Viagem sem adeus

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Capítulo XI

Trabalho e coragem

Querida mãezinha Therezinha e meu querido papai Raimundo, abençoem-me.

Não tomarei muito tempo. Escrevo especialmente à mamãe Therezinha, pedir para ela calma e paciência.

Mamãe as lutas são nossas, não desanime. O Raimundinho se reajustará plenamente. Auxiliemo-lo com as nossas orações silenciosas para que esteja em rumo certo. Não convém traçar muitas normas para o rapaz a que cabe escolher o próprio futuro. Por seu gosto, ele estaria colado ao lar com todos os seus entes queridos, tamanho o seu devotamento de mãe. No entanto, e de nossa parte devemos acompanhá-lo em nossas preces com as nossas vibrações hipotecando-lhe confiança. A vida tem disso. E o homem não pode ao menos temê-la.

Em seus dias de tristeza use trabalho e coragem que se transforma em bênçãos fora ou em casa.

Lutas e provações? Usemos trabalho e coragem a fim de vencê-las.

Pedras e espinhos na moradia? Mais trabalho e mais coragem, cada dia.

Desilusões e mágoas? Novamente coragem e trabalho escorando-nos em caminho, a fim de seguirmos para a frente com equilíbrio e segurança.

A nossa Carmem Radige, o nosso Carlos Ronaldo, a nossa Patrícia, prosseguem muito bem. Agradeçamos a Deus e caminhemos.

Mamãe Therezinha, muito grato pelas suas flores e por suas preces em meu favor no dia do meu aniversário novo neste mês. Estive presente em casa na data em que se completaram cinco anos sobre a minha liberação do corpo físico. Partilhei de suas lembranças e acompanhei o seu encontro em sonho com a vovó. Tanta felicidade sobre nós e vejo-a abatida e amargurada, sempre.

Saia mãezinha do poço de melancolia e aqueçamos o nosso coração com as flamas de nossa fé em Deus.

Deixo ao papai Raimundo o meu abraço de sempre, rogando-lhe acolher com a mamãe e com todos os meus irmãos os meus votos de muita saúde e paz, alegria e fortaleza de ânimo para que possamos estar sempre juntos.

Perdoe-me querida mamãe Therezinha, por haver interferido em seus pensamentos, podando-lhe a tristeza e guarde consigo o coração do seu filho, sempre o mesmo Claudinho, companheiro e servidor, e sempre o filho da sua saudade e do seu coração.


16.03.1985.



Claudinho n
Francisco Cândido Xavier


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