Leis Morais da Vida

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CAPÍTULO 46

SOB DORES EXTENUANTES

Sobraçando dores e aturdido no báratro das interrogações sem respostas imediatas, exaures-te sem consolo, face às sucessivas desilusões e amarguras.

Tens a impressão de que desmoronaram os teus castelos de esperança como se fossem de névoa brilhante diluída pela ardência do áspero sol do desespero.

Todavia, não obstante o acúmulo dos sofrimentos que te gastam, esmagando os teus anelos, quais arietes da impiedade que destrói, dispões da confiança em Deus e não deves desistir da luta.

Todas as lágrimas procedem de razões justas, embora não alcances prontamente as suas nascentes.

Reconforta-te na decisão das atitudes sãs a que te entregas e não permitas que as leviandades dos fracos e irresponsáveis tisnem de sombras os claros céus do teu porvir.

Faze a tua parte ajudando sem, contudo, colocares sobre os ombros o fardo da responsabilidade que te não compete.

Ninguém se poupa às dores, inevitáveis, na senda evolutiva.

Não é justo, porém, permitir que estas esmaguem ou anulem os objetivos relevantes da tua promissora e produtiva reencarnação.


* * *

Muitos dizem que a morte deverá ser o fim dos padecimentos.

Sabes que não é assim.

Outros asseveram que morrer é consumir-se no caos.

Estás informado que a referência não é correta.

Cada vida tem a suceder a desencarnação, decorrente dos hábitos a que se afervore.

Para o Além consequentemente são transferidos os anseios e os sorrisos, os segredos que se revelam e os enigmas que se decifram, as conquistas que se fixam como bênçãos e os desaires que se convertem em canga e carga de espinhos.

Resolve aqui, quanto antes, logo surja a oportunidade, os problemas e as complicações.

Não te ensejes, no entanto, quedas ou desesperos em razão de ti mesmo ou daqueles a quem amas.

Cada ser responde pelos próprios atos, hoje ou mais tarde.

Tens a luz da fé, que brilha à frente.

Preserva-a e insculpe-a no cérebro, clareando o coração.

Segue adiante, mesmo que sobraçando tantas dores, estejas a ponto de parar, de desistir ou de tombar.


* * *

Coroado de espinhos, ferido por uma lança e atendido na sede por uma esponja vinagrosa, carregando n"alma a ingratidão e o olvido dos amigos, sob um céu plúmbeo que ameaçava tempestade, Jesus não parecia um triunfador, confundido com dois bandoleiros que completavam a cena trágica doCalvário...

Todavia, era o Incomparável Filho de Deus no supremo abandono dos homens mas em superlativa glória com a Divindade, mediante cujo testemunho atingia o ápice do seu ministério de amor entre as criaturas.

Pensa nisso, alma sofredora, e não desfaleças.

Dor é bênção libertadora, através da qual se rompem os encantamentos da ilusão e da fatuidade, dando ensejo à ímarcessÍvel conquista dos inalienáveis tesouros do espírito eterno, ditoso após a luta redentora.




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