Viajaram Mais Cedo

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Capítulo VII

Mauro Augusto Cacique Andrade

Mauro nasceu e desencarnou em Belo Horizonte — MG.

Seu desenlace, aos 15 anos, por acidente de trânsito, ocorreu juntamente com a desencarnação de outro autor espiritual deste livro, Tibério Graco Dias, sendo Mauro alguns meses mais velho que Tibério. Encontravam-se no mesmo veículo que se chocou contra um poste.

Quarto filho do casal Wander Lage Andrade e Consuelo Cacique Andrade, Mauro cursava o primeiro ano do curso colegial. Companheiro inseparável do pai — D. Consuelo costumava dizer que um era a sombra do outro Mauro deixou os seguintes irmãos: Márcia, Marcus, Maurício e Wander Júnior, filhos queridos que buscam suprir a ausência do irmão alegre, brincalhão, que enchia a casa com seu sorriso constante.

Sua genitora ofereceu-nos o belo depoimento que apresentamos a seguir à apreciação de nossos leitores.

Tanta lição de firmeza e fé, ante os Desígnios do Criador!


DEPOIMENTO


A saudade parecia que ia me arrebentar o peito. E dor demais para o coração de uma mãe, de uma hora para outra, ver-se privada da companhia de seu filho querido.

Foi então que eu e meu marido resolvemos ir falar com o Chico. Chegamos a Uberaba, e, diante dele, mal conseguíamos articularas palavras. O Chico nos recebeu com aquele seu habitual carinho.

Fiquei surpresa quando ele me perguntou quem era Rosinha; respondi-lhe que era minha avó materna, já falecida. Então, Chico me falou que o Mauro estava presente com ela, naquele momento, mas que ainda era cedo para comunicar-se (fazia pouco mais de um mês que ele partira).

Em nossa quarta viagem a Uberaba, recebemos a primeira mensagem do Mauro, a 14 de junho de 1981, pouco mais de um ano de sua desencarnação.

A saudade em imensa daquele filho maravilhoso que Deus me emprestou durante 15 anos. Chorei de alegria ao reencontrar meu filho.

Continuamos a visitar o Chico e na décima viagem recebemos sua segunda mensagem e, até hoje, Mauro nos escreveu mais algumas cartas mediúnicas.

Hoje graças a Deus, estou mais aliviada, aprofundei-me na Doutrina Espírita, achei resposta para todo sofrimento. Continuo indo a Uberaba e não pense o senhor que vou deixar de visitar o Chico, usufruir da convivência daquele ser humano maravilhoso, a quem nós, as mães-órfãs, devemos mais do que as nossas esperanças: devemos-lhe a vontade de continuar a viver.


Consuelo Cacique Andrade

MENSAGEM


Querida mãezinha Consuelo, estamos realizando um sonho — o sonho de nos reunirmos com o papai Wander num trio de oração e de amor, de modo a lhe reafirmar quanto o amamos.

Sei que o papai acredita em meus comunicados, entretanto, é justo que ele conserve aquele sorriso de observação que lhe fica realmente tão bem ao caráter de homem leal a si mesmo.

Agradeço a ele a confiança que deposita em nós, agora que o seu trabalho na mediunidade é uma esperança nascente.

Compreendo as dúvidas com que toma do lápis e lhe vê os movimentos, associados ao seu controle natural.

É isso mesmo. A pessoa, por vezes, se acredita induzida por si própria a escrever o que desejaria receber de um ente querido e, por esse motivo, o desenvolvimento da escrita mediúnica requisita mais tempo.

Seguiremos estabelecendo o nosso intercâmbio e o papai Wander nos acompanhará com a sua supervisão.

Para ele e para os meus irmãos poderá parecer estranho que eu prossiga para cá do despojamento a que chamamos desencarnação, reunindo os fragmentos de minha personalidade, a fim de surgir tão íntegro quanto me sinto agora.

Esperemos. Tudo melhorará. O papai, a Márcia, o Marcus, o Maurício e o Júnior nos entenderão. Não existe árvore produzindo frutos de um dia para outro.

Estou contente não só por ver o papai conosco, mas também a nossa querida Dona Evelyn e a nossa estimada irmã Dona Duca, da nossa Casa de Caridade no Bonfim.

Estamos informados de que se projeta o levantamento de um refúgio para crianças abandonadas e consideramos esse plano sensacional.

Se cada grupo de pessoas afins umas com as outras deliberasse fazer o mesmo, em breve tempo teríamos solucionado aí na Terra física o problema dos menores infelizes.

Formulo votos para que a obra despregue do projeto em forma de bendita realização e estaremos a postos para colaborar com tudo aquilo em que a nossa pequena contribuição consiga ser útil.

Querido papai Wander e querida mãezinha Consuelo, agora é a minha vez de ceder lugar ao nosso estimado Tibério, que me diz ter um alô para a mãezinha Dona Evelyn, e peço a ambos receberem um beijão do filho sempre agradecido


Mauro Augusto
Mauro Augusto Cacique Andrade

17.09.1983.



D. Duca, sobrinha de Chico Xavier, fundadora da Casa de Caridade Herdeiros de Jesus, em Belo Horizonte/MG.


Caio Ramacciotti
Paulo de Tarso Ramacciotti


Consuelo Cacique Andrade
Francisco Cândido Xavier


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