Sentinelas da Alma

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Capítulo XIII

Oração do pintor


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Senhor!…

Através de pincéis e tintas, cores e telas, concedeste-me o trabalho de que se me honorifica a existência.

Obtenho os recursos que se me fazem necessários, criando imagens com que influencio o espírito alheio. Deste-me, porém, tanta facilidade para exteriorizar a minha própria imaginação que, às vezes, receio descambar para as figurações menos felizes, capazes de conturbar quem as vê, simplesmente pela sede de popularidade ou dinheiro fácil.

Ensina-me, Senhor, a compreender a harmonia com que distribuíste sabiamente as cores nos quadros da natureza, no orbe que nos emprestaste para viver.

Tingiste o firmamento de azul e a vegetação de verde, as cores repousantes que nos tranquilizam o campo mental, mas, imprimiste ao sangue o vermelho alarmante e agressivo para que, ao menor sinal de perigo, venhamos a defender prontamente a vida corpórea.

Situaste as cores resplendentes do Sol, de cima para baixo, como a doar-nos a ideia da marcha que a todos nos compele da sombra para a luz.

Entretanto, não puseste cor alguma no ar, a fim de que ninguém possa criar o mínimo traço de privilégio ou separatividade na distribuição do agente essencial à sustentação de todas as criaturas da Terra.

Coloriste a verdade com o realismo que lhe é próprio, mas não desprezaste a beleza e o sonho inventando para o nosso olhar as maravilhas do arco-íris que não existe como elemento substancial e, sim, como inspiração de paz e harmonia que nos sublime os impulsos.


Senhor!

Ensina-me equilíbrio e respeito aos outros para que eu apenas crie formas do bem e para o bem, a fim de que eu possa cooperar na segurança e na ordem, na serenidade e na alegria permanentes de tua obra, hoje e sempre.




Meimei
Francisco Cândido Xavier


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