Desperte e Seja Feliz

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CAPÍTULO 28

MECANISMOS DA EVOLUÇÃO

As conjunturas difíceis que vives fazem parte do processo evolutivo de todas as criaturas.

Enfermidades, incompreensões, problemas do lar, limites orgânicos, dificuldades econômicas, são os mecanismos de que se utilizam as Leis Soberanas para estimular-te ao avanço, à conquista de mais elevados pisos.

Mesmo os triunfos aparentes, a fama transitória, a saúde, a tranquilidade doméstica tornam-se, às vezes, motivo de aflição.

Milton, o grande poeta inglês, afirmava que: "a fama é a espora que eleva o Espírito iluminado, a fim de que ele mais se desdobre e mais trabalhe, e quando, finalmente, pense em gozá-la, as Fúrias cindem o seu êxito e a vida fragilmente tecida".

O brilho da fama é visitado constantemente pela treva da inveja, que a tenta empanar ou mesmo apagá-la, levando a calúnia a tiracolo para o empreendimento nefasto.

As pessoas que aparentam felicidade e transitam no carro do triunfo, também experimentam dores e sofrem ansiedades, depressões.

Não te iludas com a vã esperança de lograres felicidade sem esforço e paz sem lágrimas.

A Terra é a escola dos aprendizes em fase de imperfeição e ignorância.

Alguns, bem-intencionados, esforçando-se; outros, preguiçosos, criando embaraços para o próximo e para eles mesmos; diversos, distraídos, e atrasados; raros, com aproveitamento louvável, mesmo assim vivendo as condições e peripécias da sua humanidade.

Também és estudante algo negligente, equivocando-te, envolvendo-te em pugnas mesquinhas, gerando animosidade, perdendo tempo útil.


* * *

Gandhi afirmava que: "se me não matarem, terei fracassado na campanha da não violência. "

Raros os apóstolos do Bem que não sofreram a perseguição dos próprios correligionários, transformados em competidores e difamadores cruéis.

Muitas vezes, o amigo solidário de agora se transmuda em adversário de mais tarde.

Não foram os inimigos que atraiçoaram e negaram Jesus; mas, Seus amigos invigilantes.

A ti cabe a honrosa tarefa de enfrentar os problemas e solucioná-los; de trabalhar a enfermidade e recuperar a saúde; de lutar e adquirir a paz íntima em qualquer situação a que te vejas conduzido.

No desequilíbrio que predomina em toda parte, sê tu quem permanece com serenidade.

No vozerio das acusações, seja o teu silêncio a forma de defesa.

Na urdidura de qualquer mal, a tua se torne a presença do bem.

Nunca abandones a trilha da fé, nem te apartes dos deveres sacrificiais, porque sofres ou defrontas dificuldades.

Facilidade, improvisação, sorte, são expressões que não existem no dicionário dos Códigos Divinos.

Tudo são conquistas arduamente conseguidas.

Fiel ao ideal que abraças e à vida que te exorna a marcha, não temas, não recues e não te desesperes.

A felicidade virá e permanecerá contigo a partir do momento próprio.

A ilusão é responsável por inúmeros sofrimentos.

Valorizando, excessivamente, os bens transitórios e apegando-se em demasia aos interesses materiais —paixões sensuais, valores amoedados, propriedades, juventude, saúde orgânica, entre outros —, o indivíduo teme vê-los desaparecer, transformar-se ou gerar conflitos, no entanto deixando-os todos, um dia, mediante o fenômeno biológico da morte.

Acreditando que esses empréstimos da vida — os valores físicos — são perenes, o que lhe constitui uma ilusão, quando defrontado ou dominado pela realidade, desarmoniza-se, padece dores, desespera-se.

A sobrevivência da vida à morte é a única e legítima expressão da existência humana.

Preparar-se para essa luminosa experiência inevitável, treinando o desapego e a solidariedade fraternal, é uma forma eficaz de diluir a ilusão, evitando perdas e sofrimentos futuros.

Somente, porém, sobrevive livre aquele que aprendeu no corpo a desatar-se das amarras das paixões enganadoras, nas quais em algum momento tentaram aprisioná-lo.




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