Moradas de Luz
Versão para cópiaSAIBAMOS OUVIR E VER
Emmanuel
Há sempre respostas do Céu às nossas suplicas e jamais devemos interromper o culto da oração, fio divino e invisível de nossa comunhão com Deus.
Invariavelmente, fluem do Alto soluções diversas em nosso favor, à vista de nossas exigências, entretanto, é preciso acender a flama da fé no templo d’alma para ouvirmos a mensagem de Cima quando o Senhor nos diz "não".
Decerto, se todos fossemos afirmativamente atendidos em nossos requerimentos e petitórios, a perturbação arrasaria o senso da vida e acabaríamos desnorteados nas sombras da insensatez que nos é própria.
Muitas vezes, a ausência de braços queridos, em nossa equipe familiar é a bênção do Céu para que a responsabilidade nos esqueça o destino.
Quase sempre, a moléstia do corpo é socorro às mazelas da alma.
Em muitas ocasiões, o pauperismo e a dificuldade, a aprovação e o sofrimento constituem o auxílio seguro da Eterna Providência para que o tempo nos favoreça com os tesouros da educação.
E, frequentemente, quando a morte nos visita o santuário doméstico no mundo, semelhante acontecimento vale por advertência do Céu para que estejamos acordados e valorosos na Terra.
Abramos o coração ao sol da prece e roguemos ao Pai nos conceda visão.
Em torno de nós, no campo físico e além dele, corre generoso e incansável o rio da Bondade Celeste.
Basta haja em nós o amor pelo bem e a vocação de servir para que as bênçãos desse manancial nos felicitem a vida.
Não nos levantemos, porém, na área da experiência exclamando: "Ouve Senhor, que teu servo clama"!
Antes digamos, genuflexos, no altar do espírito: "Fala, Senhor, que teu servo escuta!"
Então a humildade será luz brilhante nos escaninhos do coração, fazendo-nos enxergar nossas próprias necessidades e nossos próprios enigmas e, revelando-nos a verdade, silenciosa, far-nos-á perceber que a oração não modifica o quadro de aflição e dor que criamos por nós mesmos, mas transformar-nos-á o modo de ser, sublimando-nos sentimentos e pensamentos, diretrizes e atitudes, palavras e atos, para que as nossas experiências se desdobrem, não conforme os nossos caprichos, mas segundo a Misericórdia e a Justiça da Lei.
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