Tão Fácil
Versão para cópiaEstudos ante a hora da morte
Não te inclines ao suicídio Que só por si é doença; A morte virá sem falta, Mais veloz do que se pensa. Na morte, se nos revela A revisão do dever, Por isso é que temos nela A hora do “vamos ver”. O recém-desencarnado Está no próprio desejo, Fitando, por atacado, O que fazia a varejo. Por força da natureza, Na hora da despedida, A mente encontra a visão De tudo o que fez na vida. A esposa do agonizante Rezava a “Salve Rainha”, Mas ele apenas gritava: — “Aquela morena é minha!…” O morto, de corpo inerte, Nem sempre está no descanso… Pede a mente que ele esteja Fechado para balanço. Disse o tio a João Rosendo: — “A paz é o que Deus nos quer…” E João respondeu, morrendo: — “Só quero pinga e mulher”. No estado de coma, às vezes, A alma volve ao próprio centro, Não vê o que está por fora, Mas vê o que traz por dentro. A sofrer desencarnando O amigo Pinho Ventura Só se lembrava de filmes Cortados pela censura. Na Terra o último ato, Que se chama “despedida”, É a morte a tirar retrato Do quanto se fez na vida. |
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