Tormentos da Obsessão

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CAPÍTULO 16

PROVA E FRACASSO

A entrevista proveitosa com a nobre senhora Hildegarda ensejou-me reflexões complexas em torno das oportunidades de iluminação de que dispomos durante a existência carnal e das situações que nos conduzem aos desvios, aos insucessos.


Impressionado com a tranquilidade e confiança que dela se irradiavam naquela noite, quando do encontro adrede estabelecido com o Dr. Ignácio Ferreira, não sopitei a curiosidade positiva e, aproveitando-me da sua proverbial bonomia, referi-me à experiência que tivera e às conclusões a que chegara, indagando-o com interesse:

— Quais as perspectivas que se desenham para esse Espírito que, integrado no programa do Bem, considera-se, no entanto, em débito para com o dever não cumprido, e de que aparentemente não é responsável?


Conhecendo a experiência da Senhora, o amigo respondeu-me com naturalidade e lucidez:

— O caro Miranda sabe que as Leis Divinas, inscritas na consciência de cada ser, estabelecem as diretrizes da felicidade ou da necessidade de repara ção do erro conforme a pauta de valores vivenciados durante a oportunidade existencial.

Nossa gentil irmã, despertando para a consciência responsável, deu-se conta da mais grave imperfeição que lhe dificultou a execução da tarefa, e sem permitir-se auto compaixão ou remorso desnecessário, trabalha com afã e com diferentes propósitos dos experiênciados anteriormente, anelando por granjear méritos para retornar oportunamente ao palco terrestre, a fim de realizar o mister que a desencarnação lhe interrompera.

Sendo-lhe a vaidade, a excessiva autoconfiança, o ponto vulnerável do seu caráter, adestrase, neste momento, no exercício da vera humildade, executando atividades que lhe propiciem maior entendimento do significado profundo da reencarnação.

Elegeu, assim que se encontrou em condições para a própria edificação, os serviços das áreas da limpeza e da conservação de algumas das nossas enfermarias para auto-educar-se.

No trato mais direto com a dor e os labores que jamais imaginou executar quando na Terra, lapida as imperfeições morais e alarga os sentimentos da afetividade, para retornar ao Lar que planejou com excessivos cuidados em relação à forma, à aparência, vivendo-lhe a essência dos objetivos e da realização da caridade sem jaça...


O querido Orientador calou-se por um pouco e, de imediato, alongou-se:

— Tenho conhecimento que a dedicada senhora Hildegarda requereu às Entidades Superiores, a oportunidade de reencarnar-se em região de muita pobreza, na cidade onde levantou a Instituição dedicada à caridade, a fim de ser recolhida em plena orfandade, naquele mesmo ninho, de modo que, ao alcan çar a idade adulta, afeiçoada e reconhecida pelo domicílio que a favoreceu, possa dedicar-se ao prosseguimento da tarefa, lá mesmo, em benefício de algumas gerações de necessitados que virão para os seus braços.

Verificamos, dessa forma, que o compromisso não realizado é transferido de ocasião, mas nunca deixado de ser executado. "Face aos esforços envidados para a vivência da fé racional que abraçou, à solidariedade bem vivenciada na Associação que frequentava, a conduta moral saudável e severamente mantida, conquistou méritos que a tornam um exemplo de vida espiritual enobrecida.

A deficiência que lhe dificultou a execução plena do programa que deveria realizar, é problema íntimo, que ela está procurando ultrapassar.

A Lei ésempre de amor, nunca de punição, no sentido castrador e perverso.

Jamais faltam ensejos de iluminação para quem deseja realmente a palma da vitória, bastando-lhe não olhar para trás, mas prosseguir com devotamento, utilizando-se de todas as oportunidades para tornar-se melhor.

Por isso mesmo, o grande desempenho é sempre de natureza interna, nas paisagens dos sentimentos onde ninguém passeia para os observar, exceto o próprio indivíduo. " Mudando o ritmo da conversação, convidou-nos, a Alberto e a mim, para visitarmos uma das alas do pavilhão, na qual se encontravam as enfermarias reservadas aos pacientes portadores de transtornos psíquicos.

Jubilosamente surpreendidos, aquiescemos de bom grado e dirigimo-nos ao andar superior ao da administração, onde eram atendidos os portadores de distúrbios mentais além da morte...

Os enfermos mais agitados permaneciam em ambientes restritos, enquanto os outros em processo de recuperação, desfrutavam da convivência geral com diversos companheiros, a fim de readquirirem a autoconfiança e a sociabilização.

— Visitaremos — elucidou o diretor — o irmão Gustavo Ribeiro, que foi recolhido em nossa Clínica após dois anos da desencarnação, quando recambiado do lar e da família a que se fixava em terrível perturbação psíquica.

Sob tratamento especializado, há mais de seis meses, reajusta-se e readquire, mui lentamente, o equilíbrio da consciência.

Quando nos adentramos no agradável apartamento, encontramos sob a carinhosa vigilância de dois enfermeiros, que nos saudaram jovialmente, um cavalheiro com aproximadamente cinquenta e cinco anos, com as cãs embranquecidas e acentuado desgaste orgânico de que fora vítima na Terra, com uma fácies desfigurada e macilenta.

O olhar desvairado fitava um ponto vago, e agitava-se com regularidade, bracejando no ar e chorando copiosamente.

Os dedicados assistentes acalmavam-no com palavras repassadas de carinho e de lucidez, auxiliando-o a retornar à postura anterior.

Observando-o com cuidado, não detectei vinculação direta com qualquer Entidade perversa, que fosse responsável pelo seu desequilíbrio, o que me surpreendeu, sobremaneira.


Olhando o médico interrogativamente, o amigo atento percebeu a minha perplexidade e acorreu em meu auxílio, explicando-me:

— Não se trata de perturbação obsessiva, mas de transtorno mental, ocasionado pela rebeldia e insensatez do próprio paciente.

O nosso caro Gustavo é o protótipo do indivíduo que, da Vida, somente se atribui méritos, tomado sempre de altas doses de presunção e rico de cultura vazia.

Atraído ao Espiritismo, faz mais de vinte anos, quando contava pouco mais de trinta e cinco janeiros, portador então de delicado problema de saúde, pareceu descobrir as respostas para os enigmas teológicos e existenciais que o aturdiam.

Advogado de profissão, com família constituída, abraçou as ideias novas com o entusiasmo que resultava também da recuperação da saúde. "Beneficiado pela fluidoterapia, enquanto recebia conveniente ajuda médica, seus mentores trabalharam com afinco para auxiliá-lo na liberação de altas cargas de energia deletéria que absorvia dos inimigos desencarnados, que o perseguiam com crueldade e pertinácia.

Havia, portanto, no seu problema orgânico significativa contribuição espiritual negativa, que o ameaçava no transcurso dos dias.

Lenta-mente, graças aos recursos combinados da Ciência médica e do auxílio espiritual, o amigo recompôs o quadro da saúde, tornando-se um entusiasta simpatizante do Espiritismo.

Possuidor de temperamento forte e autoritário, logo começou a discordar da administração da Entidade, apresentando sugestões descabidas e referindo-se des agradavelmente, com a arrogância que lhe era habitual, a algumas atividades que ali se desenvolviam. "Amiúde ocorre nos comportamentos humanos atitudes dessa natureza.

Os indivíduos são atraidos a qualquer tipo de realização, e, sem estrutura nem experiência, imaturos e um tanto irresponsáveis, começam a atirar petardos destruidores em todas as direções, acreditando-se detentores do conhecimento pleno, que pode ser muito expressivo na teoria mas inoperante na prática.

Ao invés de auxiliarem sem imposição, corrigindo, quando necessário, após haverem adquirido a confiança do grupo e dado provas de sinceridade, de lealdade ao dever, agem de maneira inversa, cuidando mais das prerrogativas do ego do que da edificação de todos.

Muito sensíveis, são severos com os demais e muito melindrosos, sentindo-se magoados por qualquer coisa, ou pelo simples fato de não serem aceitas suas ideias estapafúrdias.

No caso em tela, o amigo, não sendo atendido, como realmente não deveria ser, face às suas descabidas exigências, abandonou a Instituição onde se beneficiara e começou a peregrinação para encontrar uma que fosse modelar, isto é, dentro dos ângulos estreitos da sua convicção.

Passou a estudar a Doutrina, e logo começou a detectar erros e conceitos que atribuía estarem superados, preocupando-se em corrigir o que ignorava, ao invés de autocorrigir-se, o que écertamente mais difícil. "Não demorou muito tempo, e transformou-se no que se denominava como espírita de gabinete, eufemismo bem elaborado para justificar-se a preguiça, a inutilidade pessoal, distanciando-se do trabalho e quedando-se na postura de atirador de pedras.

A família não lhe recebeu a orientação espiritual conveniente, os filhos cresceram sem formação religiosa e sem a necessária assistência paterna em razão das dificuldades de relacionamento, quando foi acometido de pertinaz enfermidade que o consumiu lentamente.

Nesse comenos, procurou apoio espiritual na antiga Instituição onde anteriormente se beneficiara, mas, não obstante a abnegação dos seareiros de boa vontade, o processo cancerígeno prostático era irreversivel, e o caro confrade desencarnou em situação penosa, assinalada pela revolta surda contra a Vida...


Calou-se o bondoso médico e olhou demorada-mente para o enfermo em novo episódio de alucinação. Logo após, acentuou:

—Miranda, somos o que cultivamos em nosso pensamento.

Semeamos ventos mentais e colhemos tempestades morais avassaladoras.

Enquanto não nos resolvamos pela solução dos problemas íntimos, alterando nossa conduta mental, adquirindo lúcida compreensão das Leis de Deus para vivenciá-las, estaremos cercados pelos tesouros da felicidade sem nos apercebermos, antes, barafustando-nos pelos lugares onde nos encontrarmos. "Porque a sua não fosse uma fé trabalhada na razão e no sentimento, sua lógica era também anárquica, que deveria funcionar em seu favor, desejando submeter a Lei de Causa e Efeito ao seu talante, esquecido de que, afinal, a vida é do Espírito e não do corpo transitório.

A função da Doutrina Espírita épreparar o ser humano para a compreensão da sua imortalidade, jamais para ajudá-lo a conquistar coisas e posições terrenas que o destacam no grupo social, mas não o dignificam nem o engrandecem moralmente.

Ainda permanece em muitos simpatizantes do pensamento espírita a falsa ideia de coletar benefícios pessoais e sociais, quando aderindo aos postulados kardequíanos, tendo a vida modificada para mais prazer e maior soma de comodidades.


Outros, igualmente mantêm a respeito do Espiritismo a falsa ideia mitológica em torno das Entidades Nobres, que deverão estar às suas ordens, solucionandolhes os problemas que engendram, atendendo-os nas suas questiúnculas e necessidades do processo evolutivo. "O amigo Gustavo é mais um náufrago, que teve oportunidade de encontrar a embarcação segura, a bússola para conduzi-lo no oceano imenso, o timão de equilíbrio e, não obstante, resolveu guiar-se pelos instrumentos equivocados das próprias paixões. " Ante a pausa natural feita pelo narrador, interroguei com interesse de aprender:

— E como veio parar aqui? Qual o mecanismo que desencadeou o interesse dos Benfeitores pelo irmão equivocado?


Sem demonstrar irritação, dr. Ignácio respondeu com tranquilidade:

— Somando a aflição da partida do esposo, às preocupações com os filhos e à perturbação que o mesmo produzia no lar, sem dar-se conta do deslindamento dos vínculos carnais, a viúva sofrida, embora pouco informada das bênçãos do Espiritismo, recordou-se que o marido, vez que outra, no passado, referira-se à excelência da Doutrina.

Tivera ocasião de assistir aos passistas transmitindo bioenergia ao paciente e falando-lhe com inefável doçura sobre a resignação e a coragem ante o processo degenerativo e afligente, ficando sinceramente comovida e grata a esses operosos desconhecidos que lhe visitavam o lar para ajudar o companheiro, sem apresentar outro interesse, senão o bem dele mesmo.

Orando, compungida, em momento de grande aflição, sinceramente voltada para o bem da família e de si, atraiu o seu Guia espiritual que a inspirou a procurar aquele grupo de pessoas generosas, cuja conduta espiritual tanto a impressionara.

Ao buscálos, e sendo imediatamente atendida, os trabalhadores do Evangelho sugeriram o estudo da Palavra no seu lar, em encontro hebdomadário, quando então, mui lentamente o pobre Gustavo percebeu que fora arrebatado do corpo, entrando em dilaceradora revolta e perturbação.

Após transcorridos mais de dez meses de assistência espiritual à família, o Mentor do desencarnado solicitou internamento do amigo falido, o que foi providenciado pelo dedicado Eurípedes sem qualquer relutância.

— E qual a terapia — voltei à carga — que lhe tem sido oferecida, a fim de liberá-lo do transtorno psíquico em que se debate?


Pacientemente, o Amigo explicou:

— Três vezes por dia são-lhe aplicados recursos magnéticos para reajustamento dos neurônios perispirituais desagregados pelas ondas da rebeldia que lhe assinalou a existência física.

As sinapses, sofrendo a irregularidade das cargas elétricas, funcionam-lhe desordenadamente liberando os fantasmas encarcerados no inconsciente, que foram os comportamentos odientos, censuráveis, que agora, ressuscitados, perturbam-no.

Duas vezes por semana são aplicadas técnicas hipnóticas, levando-o a processos regressivos, a fim de serem trabalhadas as lembranças, que recebem terapia calmante para que desapareçam, lentamente diluídas as formas de conflitos e remorsos que o aturdem.

Concomitantemente, são realizadas leituras edificantes que se lhe vão imprimindo na mente e estabelecendo novos raciocínios propiciadores de paz e de esperança.

— Qual a perspectiva — insisti com amabilidade —de recuperação da sua lucidez mental?

— Dependerá do esforço dele mesmo — redarguiu, gentilmente.

— As fixações mentais são trabalho de demorado curso, realizadas por aqueles que as estimam.

Quando de qualidade inferior, mantêm-se prejudicando e enlouquecendo.

E natural que a sua desestruturação ocorra também de maneira lenta, a fim de serem evitados choques emocionais no comportamento dos pacientes.

A violência não faz parte dos Soberanos Códigos, sendo expressão de atraso espiritual daquele que a desencadeia.

Assim mesmo, providências cuidadosas têm sido tomadas, de forma a reconduzi-lo à realidade.

Não há muito, a esposa veio-lhe em visita, trazida em desdobramento pelo sono natural, e ele conseguiu percebê-la, experimentando alguns momentos de lucidez e de emoção natural.

Esse fenômeno foi-lhe muito positivo, e tudo indica que será repetido na medida que se apresente mais favorável o seu quadro.

Outros Espíritos amigos encontram-se empenhados em predispô-lo à retomada da consciência, para que recomece a experiência de busca da felicidade. "O nosso Sanatório tem como prioridade, conforme o Miranda está esclarecido, atender os amigos da fé espírita que optaram pela perturbação, pelo engodo, pelos compromissos infelizes, e que necessitam de atendimento carinhoso para o prosseguimento das tarefas interrompidas.

Naquele momento, chegaram os passistas encarregados do atendimento de Gustavo.

Era uma excelente oportunidade para auxiliá-lo com o nosso modesto contributo de oração e simpatia.

Proferida a prece por Alberto, solicitado pelo Orientador, logo após foi lida uma página de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, e depois de breve comentário por um dos servidores, foram aplicados passes dispersivos no chakra coronário, alongando-se por todo o corpo perispiritual, prosseguindo-se com a doação de energias saudáveis.

No início, o paciente estertorou, acalmando-se lentamente, até ser abençoado por um sono repousante e tranquilo.

Estava encerrada a nossa visita.


Despedimo-nos dos assistentes, e quando nos encontrávamos no corredor, indaguei ao médico uberabense:

— São aplicados outros recursos, que desconhecemos na Terra?

— Sim — respondeu com simpatia — todos eles de natureza energética.

Houve tempo, em alguns casos muito graves, em que foram aplicados eletrochoques, e mesmo hoje, vez que outra, um tanto raramente, se fazem necessários procedimentos terapêuticos dessa natureza.

Todavia, os mecanismos espirituais são muito variados para o atendimento dos enfermos mentais, incluindo regressão de memória, hipnose profunda, fixação de pensamentos libertadores através da sua repetição mental em direção ao enfermo e aplicação de energias especiais encontradas em nosso campo vibratório...

Mas, é sobretudo através do amor, com o interesse pelo bem-estar dos enfermos que, por meio da oração que nos vincula ao Pensamento Divino, e do qual se haurem forças vigorosas para transmiti-las em favor dos necessitados, que, na razão em que vão sendo absorvidas, o quadro em que demoram se modifica para melhor, alterando o comportamento emocional e psíquico, por fim, propiciando-lhes a recuperação do equilíbrio. "Vivemos em um universo de ondas e de mentes, de ideias, de vibrações, de energia, e tudo quanto existe é resultado das várias apresentações desses campos de forças, apresentando-se em variado painel de formas e de acontecimentos.

Se nos recordarmos de Jesus, constataremos essa realidade quando Ele nos ensinou: — Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis, e vos será concedido — conforme as anotações de Marcos 11, versículo 24.

Por que, na prece? Em razão desse miraculoso mecanismo vibratório poder alterar a estrutura da nossa realidade, passamos a experimentar outras expressões da energia que promana de Deus e nos modifica a realidade interior.

Sendo o pensamento uma fonte de energia específica, de acordo com a sua constituição positiva ou negativa, sempre alcança a meta para a qual é direcionado.

No que se refere ao bem que produz, à excelência dos resultados que proporciona, àqualidade de onda de que se constitui, transformase num excepcional recurso terapêutico que podemos utilizar em qualquer lugar onde nos encontremos e que, entre nós, desencarnados lúcidos e trabalhadores, face à maior facilidade de elaborá-lo, torna-se-nos um instrumento dos mais preciosos para a construção do equilíbrio, propiciando a saúde. "




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Lucas 11:9

E eu vos digo a vós: Pedi e dar-se-vos-á: buscai, e achareis: batei, e abrir-se-vos-á;

lc 11:9
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Marcos 11:24

Por isso vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e tê-lo-eis;

mc 11:24
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Mateus 7:7

Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.

mt 7:7
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