S.O.S. Família

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CAPÍTULO 14

Deveres dos Pais Por impositivo da sabedoria divina, no homem a infância demora

maior período do que em outro animal qualquer.

Isto, porque, enquanto o Espírito assume, a pouco e pouco, o controle da organização fisiológica de que se serve para o processo evolutivo, mais fácil se fazem as possibilidades para a fixação da aprendizagem e a aquisição dos hábitos que o nortearão por toda a existência planetária.

Como decorrência, grande tarefa se reserva aos pais no que tange aos valores da educação, deveres que não podem ser postergados sob pena de lamentáveis consequências.

Os filhos — esse patrimônio superior que a Divindade concede por empréstimo —, através dos liames que a consanguinidade enseja, facultam o reajustamento emocional de Espíritos antipáticos entre si, a sublimação de afeições entre os que já se amam, o caldeamento de experiências e o delinear de programas de difícil estruturação evolutiva, pelo que merecem todo um investimento de amor, de vigilância e de sacrifício por parte dos genitores.

A união conjugal propiciatória da prole edificada em requisitos legais e morais constitui motivo relevante, que não deve ser confundida com as experiências do prazer, que se podem abandonar em face de qualquer conjuntura que exige reflexão, entendimento e renúncia de algum ou de ambos nubentes.

Os deveres dos pais em relação aos filhos estão inscritos na consciência.

Evidentemente as técnicas Psicológicas e a metodologia da educação tornam-se fatores nobres para o êxito desse cometimento Entretanto, o amor — que tem escasseado nos processos modernos da educação com lamentáveis resultados — possui os elementos essenciais para o feliz desiderato.

No compromisso do amor, estão evidentes o Companheirismo o diálogo franco, a solidariedade, a indulgência e a energia moral de que necessitam os filhos, no longo processo da aquisição dos valores éticos, espirituais, intelectuais e sociais.

No lar, em consequência, prossegue sendo na atualidade de fundamental importância no complexo mecanismo da educação.

Nesse sentido, é de essencial relevância a lição dos exemplos, a par da assistência constante de que necessitam os caracteres em formação, argila plástica que deve ser bem modelada.

No capítulo da liberdade, esse fator basilar, nunca deixar esquecido o dever da responsabilidade.

Liberdade de ação e responsabilidade dos atos, ajudando no discernimento desde cedo entre o que se deve, Convém e se pode realizar.

Plasma, na personalidade em delineamento do filhinho, os hábitos salutares.

Diante dele, frágil de aparência, tem em mente que se trata de um Espírito comprometido com a retaguarda, que recomeça a experiência a penates, e que muito depende de ti.

Nem o excesso de severidade para com ele, nem o acúmulo de receios injustificados, em relação a ele, ou a exagerada soma de aflição por ele.

Fala-lhe de Deus sem cessar e ilumina-lhe a consciência com a flama da fé rutilante, que lhe deve lucilar no íntimo como farol de bênçãos para todas as circunstâncias.

Ensina-lhe a humildade ante a grandeza da vida e o respeito a todos, como valorização preciosa das concessões divinas.

O que lhe não concedas por negligência, ele te cobrará depois...

Se não dispões de maiores ou mais valiosos recursos para darlhe, ele saberá reconhecer, e, por isso, mais te amará.

Todavia, se olvidaste de ofertar-lhe o melhor ao teu alcance também ele compreenderá e, quiçá, reagirá de forma desagradável.

Os pais educam para a sociedade, quanto para si mesmos.

Examina a tua vida e dela retira as experiências com que possas brindar a tua prole.

Tens conquistas pessoais, porquanto já trilhaste o caminho da infância, da adolescência e sabes de moto próprio discernir entre os erros e acertos dos teus educadores, identificando o que de melhor possuis para dar.

Não te poupes esforços na educação dos filhos.

Os pais assumem desde antes do berço com aqueles que receberão na condição de filhos compromissos e deveres que devem ser exercidos, desde que serão, também, por sua vez, meios de redenção pessoal perante a consciência individual e a Cósmica que rege os fenômenos da vida, nos quais todos estamos mergulhados.


Joanna de Ângelis




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