Amar e Servir

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CAPÍTULO 77

CRISES

Alguns de nossos amigos encarnados costumam, vez por outra, afivelar ao rosto uma expressão sombria de amargurado desalento. Declaram-se fatigados de enfrentar crises constantes e sonham com o desenlace dos liames que os prendem à matéria densa, na esperança de que a desencarnação lhes trará o bonançoso remanso da tranquilidade inalterável.

A realidade, no entanto, é bem diversa. Crises são tensões, e sem tensões não há vida.

A Natureza se revitaliza e se renova todos os dias sob constantes crises de tensão. O anoitecer é imensa crise, quando os raios positivos do Sol cedem lugar às radiações lunares, que impõem profundas alterações ao magnetismo terrestre. O amanhecer é sempre uma crise fenomenal e maravilhosa, em que todos os centros de força do planeta se modificam para o renascimento da vida, em novo ciclo.

Cada nova maré é nova crise, como nova crise é toda mudança de fase da Lua e toda alteração nas estações do ano.

Na existência de todos os seres vivos do planeta a evolução natural é tecida de crises: o nascimento é enorme crise, como crises são a infância, a adolescência, a madureza e a morte.

De volta ao plano espiritual, instala-se no Espírito a crise da readaptação às novas condições da existência. Depois dela vem a crise dos novos desafios da luta que continua, surgem as tensões da ascensão, quando merecida, e, quase sempre, a penosa e difícil crise da nova imersão nos pesados fluidos da carne.

Não fossem as crises existenciais, não haveria, para todos nós, crescimento, vitalidade, progresso.

Não podemos fugir das crises, porque não podemos fugir da vida. O problema é a maneira pela qual nos comportamos diante delas: se covardemente, ou irresponsavelmente, ou se conscienciosa e corajosamente, como filhos de Deus, de coração estuante de fé e de olhar iluminado de esperança.


Elvar




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