Revista espírita — Jornal de estudos psicológicos — 1865
Versão para cópiaCapítulo XXVI
Abril - Palestras familiares de além-túmulo
Abril
Palestras familiares de além-túmulo
PIERRE LEGAY, DITO GRANDE PIERROT
PIERRE LEGAY, DITO GRANDE PIERROT
(Continuação ─ Ver a Revista de novembro de 1864)
Pierre Legay, parente da Sra. Delanne, ofereceu-nos o singular espetáculo de um Espírito que, dois anos depois de sua morte, ainda se julgava vivo, cuidava de negócios, viajava de carro, pagava sua passagem em estradas de ferro, visitava Paris pela primeira vez, etc. Damos hoje a conclusão desse estado, que seria difícil de compreender se não nos reportássemos aos detalhes dados na Revista de novembro de 1864.
Inutilmente o Sr. e a Sra. Delanne tinham tentado arrancar seu parente de seu erro. Seu guia espiritual lhes tinha dito que esperassem, pois não era chegado o momento.
Nos primeiros dias de março último, eles dirigiram esta pergunta a seu guia:
P. ─ Depois da última visita de Pierre Legay, mencionada na Revista Espírita, nenhuma resposta dele pudemos obter. A respeito disso nos dissestes que quando chegasse o momento, ele próprio nos daria suas impressões. Pensais que ele possa fazê-lo agora?
R. ─ Sim, meu filhos. A hora é chegada. Ele vos poderá responder e vos fornecerá vários assuntos de estudo e de ensinamentos. Deus tem seus pontos de vista.
P. ─ (A Pierre Legay). Caro amigo, estais aqui?
R. ─ Sim, meu amigo.
P. ─ Vedes o meu objetivo vos evocando hoje?
R. ─ Sim, pois tenho junto a mim amigos que me instruíram sobre tudo quanto se passa de admirável neste momento na Terra. Meu Deus! Que coisa estranha é tudo isto!
P. ─ Dizeis que tendes amigos que vos cercam e vos instruem. Podeis dizer quem são eles?
R. ─ Sim, são amigos, mas não os conheci senão depois que despertei. Sabeis que eu dormi? Chamo dormir o que chamais morrer.
P. ─ Podeis dizer o nome de alguns desses amigos?
R. ─ Tenho constantemente ao meu lado um homem, que na verdade eu deveria chamar de anjo, porque é tão suave, tão bom, tão belo que julgo que os anjos devam ser todos como esse aí. Depois está Didelot (o pai da Sra. Delanne), que também está aqui; depois os vossos pais, meu amigo. Oh! Como eles são bons! Ah! é engraçado como a gente se encontra; está também nossa irmã superiora. Por exemplo, ela é sempre a mesma; ela não mudou nada. Mas como tudo isto é curioso!
NOTA: A irmã que o Espírito designa morava na comuna de Treveray, e havia dado as primeiras instruções à Sra. Delanne. Ela só se manifestou uma vez, há três anos.
─ Vede! Também vós, jardineiro! (Nome familiar dado a um tio da Sra. Delanne, que jamais se havia manifestado). Mas como eu sou bobo! É em casa de vossa sobrinha que nós estamos. Então! Estou contente de vos ver. Isto me deixa à vontade, porque, palavra de honra, sou transportado não sei como desde algum tempo; vou mais rápido que o trem e percorro o espaço sem me dar conta como. Sois como eu, Didelot? Ele parece achar tudo isto natural. Parece que já está habituado. Aliás, ele o faz há mais tempo que eu (Ele havia morrido há seis anos), e compreendo que esteja menos admirado. Mas como é engraçado! Ah! É muito engraçado! Dizei-me, vós sabeis, meu primo, convosco estou à vontade. Ora, francamente, dizei-me, então, que é o que se chama morrer?
O SENHOR DELANNE: ─ Meu amigo, chama-se morrer, deixar à terra o corpo grosseiro, para dar à alma o desprendimento de que ela necessita para entrar na vida real, a grande vida do Espírito. Sim, estais nisso, meu caro, nesse mundo ainda desconhecido por muitos homens da Terra. Ei-vos saído da letargia ou entorpecimento que se segue à separação da alma e do corpo. Vedes vosso anjo da guarda, amigos que vos rodeiam. Foram eles que vos trouxeram entre nós, para vos provar a imortalidade e a individualidade de vossa alma. Ficai orgulhoso e feliz porque, como vedes agora, a morte é a vida. Eis, também, por que atravessais o espaço com a rapidez do raio e podeis conversar conosco em Paris, como se tivésseis um corpo material como o nosso. Esse corpo, já não o tendes. Agora tendes apenas um envoltório fluídico e leve, que não mais vos prende à Terra.
P. LEGAY: Singular expressão: morrer! Mas, então, dai um outro nome ao momento em que a alma deixa seu corpo à terra, porque tal instante não é o da morte... Eu me lembro... Eu estava apenas desembaraçado dos laços que me prendiam ao corpo, e meus sofrimentos, em vez de diminuírem, não fizeram senão aumentar. Eu via meus filhos disputando para ter cada um deles a parte que lhe tocava. Eu os via sem cuidarem das terras que eu lhes deixava, e então eu me havia posto a trabalhar ainda com mais força do que nunca. Estava lá, lamentando por verificar que não me compreendiam. Então eu não estava morto. Asseguro-vos que experimentava os mesmos receios e as mesmas fadigas que com o meu corpo, e contudo, não o tinha mais. Explicai-me isto. Se é assim que se morre é uma engraçada maneira de morrer. Dizei-me vossa ideia sobre isto e depois vos direi a minha, porque agora estes bons amigos têm a bondade de me dizer. Vamos, meu primo, dizei-me a vossa ideia.
O SR. DELANNE: Meu amigo, quando os Espíritos deixam seus corpos, eles são envolvidos num segundo corpo, como vos disse; esse é fluídico; não o deixam jamais. Então, é com esse corpo que pensáveis trabalhar, como em vida com o outro. Podeis depurar esse corpo semimaterial pelo vosso progresso moral. E se a palavra morte não vos convém para precisar esse momento, chamai-o transformação, se quiserdes. Se tivestes que sofrer coisas que vos foram penosas, é que vós mesmo, em vida, talvez vos tenhais apegado demais às coisas materiais, negligenciando as coisas espirituais que interessavam ao vosso futuro. (Ele estava muito interessado). É um pequeno castigo que Deus vos impôs para resgatar vossas faltas, dando-vos os meios de vos instruir e abrir os olhos à luz.
P. LEGAY: Então, meu caro, não é a este momento que se deve dar o nome de transformação, porque o Espírito não se transforma tão depressa se não for imediatamente ajudado a se reconhecer pela prece, e se não o esclarecem sobre sua verdadeira posição, quer, como acabo de dizer, orando por ele, quer o evocando. Eis por que há tantos Espíritos, como o meu, que ficam estacionários. Para os Espíritos da categoria do meu, há transição, mas não transformação; ele não consegue se dar conta do que lhe acontece. Eu arrastei, ou antes, julguei arrastar o meu corpo com o mesmo esforço e os mesmos males que sobre a Terra. Quando fui destacado de meu corpo, sabeis o que experimentei? Ora! O que se experimenta depois de uma queda que atordoa por um momento, ou melhor, depois de um desmaio, do qual fazem a gente voltar com vinagre. Despertei sem me aperceber que o corpo me havia deixado. Vim aqui a Paris, onde estou, pensando mesmo aqui estar em carne e osso e vós não poderíeis ter-me convencido do contrário se desde então eu não estivesse morto.
Sim, morre-se, mas não é no momento em que se deixa o corpo; é no momento em que o Espírito, percebendo sua verdadeira situação, é tomado de uma vertigem, não consegue mais compreender o que lhe dizem, não vê mais as coisas que lhe explicam da mesma maneira; então se perturba. Vendo que não é mais compreendido, ele procura, e como o cego que é ferido subitamente, pede um guia que não vem imediatamente, não mesmo. É preciso que fique algum tempo nas trevas, onde para ele tudo é confuso. Ele está perturbado, e é preciso que o desejo o impulsione com ardor a pedir a luz, que lhe não é concedida senão depois de terminada a agonia e chegada a hora da libertação. Então, meu primo, é quando o Espírito se acha nesse momento que é o momento da morte, porque não mais sabemos reconhecer-nos. É preciso, repito, que sejamos ajudados pela prece para sair desse estado, e é também quando é chegada a hora da libertação que se deve empregar a palavra transformação para os Espíritos de minha ordem.
Oh! Obrigado por vossas boas preces, obrigado, meu amigo. Sabeis quanto vos amava, e vos amarei muito mais de agora em diante. Continuai fazendo vossas boas preces por mim, para o meu adiantamento. Obrigado ao homem que soube pôr à luz essas grandes verdades santas, das quais tantos outros antes dele haviam desdenhado ocupar-se. Sim, obrigado por terdes associado meu nome ao de tantos outros. Oraram por mim lendo algumas linhas que eu vos tinha vindo dar. Assim, obrigado, também, a todos quantos oraram por mim, e hoje, graças à prece, cheguei a compreender o seu alcance. Por minha vez, procurarei ser útil a vós todos.
Eis o que tinha a vos dizer e ficai tranquilos. Hoje não tenho mais dinheiro a lamentar, mas, ao contrário, tenho todo o meu tempo a vos dar.
Não deve tal mudança vos admirar muito? Pois bem, doravante, como agora, assim será, pois agora vejo claro, aqui e de muito longe.
PIERRE LEGAY
OBSERVAÇÃO: O novo estado em que se encontra Pierre Legay, deixando de considerar-se deste mundo, pode ser considerado como um segundo despertar do Espírito. Esta situação se liga à grande questão da morte espiritual que está em estudo neste momento. Agradecemos aos espíritas que à vista do nosso relato oraram por esse Espírito. Eles podem ver que ele se apercebeu disto e achou-se bem.
Inutilmente o Sr. e a Sra. Delanne tinham tentado arrancar seu parente de seu erro. Seu guia espiritual lhes tinha dito que esperassem, pois não era chegado o momento.
Nos primeiros dias de março último, eles dirigiram esta pergunta a seu guia:
P. ─ Depois da última visita de Pierre Legay, mencionada na Revista Espírita, nenhuma resposta dele pudemos obter. A respeito disso nos dissestes que quando chegasse o momento, ele próprio nos daria suas impressões. Pensais que ele possa fazê-lo agora?
R. ─ Sim, meu filhos. A hora é chegada. Ele vos poderá responder e vos fornecerá vários assuntos de estudo e de ensinamentos. Deus tem seus pontos de vista.
P. ─ (A Pierre Legay). Caro amigo, estais aqui?
R. ─ Sim, meu amigo.
P. ─ Vedes o meu objetivo vos evocando hoje?
R. ─ Sim, pois tenho junto a mim amigos que me instruíram sobre tudo quanto se passa de admirável neste momento na Terra. Meu Deus! Que coisa estranha é tudo isto!
P. ─ Dizeis que tendes amigos que vos cercam e vos instruem. Podeis dizer quem são eles?
R. ─ Sim, são amigos, mas não os conheci senão depois que despertei. Sabeis que eu dormi? Chamo dormir o que chamais morrer.
P. ─ Podeis dizer o nome de alguns desses amigos?
R. ─ Tenho constantemente ao meu lado um homem, que na verdade eu deveria chamar de anjo, porque é tão suave, tão bom, tão belo que julgo que os anjos devam ser todos como esse aí. Depois está Didelot (o pai da Sra. Delanne), que também está aqui; depois os vossos pais, meu amigo. Oh! Como eles são bons! Ah! é engraçado como a gente se encontra; está também nossa irmã superiora. Por exemplo, ela é sempre a mesma; ela não mudou nada. Mas como tudo isto é curioso!
NOTA: A irmã que o Espírito designa morava na comuna de Treveray, e havia dado as primeiras instruções à Sra. Delanne. Ela só se manifestou uma vez, há três anos.
─ Vede! Também vós, jardineiro! (Nome familiar dado a um tio da Sra. Delanne, que jamais se havia manifestado). Mas como eu sou bobo! É em casa de vossa sobrinha que nós estamos. Então! Estou contente de vos ver. Isto me deixa à vontade, porque, palavra de honra, sou transportado não sei como desde algum tempo; vou mais rápido que o trem e percorro o espaço sem me dar conta como. Sois como eu, Didelot? Ele parece achar tudo isto natural. Parece que já está habituado. Aliás, ele o faz há mais tempo que eu (Ele havia morrido há seis anos), e compreendo que esteja menos admirado. Mas como é engraçado! Ah! É muito engraçado! Dizei-me, vós sabeis, meu primo, convosco estou à vontade. Ora, francamente, dizei-me, então, que é o que se chama morrer?
O SENHOR DELANNE: ─ Meu amigo, chama-se morrer, deixar à terra o corpo grosseiro, para dar à alma o desprendimento de que ela necessita para entrar na vida real, a grande vida do Espírito. Sim, estais nisso, meu caro, nesse mundo ainda desconhecido por muitos homens da Terra. Ei-vos saído da letargia ou entorpecimento que se segue à separação da alma e do corpo. Vedes vosso anjo da guarda, amigos que vos rodeiam. Foram eles que vos trouxeram entre nós, para vos provar a imortalidade e a individualidade de vossa alma. Ficai orgulhoso e feliz porque, como vedes agora, a morte é a vida. Eis, também, por que atravessais o espaço com a rapidez do raio e podeis conversar conosco em Paris, como se tivésseis um corpo material como o nosso. Esse corpo, já não o tendes. Agora tendes apenas um envoltório fluídico e leve, que não mais vos prende à Terra.
P. LEGAY: Singular expressão: morrer! Mas, então, dai um outro nome ao momento em que a alma deixa seu corpo à terra, porque tal instante não é o da morte... Eu me lembro... Eu estava apenas desembaraçado dos laços que me prendiam ao corpo, e meus sofrimentos, em vez de diminuírem, não fizeram senão aumentar. Eu via meus filhos disputando para ter cada um deles a parte que lhe tocava. Eu os via sem cuidarem das terras que eu lhes deixava, e então eu me havia posto a trabalhar ainda com mais força do que nunca. Estava lá, lamentando por verificar que não me compreendiam. Então eu não estava morto. Asseguro-vos que experimentava os mesmos receios e as mesmas fadigas que com o meu corpo, e contudo, não o tinha mais. Explicai-me isto. Se é assim que se morre é uma engraçada maneira de morrer. Dizei-me vossa ideia sobre isto e depois vos direi a minha, porque agora estes bons amigos têm a bondade de me dizer. Vamos, meu primo, dizei-me a vossa ideia.
O SR. DELANNE: Meu amigo, quando os Espíritos deixam seus corpos, eles são envolvidos num segundo corpo, como vos disse; esse é fluídico; não o deixam jamais. Então, é com esse corpo que pensáveis trabalhar, como em vida com o outro. Podeis depurar esse corpo semimaterial pelo vosso progresso moral. E se a palavra morte não vos convém para precisar esse momento, chamai-o transformação, se quiserdes. Se tivestes que sofrer coisas que vos foram penosas, é que vós mesmo, em vida, talvez vos tenhais apegado demais às coisas materiais, negligenciando as coisas espirituais que interessavam ao vosso futuro. (Ele estava muito interessado). É um pequeno castigo que Deus vos impôs para resgatar vossas faltas, dando-vos os meios de vos instruir e abrir os olhos à luz.
P. LEGAY: Então, meu caro, não é a este momento que se deve dar o nome de transformação, porque o Espírito não se transforma tão depressa se não for imediatamente ajudado a se reconhecer pela prece, e se não o esclarecem sobre sua verdadeira posição, quer, como acabo de dizer, orando por ele, quer o evocando. Eis por que há tantos Espíritos, como o meu, que ficam estacionários. Para os Espíritos da categoria do meu, há transição, mas não transformação; ele não consegue se dar conta do que lhe acontece. Eu arrastei, ou antes, julguei arrastar o meu corpo com o mesmo esforço e os mesmos males que sobre a Terra. Quando fui destacado de meu corpo, sabeis o que experimentei? Ora! O que se experimenta depois de uma queda que atordoa por um momento, ou melhor, depois de um desmaio, do qual fazem a gente voltar com vinagre. Despertei sem me aperceber que o corpo me havia deixado. Vim aqui a Paris, onde estou, pensando mesmo aqui estar em carne e osso e vós não poderíeis ter-me convencido do contrário se desde então eu não estivesse morto.
Sim, morre-se, mas não é no momento em que se deixa o corpo; é no momento em que o Espírito, percebendo sua verdadeira situação, é tomado de uma vertigem, não consegue mais compreender o que lhe dizem, não vê mais as coisas que lhe explicam da mesma maneira; então se perturba. Vendo que não é mais compreendido, ele procura, e como o cego que é ferido subitamente, pede um guia que não vem imediatamente, não mesmo. É preciso que fique algum tempo nas trevas, onde para ele tudo é confuso. Ele está perturbado, e é preciso que o desejo o impulsione com ardor a pedir a luz, que lhe não é concedida senão depois de terminada a agonia e chegada a hora da libertação. Então, meu primo, é quando o Espírito se acha nesse momento que é o momento da morte, porque não mais sabemos reconhecer-nos. É preciso, repito, que sejamos ajudados pela prece para sair desse estado, e é também quando é chegada a hora da libertação que se deve empregar a palavra transformação para os Espíritos de minha ordem.
Oh! Obrigado por vossas boas preces, obrigado, meu amigo. Sabeis quanto vos amava, e vos amarei muito mais de agora em diante. Continuai fazendo vossas boas preces por mim, para o meu adiantamento. Obrigado ao homem que soube pôr à luz essas grandes verdades santas, das quais tantos outros antes dele haviam desdenhado ocupar-se. Sim, obrigado por terdes associado meu nome ao de tantos outros. Oraram por mim lendo algumas linhas que eu vos tinha vindo dar. Assim, obrigado, também, a todos quantos oraram por mim, e hoje, graças à prece, cheguei a compreender o seu alcance. Por minha vez, procurarei ser útil a vós todos.
Eis o que tinha a vos dizer e ficai tranquilos. Hoje não tenho mais dinheiro a lamentar, mas, ao contrário, tenho todo o meu tempo a vos dar.
Não deve tal mudança vos admirar muito? Pois bem, doravante, como agora, assim será, pois agora vejo claro, aqui e de muito longe.
PIERRE LEGAY
OBSERVAÇÃO: O novo estado em que se encontra Pierre Legay, deixando de considerar-se deste mundo, pode ser considerado como um segundo despertar do Espírito. Esta situação se liga à grande questão da morte espiritual que está em estudo neste momento. Agradecemos aos espíritas que à vista do nosso relato oraram por esse Espírito. Eles podem ver que ele se apercebeu disto e achou-se bem.
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