Tempo de Luz

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Capítulo XXI

Médiuns na cantiga


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Foi um médium com Jesus;

Lutou, sofreu e venceu,

Espalhando amor e luz.

Temos sempre muitos médiuns,

Honrando o apoio do Além,

Fiéis às bênçãos de Deus

Nos compromissos do Bem.


Mas hoje conheço uns tantos

Que começam de estourada,

Quando o trabalho aparece

Vão mudando de jogada.

Alguns alegam queixosos

Que necessitam viver,

Que a dor é grande no mundo

E nada podem fazer.


Muitos são iniciados

Em lindas obras humanas,

Mas dizem-se fatigados

Em três ou quatro semanas;

Outros muitos se declaram

Chamados à luz do amor,

Entretanto, não trabalham

Com medo de obsessor.


Há quem deseje ser médium,

Pedindo grande trabalho,

Depois foge parecendo

A flor que caiu do galho;

Muitos mostram na doença

Entendimento profundo,

Quando Deus lhes dá saúde

São pernas largas no mundo.


Alguns chegam prometendo

Auxílio a quem luta e chora,

Vendo o serviço aumentando,

Afastam-se dando o fora;

Vários suplicam encargos

Mostrando fé na alma afoita,

O trabalho vai surgindo

E é muita gente na moita.


Há quem foge no começo,

Planta que nasce e não vinga,

Depois, no instante das provas,

Buscam mandraca e mandinga;

Tantos médiuns aparecem,

Com tanta luz de esperança,

Vai-se ver: a maioria

Quer apenas maré mansa.


O mundo clama por médiuns,

Embora surjam às pencas,

Mas buscam sombra e água fresca

No refúgio das avencas;

Encontro médiuns amigos

Que dizem não ter mais fé,

Geralmente, estão na rede

Com mantas de lã no pé.


São médiuns de todo jeito

Os médiuns que tenho visto,

Mas médium só não dá zebra

Quando segue Jesus Cristo.

Cantador, filho do Norte,

Venho ao Rio de Janeiro,

Quem canta na Guanabara

Cantou no Brasil inteiro.




Leandro Gomes de Barros
Francisco Cândido Xavier


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