Revista espírita — Jornal de estudos psicológicos — 1869

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Capítulo XXI

Março - Um testamento nos Estados Unidos

Março
“No Estado do Maine, nos Estados Unidos, uma senhora pleiteava a nulidade de um testamento de sua mãe. Ela dizia que, membro de uma Sociedade Espírita, sua mãe tinha escrito suas últimas vontades sob o ditado de uma mesa girante.

“O juiz declarou que a lei não proibia as consultas às mesas girantes, e as cláusulas do testamento foram mantidas.”

Ainda não chegamos a tanto na Europa. Assim, o jornal francês que relata o fato, precede-o desta exclamação: São fortes esses americanos! Entenda-se: São bobos!

Pense o que pensar o autor desta reflexão crítica, esses americanos poderão questionar, sobre certos pontos, se a velha Europa ainda se arrastará por muito tempo na trilha dos velhos preconceitos. O movimento progressivo da Humanidade partiu do Oriente e pouco a pouco se propagou pelo Ocidente. Já teria ele transposto o Atlântico e plantado a sua bandeira no novo continente, deixando a Europa na retaguarda, como a Europa deixou a Índia? Isto é uma lei, e o ciclo do progresso já teria dado várias voltas no mundo? O fato seguinte poderia fazê-lo supor:

Emancipação da mulher nos Estados Unidos

Escrevem de Yankton, cidade de Dakota, nos Estados Unidos, que a legislação desse território acaba de adotar, por grande maioria, um decreto do Sr. Enos Stutsman, que concede às mulheres o direito de voto e de elegibilidade. (Siècle, 15 de janeiro de 1869).

Quarta-feira, 29 de julho, a Sra. Alexandrine Bris prestou, perante a Faculdade de Ciências de Paris, um exame de bacharelado em ciências. Ela foi recebida com quatro bolas brancas, sucesso raro que lhe valeu as felicitações por parte do presidente, ratificadas por toda a assistência.

O Temps assegura que a Sra. Bris deve inscrever-se na Faculdade de Medicina, visando o doutorado. (Grand Moniteur, 6 de agosto de 1868).

Disseram-nos que a Sra. Bris é americana. Conhecemos duas senhoritas de Nova Iorque, irmãs de Miss B..., membro da Sociedade Espírita de Paris, que têm diploma de doutor e exercem a Medicina exclusivamente para mulheres e crianças.

Nós ainda não chegamos lá.



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