Vozes do Grande Além
Versão para cópiaNo celeiro da prece
Na reunião de 28 de julho de 1955, a presença espiritual do grande poeta Múcio Teixeira foi carinhosamente anunciada pelo nosso companheiro José Xavier. Daí a momentos, o generoso visitante empolgou a organização mediúnica, ofertando-nos o belo soneto que passamos à sensibilidade dos nossos leitores.
Nevoeiro… Torpor… Eis que a treva se adensa. E na senda abismal, sem luz que a reconforte, Vagueia a multidão dos viajores da morte, Sob rude aquilão na treva espessa e imensa. Trazem na mente em sombra a insensatez sem norte, O vício, a usura, a inveja, a maldade e a descrença, O desencanto, o fel… e tudo o que condensa A dor de quem viveu no escárnio à própria sorte. Irmãos que partilhais os dons da escola humana, Vinde à prece e ajudai a triste caravana Em desesperação no caminho inseguro!… E aprendei, desde agora, a servir cada instante, Preparando no bem luminoso e incessante A glória do presente e a ascensão do futuro. |
MÚCIO TEIXEIRA — Admirado prosador e poeta brasileiro. Espiritualista.
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