Plenitude- Série Psicológica Vol. 3

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CAPÍTULO 11

XI - Terapias Alternativas

A ignorância, geradora do egoísmo, que propicia o apego e a paixão às pessoas e coisas.

É a grande responsável pelos sofrimentos.

Considerando-se a impermanência de tudo, em um mundo em constantes alterações, o apego representa a ilusão para deter a marcha dos acontecimentos e reter tudo mais, impossibilitando o surgimento da realidade.

O impermanente é a materialização transitória da realidade e, por consequência, todo apego exagerado à forma produz sofrimento em razão das inevitáveis alterações que ela experimenta.

Corresponde à ilusão de pretender-se deter o tempo, que deixará frustrado aquele que se apega a tal intento.

Assim, a maioria das enfermidades se origina na área emocional, como efeito do desequilíbrio da energia, transferindo-se para o psíquico ou físico, produzindo lesões que alteram a estrutura orgânica.

As terapias da Medicina clássica objetivam, quase sempre, deter as doenças, destruir os invasores perniciosos, sustentar o corpo.

Toda a filosofia médica ocidental centraliza-se nesse objetivo como essencial à saúde, com pequenas variações metodológicas.

A sabedoria oriental, em contrapartida, estabelece, há milênios, que, sendo as doenças efeitos degenerados da energia pelos fatores já examinados, elas devem ser combatidas nas suas causas.

Assim, variam as técnicas alternativas para a aquisição da saúde, mediante a supressão da sua causalidade.

Ressurgem agora, no ocidente, essas terapias, abrindo espaços para a eliminação ou, pelo menos, modificação do sofrimento, propondo a restauração do equilíbrio energético no ser.

A Ciência Espírita, por sua vez, reconhecendo que todo sofrimento decorre do mau uso do livre-arbítrio pelo homem, nos valores morais em recomposição se encontra o mecanismo essencial para a liberação do mesmo.

A tese é extensiva à problemática das doenças.

Sem uma correspondente transformação moral do paciente, a terapia que se lhe aplique, quando enfermo, poderá modificar-lhe o quadro orgânico, não, porém, liberá-lo, porquanto ao primeiro ensejo, ela ressurgirá ou facultará a manifestação de outras patologias já vigentes no campo vibratório não reequilibrado.

As terapias alternativas preocupam-se, essencialmente, com o homem integral, com todo o complexo que se exterioriza no corpo e não apenas com este.

A acupuntura, por exemplo, considera o corpo como um instrumento de um sistema energético, portanto, não físico, o que equivale a dizer, menos denso do que aparenta.

Esse sistema tem prevalência sobre todo o conjunto, qual se fosse um outro sistema nervoso mais complexo, sustentando toda a aparelhagem delicada e os seus implementos mais sutis da organização somática.

Encarrega-se de manter a interação mente-corpo, emoção-sensação, pensamento-matéria.

A técnica da acupuntura busca, através do corpo físico, alcançar o campo de energia e vitalizá-lo, eliminando os bloqueios impeditivos da irrigação de forças mantenedoras da saúde.

Esse sistema energético é composto de meridianos que são correntes de energia que se estendem por todo o corpo, nos seus mais variados departamentos.

Pode-se, com relativa facilidade, encontrar e medir os pontos de acupuntura, carregados de energia, ao longo dos meridianos.

Modernamente, o tobiscópio, delicado aparelho elétrico, consegue localizá-los, comprovando-lhes a existência.

Considera-se que existem quatorze meridianos principais e cinquenta e sete secundários, constituindo o sistema energético.

Em face de qualquer bloqueio na corrente de energia ou desequilíbrio proveniente da força mental devastadora e dos atos morais reprocháveis, as enfermidades se instalam. .

aplicando-se agulhas nos pontos de acupuntura, reequilibra-se a energia do meridiano, desbloqueando-o e o sistema gerador se refaz, restaurando a saúde.

Esses pontos sensíveis podem facultar a anestesia para tratamentos cirúrgicos nos casos mais graves, partos, etc.

Outra prática de inestimáveis resultados é a ioga, especialmente para a emoção em desequilíbrio, para os graves problemas psicológicos e alguns outros na área de saúde.

O conhecimento dos chakras (rodas) como fontes de energia no sistema de vitalização orgânica, propiciou técnicas de desenvolvimento, alimentação e equilíbrio de forças, para a manutenção da aparelhagem material de que se utiliza o Espírito no seu processo de evolução.

Os chakras, tradicionalmente em número de sete, são considerados como órgãos de energia.

Do coronário ao genésico eles são o suporte de sustentação das funções psíquicas e orgânicas do corpo.

Segundo a mesma tradição, o mais importante a ser considerado nos chakras é a denominada energia Kundalini, também conhecida pelo nome de serpente adormecida, que se manifesta em ascendente pela espinha dorsal, nutrindo-os e sendo, ao mesmo tempo, por eles sustentada.

É também responsável pela organização dos nervos.

Quando adormecida na base, atende por automatismo a organização dos chakras.

Por meio da meditação, de exercícios rítmicos, de várias outras técnicas, é despertada e sua energia pode ser canalizada convenientemente, atendendo os chakras, ampliando a área da consciência espiritual e facultando saúde física, vitalidade, harmonia nervosa.

Essa, também, chamada serpente de fogo, permite a aplicação da sua energia no restabelecimento da saúde pessoal, como pode ser aplicada em benefício de outros indivíduos.

A ioga faculta o equilíbrio psicofísico, transformando-se em terapia alternativa de grande valor.

A cromoterapia talvez se haja inspirado na helioterapia, que consiste, esta última, na utilização dos raios solares, como equilíbrio, provocando uma ativação salutar dos mecanismos vitais do corpo.

A colesterina, por exemplo, sob a ação dos raios ultravioletas se transforma na vitamina D ou anti-raquítica.

É de excelente resultado, quando sob cuidadoso controle, mediante aumento de tempo sob a exposição solar, nos casos de espasmofilia, nas anemias infantis, em variados casos de astenia, nas convalescenças, na asma infantil, na tuberculose cutânea, em múltiplas dermatoses.

Etc.

Os solários são de comprovado resultado positivo nas neuranemias, neurastenias, etc.

A cromoterapia devidamente aplicada, por meio de um correto conhecimento das cores e dos efeitos, proporciona estados de recuperação da saúde.

A luz vermelha, por exemplo, em determinados estados infecciosos, como na varíola, faculta bons resultados.

A homeopatia nasceu por volta de 1796, quando Samuel Hahnemann iniciou a sua aplicação, após publicar o seu Ensaio sobre um novo princípio para descobrir as virtudes curativas das substâncias medicinais, seguido de alguns comentários a respeito dos princípios aceitos na época atual.

Ele havia experimentado em si mesmo e nos familiares por seis anos a nova terapêutica, cujos resultados foram surpreendentes.

A homeopatia se fundamenta no princípio do similia, similibus curanter ou seja, os semelhantes curam os semelhantes e, através de diluições infinitesimais, nas quais, teoricamente, não devem existir moléculas da substância original, o medicamento deixa de ser químico para tornar-se físico.

Como tudo no Universo são energia e matéria, que se convertem, devem-se aplicar os recursos energéticos para que se reequilibre o organismo físico, na usa essência, igualmente constituído da energia necessária à vida.

... E multiplicam-se as terapias alternativas: piscobiofísicas, das vidas passadas, cirurgias psíquicas e mediúnicas, hipnose, ao lado da fitoterapia ou flora medicinal, cristalterapia e outros cooperando para a saúde, o reequilíbrio da criatura na Terra, a diminuição e mesmo o desaparecimento do sofrimento no mundo.

Considerando a valiosa contribuição de todas elas, não podemos esquecer que é na transformação moral do indivíduo para melhor, na ação da caridade - como prescreve o Espiritismo, respaldado no conceito de a pecar, a fim de que não lhes acontecesse nada pior - que a cura real se processa e o sofrimento se dilui, cedendo lugar à paz e ao equilíbrio psicofísico.


OS MENSAGEIROS DA MORTE

"todos aqueles que, imprudentes, não atentam Para quando aparecem os mensageiros da morte, Durante muito tempo sentirão a dor Habitando algum corpo-forma inferior.

Mas todos os homens bons e santos, Ao verem os mensageiros da morte, Não agem impensadamente, mas dão ouvidos Ao que a Nobre Doutrina diz, E, no afeto, amedrontados, vêem Do nascimento e da morte a fértil fonte, E se libertam do afeto, Extinguindo, assim, o nascimento e a morte.

Esses são seguros e felizes, Livres de todo esse espetáculo fugaz;


De todo pecado e medo isentos, Dominaram todo o sofrimento. " Angutarra-Nikaya, III, 35ª (Trad. Inglesa de Warren.)


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