Trevo de Idéias

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Capítulo XVI

Examinando a oração


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Muitas vezes, clamarás, desconsoladamente:

“ — Orei, suplicando para que a morte não me invadisse o lar, e a morte destruiu-me a esperança e esfacelou-me o coração…”

— “Supliquei ao Céu para que determinados acontecimentos não me conturbassem a marcha, e os acontecimentos temidos desabaram sobre mim quais tempestades arrasadoras.”

— “Roguei ao Alto para que a moléstia me abandonasse o corpo, e a enfermidade me corrói a existência…


E, quase sempre, substituis a claridade da confiança pela sombra do desespero, qual se a Terra devesse obedecer aos nossos caprichos.

Imagina, no entanto, o que seria da vida se todos nós alcançássemos satisfação imediata dos mínimos desejos, e reconhecerás que o desequilíbrio e o infortúnio campeariam em todas as direções.

Foi por isso que Jesus, antes de tudo, na oração dominical, ensinou-nos a louvar a Sabedoria e a Providência do Todo-Misericordioso, com a nossa integral rendição aos seus desígnios.

Não abandones a prece, sob o pretexto de cansaço e desilusão. Ora sempre, mas aprende a pedir ombros fortes ao invés de rogar o afastamento da cruz que te conduzirá para a luz da sublimação.

Sobretudo, entendamos que, embora a palavra impossível não exista para a Bondade de Deus, a oração deve ser adotada por nós na condição de luz a clarear-nos por dentro, sem que venhamos a guardar com ela a presunção de alterar as circunstâncias exteriores.

Lembremo-nos de que a prece pode sanar a cegueira e a paralisia, a surdez e a cadaverização de nossas almas, e qual acontece ao enfermo que vê modificar-se a vida e o mundo, ante a bênção da própria cura, o espírito transformado pela oração pode encontrar nas tribulações que inadvertidamente criou para si mesmo o abençoado caminho da ascensão aos Altos Céus.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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