Sentinelas da Alma

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Capítulo XXI

Oração do lixeiro


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Senhor!…

Situaste-me o concurso modesto na profissão de lixeiro, e estou feliz pela cobertura que me dispensas.

Virando latas ou carregando fardos de sujeira ou detritos ganho o meu pão e, com isso, a tua Infinita Bondade me garante a subsistência.

Ao agradecer-te, oh! Pai, as bênçãos do trabalho, deixe que te expresse a minha gratidão pelos ensinamentos a que constantemente me levas.

É verdade que me concedes o privilégio de responsabilizar-me pelos serviços de higiene e limpeza, entretanto, me faz ver igualmente, dia por dia, que a tua Misericórdia nada desdenha e a ninguém menospreza.

De todas as residências procede o lixo que recolho, seja de palácios ou casebres, templos ou clubes, escolas ou hospitais, no entanto, observo que toda essa sucata de recursos domésticos pode ser reconvertida em valores novos para as indústrias que protegem as comodidades da vida humana. E talvez o que mais me edifica é reconhecer que do próprio esterco fazes alimento e vitalidade, essência e perfume em plantas e flores através da química inteligente da Natureza.

Ajuda-nos a compreender que o mesmo acontece na vida, dentro da qual nas piores ocorrências conseguimos extrair agentes preciosos para o nosso tesouro de experiência.

Mediante as lições que me ofertas, por intermédio de simples resíduos nas sendas da Humanidade, ensina-nos que coisa alguma pode ser desprezível. Auxilia-nos a aproveitar o tempo a serviço do bem, a fim de que haja cada vez menos lixo espiritual em nossos caminhos e ajuda-nos a ser fiéis ao próprio dever para que te sejamos sempre mais úteis, em tua obra, hoje e sempre.




Meimei
Francisco Cândido Xavier


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