Amar e Servir

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CAPÍTULO 75

PERCEPÇÃO E COMUNHÃO

Desde as mais remotas eras das nossas antigas civilizações, os homens terrestres sempre intuíram que nos ascendentes genésicos de todos os fastos da Natureza e da Vida estava imanente e atuante a Vontade de Deus.

Por isso, sacerdotes, feiticeiros, oráculos, hierofantes e pajés se esforçaram, em todos os tempos, para identificar e interpretar a Vontade Divina, procurando descobri-la no ribombar dos trovões, nos remoinhos dos rios, nas ressacas dos oceanos, na dança das labaredas nas sarças ardentes, no sibilar dos ventos e nas vísceras dos animais sacrificados, tal como ocorre ainda hoje, com os novos adivinhos, que buscam sondar os mistérios dos arcanos na voz das modernas pitonisas, no jogo dos búzios ou nas cartas do Tarô.

Jesus, porém, há vinte séculos transatos, recomendou-nos recolher-nos a sós com o nosso Pai Celeste e conversar diretamente com Ele, nas asas invisíveis da oração, como filhos confiantes e esclarecidos.

Bafejados agora pelas luzes da Doutrina Espírita, compreendemos hoje que o nosso Espírito tem olhos e ouvidos capazes de ouvir e ver infinitamente além das vibrações do mundo físico que nos limita, e que podemos, pelas vias do pensamento, varar o espaço e ultrapassar as barreiras do tempo, para captar os sons e as luzes dos mundos que palpitam além das fronteiras da matéria.

Em verdade, somente agora começamos a entender que é no íntimo de nós mesmos que devemos procurar e encontrar o nosso Criador, que não somente nos outorgou o bem inefável da vida, mas que nos sustenta com o seu hálito divino, que é o próprio alimento da nossa existência.

É que Deus, nosso Pai, mora dentro da nossa alma, vivifica a nossa vida, está em nós, como em todos e em tudo, nos fala na intimidade dos nossos sentimentos e dos nossos pensamentos, ouve os singultos do nosso coração e os suspiros dos nossos mais secretos anseios.

Basta fazermos silêncio em nosso interior para ouvir-lhe a voz. Basta cerrarmos os olhos às visões de nossas percepções comuns, para ver-lhe a face oculta, nas ondas da nossa emoção.

Jesus dizia a verdade ao afiançar que Ele era um com o Pai. E foi não apenas generoso, senão profundamente verdadeiro, quando nos exortou a sermos todos também um com Ele e com Deus.

Façamos da prece íntima e sincera uma comunhão divina com o nosso Pai Celeste, e poderemos realmente dizer ao Senhor, como o nosso Divino Mestre, que Sua Santa Vontade seja feita em nós e no Mundo, na Terra como nos Céus.


Janael




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