Palavras de Emmanuel

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CAPÍTULO 17

ESPIRITISMO, ESPIRITUALISMO E EVANGELHO

O espiritismo, em sua feição de Cristianismo redivivo, tem papel muito mais alto que o de simples campo para novas observações técnicas da ciência instável do mundo. (C. V. V.) O Espiritismo é a luz de uma nova renascença para o mundo inteiro. Para que a sublime renovação se concretize, porém, é necessário nos convertamos em raios vivos de sua santifi- cante claridade, ajustando a nossa individualidade aos imperativos do Infinito Bem. (R. - 3/
952) Espiritismo sem Evangelho é apenas sistematização de ideias para transposição da ati- vidade mental, sem maior eficiência na construção do porvir humano. (R. - 9/
948) Ao Espiritismo cristão cabe, atualmente, no mundo, grandiosa e sublime tarefa.

Não basta definir-lhe as características veneráveis de Consolador da Humanidade, é preciso também revelar-lhe a feição de movimento libertador de consciências e corações. (Pref. M. L.) O Espiritismo, nos tempos modernos, é, sem dúvida, a revivescência do Cristianismo em seus fundamentos mais simples. (Rot.) O Espiritismo é, acima de tudo, o processo libertador das consciências, a fim de que a visão do homem alcance horizontes mais altos. (Rot.) O Espiritismo será, indiscutivelmente, a força do Cristianismo em ação para reerguer a alma humana e sublimar a vida. (Rot.) O Espiritismo, sob a luz do Cristianismo, vem ao mundo para acordar-nos. (Rot).


Em nosso campo doutrinário, precisamos, em verdade, do Espiritismo e do Espiritua- lismo, mas, muito mais, de espiritualidade. (Pref. N. L.) O Espiritismo não é somente o antídoto para as crises que perturbam os habitantes da Terra; os seus ensinamentos salutares e doces reerguem, nos desencarnados, as esperanças desfalecidas à falta de amparo e de alimento; é aí que a doutrina edifica os transviados do dever e os sofredores saturados desses acerbos remorsos que somente as lágrimas fazem de- saparecer. (Emm.) O Espiritismo é o grande iniciador da Sociologia, por significar o Evangelho redivivo, que as religiões literalistas tentaram inumar nos interesses econômicos e na convenção exte- rior de seus prosélitos. (Con.) O Espiritismo esclarece que o homem é senhor de um patrimônio mais vasto, consoli- dado nas suas experiências de outras vidas, provando que o legitimo fundamento da vida mental não reside, de maneira absoluta, na contribuição dos sentidos corporais, mas também nas recordações latentes do pretérito, das quais os fenômenos da inteligência prematura, na Terra, são os testemunhos mais eloquentes. (Con.) Somente à luz do Espiritismo poderão os métodos psicológicos apreender que a zona oculta, da esfera psíquica de cada um, é o reservatório profundo das experiências do passado, em existências múltiplas da criatura, arquivo maravilhoso, onde todas as conquistas do preté- rito são depositadas em energias potenciais, de modo a ressurgirem no momento oportuno. (Con.) Somente com a cooperação do Espiritismo poderá a ciência psicológica definir a sede da inteligência humana, não nos complexos nervosos ou a glandulares do corpo perecível, mas no espírito imortal. (Con.)

31 O Espiritismo, sem Evangelho, pode alcançar as melhores expressões de nobreza, mas não passará de atividade destinada a modificar-se ou desaparecer, como todos os ele- mentos transitórios do mundo. (Con.) Espiritismo não expressa simples convicção de imortalidade: é clima de serviço e edifi- cação. (P. N.) Numerosos filósofos hão compendiado as teses e conclusões do Espiritismo no seu as- pecto filosófico, cientifico e religioso; todavia, para a iluminação do íntimo, só tendes no mundo o Evangelho do Senhor, que nenhum roteiro doutrinário poderá ultrapassar. (Con.) O espiritista sincero deve compreender que a iluminação de uma consciência é como se fora a iluminação de um mundo, salientando-se que a tarefa do Evangelho, junto das almas encarnadas na Terra, é a mais importante de todas, visto constituir uma realização definitiva e real. A missão da doutrina é consolar e instruir, em Jesus, para que todos mobilizem as suas possibilidades divinas no caminho da vida. Trocá-la por lugar no banquete dos Estados é in- verter o valor dos ensinos, porque todas as organizações humanas são passageiras em face da necessidade de renovação de todas as fórmulas do homem na lei do progresso universal, de- preendendo-se daí que a verdadeira construção da felicidade geral só será efetiva com bases legítimas no espírito das criaturas. (Con.) Irmãos e amigos. Ainda é para o estudo e a prática do Evangelho, em sua primitiva pu- reza, que tereis de voltar o vosso entendimento, se quiserdes salvar da destruição o patrimô- nio de conquistas grandiosas da vossa civilização. (Emm.) Confessai-vos uns aos outros, buscando de preferência aqueles a quem ofendestes e, quando a vossa imperfeição não vo-lo permita, procurai ouvir a voz de Deus, na voz da vossa própria consciência. (Emm.) O Evangelho do Divino Mestre ainda encontrará, por algum tempo, a resistência das trevas. A má-fé, a ignorância, a simonia, o império da força conspirarão contra ele, mas tem- po virá em que a sua ascendência será reconhecida. Nos dias de flagelo e de provações cole- tivas, é para a sua luz eterna que a Humanidade se voltará tomada de esperança.

Então, novamente se ouvirão as palavras benditas do Sermão da Montanha e, através das planícies, dos montes e dos vales, o homem conhecerá o caminho, a verdade e a vida. (Emm.) O Evangelho é o Sol da Imortalidade que o Espiritismo reflete, com sabedoria, para a atualidade do mundo. (V. L.) O Evangelho não se reduz a breviário para o genuflexório. É roteiro imprescindível pa- ra a legislação e administração, para o serviço e para a obediência. (O. V. V.) Adaptarmo-nos ao Evangelho é descobrir outro país, cuja grandeza se perde no Infinito da alma. (P E) O Evangelho do Cristo é o Sol que ilumina as tradições e os fatos da antiga Lei. (P. E.) Registrarás sublimes narrações do Infinito na palavra dos grandes orientadores, ouvirás muitas vozes amigas que te lisonjearão a personalidade, escutarás novidades que te arreba- tam ao êxtase; entretanto, somente com Jesus no Evangelho bem vivido é que reestruturare- mos a nossa individualidade eterna para a sublime ascensão à Consciência do Universo. (Rot.) Grande injustiça comete quem afirma encontrar no Evangelho a religião da tristeza e da amargura.


32 Indubitavelmente, o sacerdócio muita vez impregnou o horizonte cristão de nuvens sombrias, com certas etiquetas do culto exterior, mas o Cristianismo, em sua essência, é a revelação da profunda alegria do Céu entre as sombras da Terra. (Rot.) Quando o homem percebe a grandeza da Roa Nova, compreende que o Mestre não é apenas o reformador da civilização, o legislador da crença, o condutor do raciocínio ou o do- ador de felicidades terrestres, mas também, acima de tudo, o renovador da vida de cada um. (Pref. J. no L.) Sem a Boa Nova, a nossa Doutrina Consoladora será provavelmente um formoso par- que de estudos e indagações, discussões e experimentos, reuniões e assembleias, louvores e assombros, mas a felicidade não é produto de deduções e demonstrações. (Rot.) O Evangelho é código de paz e felicidade que precisamos substancializar dentro da própria vida! (Av. C.) Quem exercita a compreensão do Evangelho acende lume no próprio coração para cla- rear a senda dos entes queridos, na Terra ou além da morte. . . (Av. C.)


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