S.O.S. Família

Versão para cópia
CAPÍTULO 19

Personalidades Parasitas

Na psicopatologia das personalidades múltiplas ou anômalas, não podemos descartar a realidade espiritual do próprio paciente.

Espírito eterno, herdeiro das ações transatas, ei-lo que marcha mediante as etapas reencarnacionistas, acumulando experiências e somatizando problemas que, a contributo do amor — na realização edificante, ou na dor, expungindo delitos — alcança a plenitude da sua realidade: a destinação feliz para a qual foi criado!

Evidentemente, os conflitos e traumas da infância, que dão origem às personificações parasitárias, são de relevância em tal problemática.

Mesmo aí defrontamos, no lar dificil, nas agressões da família, nos vários distúrbios domésticos, a mão da justiça infalível estabelecendo os mecanismos corretivos para o infrator libertar-se dos débitos, sob a injunção de fugas espetaculares, as quais dão surgimento às construções de variantes personagens que assomam do inconsciente, em processos de defesa do ser frágil e tímido, aflito e receoso...

Bem sabemos que as agressões da brutalidade a criança, da violência sexual, do temor sistemático, geram conflitos e aspirações libertáveis que, na impossibilidade de agir com a energia própria, dão nascimento a entidades que assomam, dominando o Inconsciente e realizando-se além das conjunturas impiedosas dessas frustrações de impotência moral, social, econômica ou psíquica.

A criança é mais do que um ser em formação.

Trata-se de um universo individualizado, um somatório de valores que aos pais e educadores cabe penetrar para bem desenvolver e conduzir.

O pavor que se lhe insufla, o desamor de que se sente objeto, as ofensas não digeridas que sempre lhe são atiradas como calhaus e chuvas de humilhação terminam por produzir tormentos asfixiantes, dando gênese aos seres que a dominarão ao largo dos tempos, tornando-a venal, fingida ou igualmente violenta, rebelde, desagregada Somente o amor possui os ingredientes de correção destes equipamentos do inconsciente, geradores dos distúrbios alienadores da pessoa.

A terapia especializada, ao largo dos anos, consegue reintegrar as diversas personificaçôes na identidade do eu consciente, libertando o paciente da perturbadora situação.

Vezes, porém, ocorrem, nas quais, além das personificações construídas pelo inconsciente predominam entidades conscientes de outra dimensão, que obsediam e atormentam aqueles a quem odeiam ou supõem lhes devam Compreensão e amor.

A psicoterapia dos passes, da renovação moral do paciente e do esclarecimento da personalidade subjugadora, conseguem liberar a vítima, que deverá passar a envidar esforços para conquistar um elenco de recursos morais, nos quais estejam luzindo a caridade e a compaixão.

A obsessão sutil e perigosa grassa dominadora, e, na área das enfermidades mentais de todo porte, o doente é sempre o réu na COnSciência culpada, reparando os gravames das vidas passadas e erigindo a sua realidade moral, com a qual o pensamento e a ação se conjugam para a elevação e a saúde real, que somente são possíveis através da consciência asserenada, sem culpa nem rebeldia.


Manoel Philomeno de Miranda


Acima, está sendo listado apenas o item do capítulo 19.
Para visualizar o capítulo 19 completo, clique no botão abaixo:

Ver 19 Capítulo Completo
Este texto está incorreto?