Refere-se a uma amiga espiritual de outras eras, sobre a qual não foram dadas maiores revelações.



A. Joviano
Francisco Cândido Xavier


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