ESCALADA DE LUZ

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CAPÍTULO 88

Rogativa

Senhor, ensina-me a ver sem os entraves da miopia espiritual, que me dificulta a visão exata do lado bom que todas as criaturas têm!

Dá-me o dom de ouvir, sem deturpar os assuntos com a cera da leviandade infeliz!

Aprimora-me a palavra para que ela não seja uma bomba fluídica a exterminar a esperança dos que me ouvem!

Ilumina as minhas mãos para que elas não sejam instrumentos de violência!

Concede diretriz segura aos meus passos para que eles não se tresmalhem para os caminhos escabrosos do crime!

Enfim, amado Mestre, abençoa meu coração para que ele aprenda a amar sem os prejuízos do egoísmo! Faze de mim, Divino Amigo, um pequeno servidor do bem de todos.

Assim seja!

O que são as lágrimas?

O que são as lágrimas? Qual sua fonte de origem?

Deus criou os olhos, com função de ver, para definir e admirar as coisas.

Olhos existem de várias cores: pretos, castanhos, verdes, azuis, e há quem os tenha coloridos. Todos eles, porém, conhecem o sabor das lágrimas.

Lágrimas que expressam alegrias ou tristezas; as primeiras nascem de uma grande emoção, um acontecimento feliz, algo de inusitado que nos proporcione uma grande euforia interior; outras brotam das profundas nascentes da dor, dos desencantos do caminho.

Neste mundo, animais e homens choram. Disse André Luiz que lágrimas existem como as chuvas; chuvas há que constroem e destroem. Quando as lágrimas não ressumbram da fonte escura da revolta, criando a tempestade do desespero, elas fazem um grande benefício àqueles que as vertem. Mas quando elas remanescem da resignação e do estoicismo, purificam o coração, deixando as pessoas numa doce calmaria.

Se você tem chorado pela vida; se sua alma se encontra ferida pelo acúleo da dor; se a procela das lágrimas tem invadido a janela triste dos seus olhos, deixe-as perolar resignadamente por sobre as faces, porque o próprio Mestre Jesus, diante do túmulo de Lázaro, em Bethania, teve, também, os seus olhos azuis ligeiramente obumbrados pelo véu silencioso das lágrimas. E, um dia, no Sermão da Montanha, num crepúsculo de singular beleza, ante a multidão de sofredores, Ele proferiu esta sublime sentença: "Bem aventurados os que choram, pois que serão consolados".




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