Sementeira de Luz

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Capítulo XVII

Os esforços sagrados de um pai

12|10| 1938


Meus filhos, Deus abençoe a vocês, concedendo-lhes muita tranquilidade. Venho para a nossa pequena palestra habitual, rogando aos espíritos superiores pela paz de todos os nossos.

Aqui a minha tarefa maior tem sido esta, a de laborar pelo bem de quantos se ligaram aos nossos corações pelos mais santos laços da afinidade espiritual. Um pai deve continuar o seu além das próprias circunstâncias da morte e é por esta razão que não descanso em os observando na luta. Luta, aliás, sumamente agradável ao meu íntimo cheio de saudade e de afeição. Lamento que as filhinhas não compreendam o nosso esforço conjunto, mas creio no tempo como creio na misericórdia infinita do nosso Pai de Infinita Bondade.

Enquanto trabalho, vou igualmente idealizando os meus planos do porvir, pois não abandonei a minha ideia de escrever algo para as crianças na minha nova vida. Deus me concederá esta alegria nos futuros dias que hão de vir. Se falei à infância desenvolvendo-lhe o raciocínio, sinto-me agora no dever de falar-lhe um pouco ao coração.

De nossos assuntos familiares, acredito que todos eles seguem no quadro da paz relativa do orbe terrestre.

Nas férias, receitaremos de novo para o Roberto. À força de prescrições reiteradas, ele irá consolidando as suas energias para a vida da mocidade e da maioridade. A Wanda vai bem, sendo conveniente a continuidade dos elementos medicamentosos em uso.

A sua carta para a casa, meu filho, foi bem inspirada. Melhor seria que ela fosse um ramo de oliveira para a paz geral, mas já que isso ainda não é possível esperemos em Deus, mobilizando as nossas forças de sinceridade, de carinho e de amor. Tempo virá em que uma interpretação melhor substituirá em nossa casa os resquícios dolorosos do passado espiritual e que dormem no fundo dos corações como carvões depois dos incêndios. E precisamos observar que o incêndio das paixões são os mais devastadores. O pretérito dorme em cada um de nós com energias ameaçadoras e imperiosas. O mais necessário é conhecimento espiritual, a fim de conseguirmos controlar o nosso mundo interior, sabendo o que desejamos em benefício de nossa própria edificação. De minha parte, tudo hei de fazer constantemente pelo bem de todos.

A Maria deve continuar com as suas disposições íntimas de sempre, pautando os seus pensamentos na fraternidade e no carinho que lhe conheço. Sobre os remédios de ambos, prossigam no uso metódico de sempre, salientando que a Maria não deve se esquecer dos elementos que lhe foram receitados, de modo a beneficiar-lhe o mais possível na solução dos problemas da circulação.

Deus os abençoe, concedendo-lhes muita paz de espírito. E implorando de Sua bondade infinita a bênção dulcificante para os netos, deixa-lhes um abraço muito afetuoso, o papai,




A. Joviano
Francisco Cândido Xavier


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