Viagem sem adeus

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Capítulo IX

Aprendamos a socorrer

Querida mamãe Therezinha e querido papai Raimundo, estou aqui para agradecer as alegrias que me proporcionaram, desde o dia 22. Muito grato pelos gêneros alimentícios que nos deram.

O nosso amigo Augusto Cezar e presente à nossa festa afirmou-me que nós é que estávamos recolhendo aquelas dádivas de amor. Fiquei feliz abraçando o companheiro que orientava vasto setor de nossas distribuições.

Disse-me ele: — Claudinho, nós estamos devolvendo aos nossos irmãos aquilo que lhes devemos. Continue inspirando aos seus queridos pais nesse apostolado de bênçãos em que as nossas despensas de recursos entregam o mais que lhes pesa aos companheiros que possuem menos.

O vovô Pedro e o Monsenhor Júlio estiveram presentes e chorei ao ver tantos rostos brilhando de alegria com aquilo que lhes podíamos oferecer.

Querida mãezinha Therezinha e querido papai Raimundo, se eu pudesse, queria ser a mão que enxugasse todas lágrimas, a força que refizesse os corpos fatigados de nossos irmãos em penúria, a bênção de paz que aliviasse tantos desesperados e o amigo capaz de ouvir reclamações e brincadeiras negativas das crianças infelizes, a fim de dar-lhes a certeza de que Deus não nos abandona. Muito grato.

A festa esteve linda! As nossas migalhas eram trocadas por belas orações, abençoando-nos a vida.

Agora quando vejo a nossa Carmem Radige, o nosso Ronaldo, o nosso Raimundinho e a nossa querida Patrícia questionando por escolha de pratos, lembro-me da grande família que Jesus nos deu a zelar.

Infelizmente, eu não tenho recursos para fazer com que todos os meus entes amados compreendam isso, mas, com o tempo, chegaremos ao entendimento geral.

Agradeço à mamãe Therezinha e ao papai Raimundo, tanto quanto agradeço as inspirações do nosso Orlando, do nosso Antoninho e da Dona Dorothy, nossos amigos do IDEAL a que despertemos, cada vez mais, para semelhantes serviços de beneficência. Muito grato pelos quilos de bênçãos que me puseram nas mãos. Tudo aquilo que entregaram com amor, primeiramente foi a mim que entregaram, em vista das lembranças do aniversário e, de minha parte, tudo restitui a Jesus em pensamento e prece, sabendo que Ele nos socorrerá para que aprendamos a socorrer. Fiquei muito emocionado e registro aqui a minha alegria às quais associo os meus irmãos, sem me esquecer do nosso estimado Luiz Antônio.

Querida mamãe Therezinha e querido papai Raimundo, muito grato por todas as alegrias de que me enriqueceram o coração. Espero que em outros natalícios estaremos novamente juntos para celebrar, transformando o possível uísque e as prováveis tortas e bolos de nossa festa em recursos a favorecer os desamparados.

Queridos pais, comovidamente aqui me despeço. Se a minha desencarnação conseguiu conduzir a nossa casa para a transmissão de tantas bênçãos, bendigo o momento em que a arma me retirou do mundo num movimento acidental.

Muitas lembranças aos irmãos e para os pais queridos todo o amor do filho, sempre mais reconhecido,


26.05.1984.



Claudinho n
Francisco Cândido Xavier


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