Tormentos da Obsessão

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INTRODUÇÃO

... "Nalguns, ainda muito tenazes são os laços da matéria para permitirem que o Espírito se desprenda das coisas da Terra; a névoa que os envolve tiralhes a visão do infinito, donde resulta não romperem facilmente com os seus pendores, nem com seus hábitos, não percebendo haja qualquer coisa melhor do que aquilo de que são dotados.

Têm a crença nos Espíritos como um simples fato, mas que nada ou bem pouco lhes modifica as tendências instintivas.

Numa palavra: não divisam mais do que um raio de luz, insuficiente a guiá-los e a lhes facultar uma vigorosa aspiração, capaz de lhes sobrepujar as inclinações.

Atêm-se mais aos fenômenos do que à moral, que se lhes afigura cediça e monótona.

Pedem aos Espíritos que incessantemente os iniciem nos novos ministérios, sem procurar saber se já se tornaram dignos de penetrar os arcanos do Criador.

Esses são os espíritas imperfeitos, alguns dos quais ficam a meio caminho ou se afastam de seus irmãos em crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou então guardam as suas simpatias para os que lhes compartilham das fraquezas ou das prevenções.

Contudo, a aceitação do princípio da doutrina é um primeiro passo que lhes tornará mais fácil o segundo, noutra existência. Aquele que pode ser; com razão, qualificado de espírita verdadeiro e sincero, se acha em grau superior de adiantamento moral.

O Espírito, que nele domina de modo mais completo a matéria, dá-lhe uma percepção mais clara do futuro; os princípios da Doutrina lhe fazem vibrar fibras que nos outros se conservam inertes. Em suma: é tocado no coração, pelo que inabalável se lhe torna a fé.

Um é qual músico que alguns acordes bastam para comover; ao passo que outro apenas ouve sons.

Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para dominar suas inclinações más. "


Allan Kardec - O Evangelho segundo o Espiritismo. Cap. 17º, 52ª ed. FEB, p. 263 e 264.




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