Revista espírita — Jornal de estudos psicológicos — 1863

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Capítulo 11

Julho DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS

Julho

O arrependimento sobe a Deus; agrada-lhe mais que o fumo dos sacrifícios e lhe é mais precioso que o incenso espalhado nos recintos sagrados. Semelhante às tempestades que varam o ar, purificando-o, o arrependimento é um sofrimento fecundo, uma força reativa e atuante. Jesus santificou sua virtude, e as lágrimas de Madalena se derramaram como orvalho nos corações endurecidos que ignoravam a graça do perdão. A soberana virtude proclamou o poder do arrependimento e os séculos repercutiram, enfraquecendo-o, a palavra do Cristo.

É chegada a hora em que o Espiritismo deve revigorar e vivificar a essência mesma do Cristianismo. Apagai, assim, por toda parte e para sempre, a cruel sentença que despoja a alma culpada de toda esperança. O arrependimento é uma virtude militante, uma virtude viril, que só os Espíritos adiantados ou os corações ternos podem sentir. O pesar momentâneo e causticante de uma falta não arrasta consigo a expiação que dá o conhecimento da justiça de Deus, justiça rigorosa em suas conclusões, que aplica a lei de talião à vida moral e física do homem e o castiga pela lógica dos fatos, todos decorrentes do bom ou do mau uso do livre-arbítrio.

Amai os que sofrem e assisti o arrependimento, que é a expressão e o sinal que Deus imprimiu na sua criatura inteligente, para a elevar e aproximar de si.


João, discípulo.





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