Sementeira de Luz

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Capítulo XXXIV

Carta aos netos

08|11|1939


Wanda e Roberto, ! Que Jesus faça despetalar sobre vocês as flores de sua paz e de seu amor sacrossanto, em todos os caminhos. Às vozes amigas e ternas, que os felicitaram nestes dias, também eu junto a minha, de velho avô, rogando a Deus a felicidade para ambos.

Um ano é mais um marco na grande estrada da existência. São eles as etapas do trabalho que hoje significam estudos e alegrias do lar para vocês. Dia virá, porém, meus filhinhos, em que esses trabalhos serão mais intensos, no conjunto das experiências do mundo. Para isso é indispensável, antes de tudo, armazenar no espírito a perfeita confiança em Deus.

Amem-se muito, filhinhos! A vida exige muita dedicação e muito amor. Seja o lar a escola bendita para vocês ambos. Mirem-se em seus pais. Eles celebram em cada dia, no altar do trabalho e do devotamento, as mais elevadas ações de heroísmo doméstico, a fim de que vocês sejam felizes mais tarde. No ritmo dessa afeição santificada, seus corações hão de encontrar a colmeia divina da alegria e da tranquilidade no futuro. Ouçam: nós viveremos sempre. Aí ou aqui, encontraremos lutas. Em toda parte vive a oportunidade santa de crescermos em conhecimento para Deus, Pai de todos nós. Aprendam, desde já, como vêm fazendo desde muito, a ciência do bem, do grande bem que transforma todas as dificuldades do caminho em luzes para o Espírito.

Que todas as noites, em se recolhendo, inquiram a si mesmos, no silêncio do coração amigo e terno: “Que bem fiz eu hoje? Terei levado ao coração dos pais a dádiva de afeto que eles esperavam? Que devo renovar no meu íntimo para me elevar aos olhos de Deus? Terei praticado todas as boas ações que se encontravam ao meu alcance?”

Nessa hora, filhinhos, eu estarei perto de vocês para auxiliá-los a refletir. Como sombra amorosa e amiga, colocarei as mãos sobre as suas frontes e pedirei a Deus a Sua luz divina para os seus corações carinhosos e desvelados. E quando o sono lhes fechar as pálpebras cansadas, pelas atividades de cada dia, encontrar-me-ei com vocês sem que se apercebam de nosso encontro nas recordações do dia seguinte. Mas despertando para as lutas edificadoras que a Terra oferece a todos os aprendizes de sua grande escola, vocês guardarão no íntimo a doce impressão do meu abraço de parabéns e do meu beijo de muito amor.

Trazendo-lhes, pois, o coração afetuoso nas suaves comemorações do novembro que passa, em júbilo para as nossas almas, rogo a Deus que derrame todas as Suas bênçãos sobre os seus corações.

Esta, filhinhos, é a prece muito sincera do avô que não os esquece,




A. Joviano
Francisco Cândido Xavier


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