Viagem sem adeus

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Capítulo IV

Confiança na vida

Querida mamãe Therezinha e meu caro papai Raimundo, venho até aqui para reaseverar-lhes que estou no barco, a tocá-lo da melhor maneira.

Tudo partilhado. Aí existem lutas e problemas. Também os temos por aqui e não poucos. Grande é o esforço para atravessarem aí dificuldades da época de hoje, no entanto, isso se reflete em nosso plano de ação e, também, de nossa parte, seguimos a desfazer espinheiros para que a nossa passagem não se interrompa.

Mamãe Therezinha, peço-lhe fortaleza de ânimo e confiança na Providência Divina. Não aceite os clichês de doença e amargura na mente sofrida de mãe. Temos estado sempre juntos, através da sua mediunidade e quem poderá contestar isso?

Entre filhos e mães existem laços de Deus que as demais pessoas, incluindo os nossos próprios parentes, não percebem.

Peço tratar-se convenientemente. E não deixe a saudade subir de nível. Isso é igual às represas da Terra. Se o volume das águas está em elevação para estados anormais, muitos embaraços aparecem. Guardemos as nossas saudades controladas pelos muros da fé em Deus e façamos o bem que pudermos.

Tenho estado em serviço de sua restauração que é muito importante para nós todos e, quanto se me faz possível, colaboro em favor da Carmem, do Luiz Antônio, do Raimundinho, do Carlos Ronaldo e da Patricinha.

Não estou esnobando qualidades que ainda não tenho. Quero apenas dizer que, pelo amor, o analfabeto mais simples dispõe do ensejo de acender uma lanterna dentro da noite e evitar um desastre, embora saibamos que a luz e o recipiente que a controla são pertences de Deus.

Mamãe querida, tenho ouvido as suas petições por nossa estimada irmã pelo coração Maria Hermínia que permanece sob os cuidados dos Benfeitores daqui, da Vida Maior.

Console os nossos amigos Sr. Felix e Dona 1olanda e, quando possível, dialogue com a Márcia, com a Maria Helena e com a Mary sobre a necessidade de auxiliarmos aos nossos amigos mencionados que conhecemos por pais amantíssimos e fiéis. Tenho comparecido às nossas reuniões no IDEAL e agradeço as suas transmissões em meu nome. Mãezinha, sou eu mesmo quem lhe fala, com a certeza de que é o seu coração de mãe que me assimila e entende. Meu objetivo com esta carta é para rogar-lhes alegria e confiança na vida.

Deus está conosco em todas as situações e lugares e não há motivo para que nos encarceremos em tristeza e desânimo.

Com o afeto e a gratidão que cultivam em mim, peço ao papai Raimundo e a você, querida mamãe Therezinha, receberem todo o amor, com o reconhecimento constante do filho que lhes pertence em nome de Deus.


17.12.1982.



Claudinho n
Francisco Cândido Xavier


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