Triunfo Pessoal

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CAPÍTULO 2

O Ser Pensante

O atributo, por excelência, que diferencia o ser humano do animal em escala zoológica inferior, é o pensamento.

Do ponto de vista filosófico, o pensamento é a faculdade psíquica que abarca os fenômenos cognitivos, diferindo do sentimento e da vontade.

Mediante o pensamento é possível a apreensão lógica das coisas, do ambiente, do raciocínio, do conhecimento. Responsável pela capacidade de perceber a beleza, identificar os sentimentos e elaborar programas de direcionamento, constitui um dos mais admiráveis tesouros com que a Vida honra o ser antropológico no seu infindável processo de evolução.

Na Terra, somente o ser humano é possuidor dessa extraordinária peculiaridade que lhe permite identificar-se no ambiente em que se situa compreender a magnitude do Universo e descobrir os mecanismos que o podem auxiliar a crescer, bem como as formas de resolver os desafios que enfrenta a cada momento.

As experiências, a que foi submetido, no curso largo da evolução, fizeram que brotasse dos refolhos mais íntimos e profundos do Self os intrincados recursos que lhe permitem decodificar os símbolos e imagens que lhe assomam; comparando-os com o mundo exterior, e que lhe proporcionando instrumentos próprios para equacionar os enigmas que se lhe apresentam, abre espaços para a lógica, o entendimento da Ciência, da Arte, da Religião, para a compreensão e realização existencial na vida.

O pensamento é um arquipélago de recursos inexauríveis que o Espírito possui e que os complexos mecanismos neurais transformam em ideias através das sinapses defluentes dos impulsos que lhes permitem a intercomunicação.

Máquina alguma jamais foi capaz de pensar, não podendo elaborar qualquer ideia além dos seus componentes constitutivos, e mesmo os mais avançados computadores que pensam, quais aqueles de que se utilizam os enxadristas; somente resolvem questões que foram programadas, obedecendo e repetindo sempre os mesmos processamentos de dados; enquanto o ser humano, rico de possibilidades, elabora novos e contínuos cometimentos, vivência incomparáveis experiências e altera a estrutura do mundo a cada momento.

O pensamento é delicado instrumento do Self para exteriorizar as ocorrências internas da sua existência, facultando a comunicação racional e inteligente com o mundo, as pessoas e as coisas.

Possuidor de inimagináveis procedimentos, é condutor das ideias que dão sentido à vida; no entanto, quando mal direcionado derrapa em viciações mentais perturbadoras que levam o indivíduo a conflitos e desordens emocionais de gravidade.

Disciplinado pela vontade, conduz os sentimentos aos níveis mais formosos da inteligência, que se enriquece de requisitos capazes de felicitar e tornar harmônicas as criaturas.

O pensamento é energia que pode conduzir à sublimação ou ao desespero conforme os conteúdos psíquicos de que se revista.


Inteligência

A inteligência pode ser definida como a faculdade de conhecer e que se expressa em formas e conteúdos variados. E o veículo portador do conhecimento e da compreensão das ocorrências; bem como dos instrumentos através dos quais sucedem; constituindo-se uma substância de natureza espiritual.

São muitas as definições de inteligência, e W. Stern elucida que é capacidade de sintonizar o pensamento com novas exigências ou como a capacidade geral do Espírito de adaptar-se a novas tarefas e condições de vida.

Para Claparède a inteligência integral realiza uma atividade mental de pesquisa, que compreende diversas fases: questão; formulação de hipóteses e verificação, sempre com o objetivo de proporcionar ao ser humano uma adaptação consciente aos desafios e situações novas.

Graças à inteligência é que os mais complexos mecanismos do Cosmo universal e do individual têm sido compreendidos.

Observando a Natureza a inteligência tem-na copiado, assim ensejando enriquecimento cultural e psicológico de alto significado. Nada obstante, os desvarios da emoção tem-lhe recorrido aos recursos não dimensionados para o crime e a perversidade, a destruição do ecossistema e das demais criaturas humanas. Esses desvios, no entanto, demonstram que somente houve um transtorno de comportamento daquele que a utiliza com fins ignóbeis, não tendo qualquer relacionamento com a faculdade em si mesma. O ser humano a possui para crescer e tornar-se cocriador, agigantando-se no rumo do Infinito.

Numerosas discussões têm sido travadas desde os primórdios do pensamento, em valiosas tentativas para se compreender a inteligência e os equipamentos que a formulam na área do Eu consciente. Teses e conceitos espirituais, vazados em reflexões filosóficas e religiosas de diversos matizes situam--na no cerne do ser profundo, eterno, no Espírito, enquanto outros estudiosos propõem que a mesma deflui da complexa máquina cerebral que a elaboraria em termos reducionistas.

Dúvida nenhuma porém existe de que a inteligência se exterioriza através das redes neurais que, estimuladas pelas ondas do pensamento que procedem do Self se encarregam de exteriorizar a sua potencialidade.

Por longos anos, e particularmente durante o século XX; acreditava-se na existência de apenas uma inteligência, que seria a denominada intelectual, encarregada da análise das coisas, dos cálculos, do conhecimento generalizado e que, mediante testes bem elaborados, podia ser medida. Foram os psicólogos Binet e Simon que estabeleceram as escalas para análise do nível de inteligência dos indivíduos. Esse Quociente Intelectual predominou no comportamento cultural da sociedade até o momento quando foi detectada outra forma, outra expressão de inteligência, que se tornou conhecida como emocional, aquela que faculta a percepção e compreensão dos sentimentos próprios bem como das demais pessoas.

Graças a essa conquista e entendimento dos valores, o ser humano mais se enriqueceu, mediante o desenvolvimento do seu QE (Quociente Emocional), desenvolvendo recursos e aptidões adormecidos que lhe dão amplitude para o relacionamento humano e social, bem como para o equilíbrio das emoções e do êxito nos empreendimentos encetados.

Pôde-se demonstrar que nem todo aquele que era portador de um elevado QI (Quociente Intelectual) se tornava um indivíduo exitoso, e, embora com possibilidades aparentes de triunfo, não conseguia alcançar as metas almejadas. Percebeu-se, então, um grande vazio interior de natureza existencial e a falta de sentido para a vida, na maioria desses indivíduos altamente credenciados. Como tudo parecia de fácil solução para esses portadores de alto nível intelectual, um grande número mergulhava na indiferença perante a vida e seus valores; malbaratando as excelentes oportunidades para lograr uma existência feliz, postergando o momento de ventura ou fruindo dos prazeres que lhe chegavam, mas vivendo em transtornos comportamentais.

Ante essa imensa crise de valores e a crescente onda de vazio existencial, descobriu-se que existe outro tipo de inteligência, que é o de natureza espiritual, aquela que permite situar a vida e os sentimentos em um contexto mais extenso e significativo; propiciador de objetivos mais duradouros e profundos, que facilita o entendimento para a escolha de um em detrimento de outro caminho para a autorrealização. Essa Inteligência Espiritual (QS) pode ser considerada como base de sustentação para as duas outras, oferecendo-lhes meios para a realização plenificadora de cada pessoa.

O Dr. Howard Gardner, estudioso da inteligência, assevera, no entanto, que existe um número maior de tipos, abrindo um elenco que abarca diferentes expressões, quais a de natureza musical, espacial, etc, que de alguma forma podem ser consideradas como variações dessas principais, encarregadas das funções essenciais.

Indubitavelmente, todas essas variações da inteligência partem do ser profundo e são traduzidas por um dos três sistemas neurais do cérebro humano, para que se tornem realidade no mundo objetivo em favor do intercâmbio entre as criaturas.

Inegavelmente espiritual, a criatura humana é sempre impulsionada a indagações graves, aquelas que dizem respeito à sua existência, e que, explicadas, facultam-lhe maior entrosamento no grupo social e mais ampla perspectiva de saúde integral, descobrindo os valores e seus significados que dão sentido de dignidade à existência, facultando, assim, prazer e felicidade.


A descoberta e constatação da Inteligência Espiritual (QS),

neste momento, faculta a compreensão da complexidade da alma humana, analisando os dados fornecidos pelo pensamento e elaborando os programas mais compatíveis com as suas necessidades e aspirações no complexo movimento da busca da plenitude.

Perfeitamente identificadas as áreas nas quais se exteriorizam as diferentes inteligências, há, no entanto, em destaque um ponto-luz que expressa no cérebro a existência daquela de natureza espiritual, impulsionando o ser à compreensão da sua transcendência e da sua destinação no rumo do Infinito. Esse ponto-luz ou divino está situado entre as conexões dos neurônios nos lobos temporais do cérebro.

As pesquisas realizadas mediante a utilização de pósitrons permitem constatar-se que, nas discussões de natureza religiosa ou espiritual, toda vez que o tema versa a respeito de Deus e do Espírito, da vida transcendental e dos valores da alma, de imediato se produz uma iluminação no campo referido; demonstrando ser aí que se sedia a Inteligência Espiritual.

É, portanto, essa Inteligência que conduz ao cerne das coisas e facilita a compreensão do abstrato, particularmente quando se refere aos valores da imortalidade da alma, da fé religiosa, da Causalidade universal, do Bem, do amor...

Conseguir-se unificar as diversas inteligências, tornando-as um bloco pelo qual se movimentem as diferentes significações em um conjunto harmônico, é o desafio existencial, qual ocorre com uma orquestra na preparação de um concerto sinfônico, para ser conseguida a harmonia do conjunto. Não fosse da mesma forma; a existência humana o mais notável conjunto sinfônico de que a Humanidade tem conhecimento!...


Sentimentos

Os sentimentos expressam a capacidade que possui o ser humano de conhecer, de compreender, de sentir e compartir as emoções que o vitalizam nas suas diversas ocorrências existenciais.

São os mecanismos que conduzem a Humanidade ao longo do processo evolutivo, através do qual o Self adquiriu o conhecimento e experienciou as conquistas que lhe exornam a realidade.

Inseridos no sistema nervoso central, respondem pela afetividade e pelo comportamento, nutridos por moléculas específicas que são produzidas pelos neurônios cerebrais, tipificando os diferentes biótipos humanos através das suas emoções.

Quando se encontram sob o comando da vontade dignificada; os sentimentos constituem instrumentos valiosos para equipar o indivíduo de equilíbrio e conduzi-lo aos fins que persegue.

São os sentimentos que dulcificam ou tornam a existência amarga, dependendo dos direcionamentos que lhes são aplicados.

Max Scheller, estudando os sentimentos, relacionou--os com a ideia de valor, graças ao que os mesmos orientam para a opção em torno daquilo a que se atribui significado. De início, ainda segundo ele, esses valores são destituídos de conteúdos, que são descobertos depois, atribuindo-lhes significado intelectual. Desse modo, esses sentimentos podem ser superiores, quando se referem às realizações nobres, a justiça, a beleza, o amor, a ciência, a abnegação, o bem, etc, ou inferiores, quando se fazem acompanhar das sensações de natureza física, tais o prazer sensual, a ambição da posse, a inveja, o ciúme...

Freud considerava os sentimentos como produtos sublimados das tendências psicofisiológicas, portanto, de significado meramente orgânico.

Outras tendências procuram explicar os sentimentos conforme as várias escolas neurológicas, fisiológicas, atribuindo-lhes significados pertinentes aos seus contextos...

No princípio do processo evolutivo, porém, eles se encontram em germe nos instintos agressivos ou primários, que os vão liberando até o momento em que passam a exercer atividades especiais na conduta, direcionando as aspirações e os anseios para o belo, o nobre, o bom e o elevado. São eles que facultam a compreensão da dignidade através da cooperação da razão e da consciência, produzindo os vínculos que unem os seres uns aos outros e propiciam o entendimento das necessidades dos relacionamentos, da busca de união e entrosamento, porque; estando isolado, o ser se perturba e se consome.

A aridez do instinto, a fertilidade do sentimento enriquece o ser humano, dando-lhe empatia para lutar e coragem para vencer; mesmo quando as dificuldades se apresentam mais desafiadoras.

Sob o seu comando, quanto mais desenvolve a capacidade de compreender e de sentir, mais amplia os horizontes do amar e do servir.

Entre os animais, manifestam-se esses sentimentos sem a presença do discernimento nem da razão, mas através de impulsos, que são os pródromos da emoção que, desse modo, os conduzem à afetividade por aqueles que os cuidam e mantêm; aguçando-lhes a percepção de valores que, embora não decodificados pela consciência ainda embrionária, os propelem a inúmeras expressões que traduzem a sensibilidade em desenvolvimento.

Trabalhando-se os instintos e corrigindo lhes o direcionamento; os sentimentos substituem-nos na sua maioria e alimentam de emoção superior aqueles que são primordiais e essenciais à existência física, sem inibirem ou perturbarem as emoções que são um passo avançado na escala do progresso.

Quando ainda se mesclam os instintos e os sentimentos; permanecendo os primeiros em predominância em a natureza humana, destacam-se o tormento egotista, a necessidade de dominação, os impulsos inerentes ao primarismo, o desbordar do ódio e da vingança, as expressões asselvajadas da ira e da cólera; do ciúme e da perseguição, a inveja, o ressentimento, que traduzem o grau em que se situa a criatura, ainda sem o comando da razão. E quando se tratam de pessoas portadoras de alto grau de raciocínio e conhecimento, que se comportam com essas características, são os instintos que as governam e não os sentimentos de elevação, que a razão estimula.

Desenvolvendo as aptidões da afetividade, surgem os impulsos da amizade e da compreensão, do dever e da fraternidade, da bondade e da abnegação, das aspirações pela conquista do conhecimento, da Arte, da Ciência, do pensamento filosófico...

Posteriormente esses impulsos iniciais se transformam em conquistas que se inserem no comportamento emocional. Como consequência, os vazios que decorrem da não predominância da natureza animal são preenchidos pelos ideais, aos quais o indivíduo oferece a própria vida quando necessário, por compreender o significado da luta e da existência.

O pensamento, rompendo as barreiras da ignorância; superando a densidade da sombra, inevitavelmente se adorna de emoções, ensejando que os sentimentos do amor passem a constituir o objetivo a ser alcançado, vencendo, etapa a etapa, as manifestações primárias pelas quais se apresenta até conseguir alcançar os patamares do sacrifício, da renúncia, da abnegação e da doação total.

Apesar do alto significado que possuem os sentimentos, tornase necessário que a razão sempre os conduza, de forma que não se transformem em desarmonia, se comandados pelo desejo egotista ou se façam áridos, porque as suas tentativas iniciais de plenitude não encontraram ressonância no mundo objetivo; proporcionando os prazeres que se aguardavam.

Os sentimentos são precioso capítulo da existência humana, na qual o Self trabalha os conteúdos profundos do psiquismo; buscando harmonizá-los com as manifestações do ego de tal maneira que, razão e emoção constituam o binômio a ser bem conduzido pelo pensamento, que não se deve desbordar em aspirações exageradas ou desinteresse esquizoide.

Decodificados e conduzidos por alguns neuropeptíde-os, os sentimentos se originam no Selfe se exteriorizam pelos condutores neurais, expressando-se por todo o organismo físico e emocional, passando a exercer um papel de grande relevância nos processos da saúde, pelas altas cargas de que se revestem em razão da conduta mental do indivíduo.

À medida que o ser humano evolui maior se torna a sua capacidade espiritual de externar os sentimentos que lhe exornam as estruturas íntimas, ampliando a capacidade de entendimento da vida e dos seus conteúdos mais variados; profundos e superficiais, graves e sutis, que são todo o patrimônio alcançado ao largo do inevitável processo antropossociopsicológico.

Pode-se medir, portanto, o grau de adiantamento moral do indivíduo pelos sentimentos de que se faz portador e que expressa no seu dia a dia.


Vontade

Nietzsche, o filósofo alemão, definiu vontade como o impulso fundamental inerente a todos os seres vivos, que se manifesta na aspiração sempre crescente de maior poder de dominação.

Considerado esse poder de dominação como algo que se expressa além do ego desejoso de sobrepor-se às demais criaturas, o sentido da definição apresenta-se corretamente.

Isto porque a vontade é a faculdade de bem conduzir as aspirações, objetivando uma finalidade compensadora, que resulte em paz íntima.

Somente através da sua conscientização é que os indivíduos descobrem as infinitas possibilidades que se lhes encontram à disposição para o processo de desenvolvimento interior, tendo em vista a autorrealização.

A vontade, no entanto, procede do Self, cuja maturidade se exterioriza em forma de querer e conseguir ou de não desejar e; por isso mesmo, considerar-se fraco, incapaz de atingir as metas que os outros alcançam.

A razão indica a necessidade de lograr-se algo, e a vontade pode ser considerada como o ato mental que deve ser transformado em ação mediante o empenho com que seja utilizada.

Quanto maior o desenvolvimento intelecto-moral do indivíduo; e mais ampla será a sua capacidade de lutar e vencer; ampliando-se-lhe a área da vontade que se lhe exterioriza; auxiliando-o na conquista de patamares mais elevados, que sempre o estimulam a novos cometimentos.

Vários fatores, no entanto, endógenos e exógenos, respondem pela ação da vontade. Em razão da imaturidade psicológica ou dos transtornos de comportamento que experimente, o indivíduo sofre efeitos hormonais e de outros produzidos pelos neuropeptídeos, que desarticulam as substâncias responsáveis pela afetividade e induzem a estados de incapacidade emocional para decisões e atitudes que exijam força interior e desejo de vitória. Respondem pelos desvios de conduta, pelas quedas sensacionais em compromissos de inércia ou cumplicidade nos desequilíbrios de variada denominação, terminando por ceifar a esperança e o esforço de quem lhes padece a injunção algo penosa.

Por outro lado, as circunstâncias educacionais, os hábitos domésticos, o convívio social, cuja procedência seja perturbadora, as aflições psicossociais, socioeconômicas e morais afetam poderosamente a vontade daquele que se deixa permear pelo interesse vigente ou se adapta à situação angustiante.

A vontade deve e pode ser trabalhada através de exercícios mentais, da geração de interesse e de motivação para conseguirse a autorrealização, a conquista de recursos de vária natureza; especialmente na transformação dos instintos em sentimentos; dos hábitos doentios em saúde, da conquista da beleza, dos ideais de engrandecimento humano.

Ninguém é destituído de vontade, porquanto tudo que se realiza, no movimento e na ação, está vinculado a esse fulcro desencadeador de forças para a objetivação.

A vontade é, portanto, o motor que impulsiona os sentimentos e as aspirações humanas para a conquista do infinito, sendo sempre maior quanto mais é exercitada. Inexpressiva, nos primeiros tentames, logo se transforma em comando das possibilidades que se dilatam, enriquecendo o ser com os valores imperecíveis da sua evolução.

A vontade se radica nos intrincados tecidos sutis do Espírito que, habituado à execução de tarefas ou não, consegue movimentar as forças internas de que se constitui, a fim de atingir os objetivos que lhe devem representar fator de progresso.

Quando alguém fracassa, em qualquer atividade, isso não representa debilidade de esforço ou falta de vontade bemdirecionada, antes transforma-se em um elemento de experiência para futuros tentames. Da mesma forma como a enfermidade e a morte não significam fracasso da Medicina, que sempre se apresenta para modificar os quadros dos distúrbios e desgastes orgânicos, prorrogando o período de vida do paciente, o insucesso nos empreendimentos humanos igualmente não se expressa como ausência da fonte poderosa da vontade.

Toda tentativa que não resulta como um sucesso, transformase em mensagem de conquista de valor que poderá ser utilizado em nova ocasião, facultando o logro noutro ensejo.

À vontade, por isso mesmo, não cede quando falecem os resultados, repetindo a experiência quantas vezes sejam necessárias até que se colimem os interesses que se têm em mente.

Desenhado um objetivo interior, e de imediato forças complexas apresentam-se para que ele seja conquistado.

Há, entretanto, hábitos arraigados no psiquismo do Espírito; que propelem ao avanço ou facilmente desistem de ser levados adiante. São os antigos fracassos que ressumam dos refolhos do Self que, sem estímulos, recua, deixando que aconteça conforme seja mais fácil ou que simplesmente não suceda.

Repetindo-se a tentativa, cria-se o hábito de agir e, por consequência, este se torna elemento vital para a vontade.

Sem uma vontade bem-direcionada não há vida saudável.




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