Amar e Servir

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CAPÍTULO 57

ALMAS IRMÃS

Dos ouros rarefeitos destes prados, onde feliz min’alma habita agora, expeço alegres cânticos alados, como as cigarras que estimava outrora.

Aqui não há chorar doridos fados, nem tristeza faz ronda nesta aurora.

Guardo aqui os meus olhos deslumbrados, na beleza do amor que a tudo enflora.

Doce alma irmã que o sofrimento abate, ama, trabalha, serve, e agindo espera, superando das penas o acicate.

Livre da dor cruel que dilacera, serás musa outra vez deste teu vale, neste país de eterna primavera.


Olegário Mariano




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