Desperte e Seja Feliz

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CAPÍTULO 20

O MÉDICO INTERNO

Creem, muitos discípulos sinceros do Espiritualismo, que todas as ocorrências desagradáveis da existência terrestre resultam de punições da Divindade, ou de resgates impostos pelos erros do passado, próximo ou anterior.

Certamente, a crença generalizada merece reparos, por não se ajustar totalmente à linguagem dos fatos.

O conceito sobre essa Divindade, punitiva e cruel, encontra-se defasado diante da nova compreensão do amor, que é recurso dinâmico a viger em todo o Universo.

Jamais a Consciência Cósmica se imiscuiria mediante atos de perversidade, aplicados contra as frágeis criaturas humanas, ignorantes da sua realidade e destinação, ainda atravessando as áreas primárias do seu desenvolvimento.

Deus-Amor irradia-se em Energia vitalizadora e reparadora, a tudo e a todos mantendo em equilíbrio, mesmo quando, aparentemente, algumas desconexões e desarranjos parecem perturbá-los.

O processo de evolução dá-se através do desgaste como do aprimoramento, da doença e da saúde, da queda e do soerguimento...

Da mesma forma, há ocorrências que são consequências da invigilância, da irresponsabilidade, do desamor de cada ser.

Nem sempre, portanto, as enfermidades podem ser consideradas como processos cármicos em mecanismos de reparação.

O organismo é excelente máquina, constituída por equipamentos delicados, que são comandados pelo Espírito através do cérebro.

Quando o indivíduo tem propensão para o pessimismo, o ressentimento, o desamor, cargas deletérias são elaboradas e atiradas nos mecanismos encarregados de preservar-lhe a organização somática, produzindo-lhe inúmeros males.

Igualmente, as disposições otimistas e afetuosas geram energias refazentes, que recuperam os desarranjos momentâneos dos complexos órgãos que constituem a maquinaria fisiológica.

O corpo humano é laboratório de gigantescas possibilidades, sempre suscetível de auto desarranjar-se ou auto rrecompor-se, conforme as vibrações emitidas pela mente.

A mente representa-lhe o centro de controle que envia as mensagens mais diversas para todos os pontos da sua organização.

Uma emoção qualquer produz descarga de adrenalina na corrente sanguínea, ocasionando sensações equivalentes ao tipo do agente desencadeador.

Assim sendo, encefalinas e endorfinas são secretadas pelo cérebro sob estímulos próprios, gerando imediatos efeitos no aparelho físico.

Enzimas outras são produzidas com cargas positivas ou negativas, conforme a ordem mental, que contribuem para a manutenção da saúde ou a piora da enfermidade.

Autorreparador, o aparelho circulatório, de imediato à agressão, reúne a fibrina dos vasos, procurando elaborar coágulos que tampões que impedem a hemorragia e preservam a vida. Também ocorre o mesmo em referência às enfermidades o câncer, a AIDS, as paralisias, as enfermidades cardíacas e outras, que sob o comando mental correto vitaliza o sistema imunológico, produzindo diversas células com poder quimioterápico, mediante o qual bombardeiam as rebeldes e doentes, destruindo-as, da mesma forma isolando as portadoras de degenerescência e favorecendo as saudáveis, assim restaurando a saúde ou facultando maior sobrevida.

Afinal, o mais importante na área da saúde não é o tempo de vida o número de anos que se frua, mas a intensidade, o bem-estar, a alegria e os objetivos vivenciados.

A morte é inevitável e constitui bênção em relação à experiência física; no entanto, a forma como cada qual se comporta no corpo é que se torna essencial.

Há, no corpo humano, um médico às ordens da mente, que o Espírito encarnado comanda, aguardando a diretriz para agir corretamente.

Desconsiderado, deixa de atuar, superado pelos fatores destrutivos, igualmente ínsitos na organização fisiológica, prontos à desgastante tarefa da doença e da degenerescência celular.

Esse médico interior pode e deve ser orientado pelo pensamento seguro, pelas disposições do ânimo equilibrado, pela esperança de vitória, pela irrestrita fé em Deus e na oração, que estimulam todas as células para o desempenho correto da finalidade que lhes diz respeito.

A dor possui uma função específica, extraordinária: auxiliar o progresso da criatura humana.

As admiráveis conquistas da Ciência têm tido por objetivo diminuir-lhe a intensidade ou mesmo suprimi-la.

Enfermidades cruéis têm sido debeladas, distúrbios orgânicos de gravidade vêm recebendo valiosa contribuição para serem reequilibrados, e não cessam os investimentos nas pesquisas para tornarem a existência física mais amena, agradável e enriquecedora.

Não obstante, a inferioridade moral, em predomínio, torna-se responsável pelo surgimento de novas doenças e dos mais perversos distúrbios, nos complexos mecanismos do corpo somático.

Dores há que domam as paixões inferiores, que resgatam dívidas, que reabilitam, que abençoam vidas...

Abastece-te, porém, nas fontes inexauríveis do Bem, e organiza tua vida moral e mental, de forma que os teus atos sejam produtores de harmonia pessoal e de equilíbrio, quando convidado pela dor reparação ao testemunho de libertação espiritual, ou diante de qualquer expressão de sofrimento que te visite.




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