Triunfo Pessoal

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CAPÍTULO 3

Tormentos Psicológicos

Em face dos graves acontecimentos hodiernos: velocidade das comunicações, sucessão intérmina de ocorrências surpreendentes, tragédias do cotidiano, avanços científicos e tecnológicos, ameaças contínuas de desgraças geradoras de insegurança emocional, o ser humano apresenta-se desestruturado psicologicamente, buscando fugir antes que enfrentar a realidade traumatizante.

Sentindo-se aturdido, procura compensar-se no exagerado culto ao corpo, entregando-se a exercícios complexos e desgastantes de energias valiosas, cirurgias corretoras e estéticas, implantes variados como forma de compensação ao ego insatisfeito, dando lugar a mórbidos mecanismos que, se de uma forma propiciam prazer, assinalam também perturbadoramente as emoções, ante os receios inevitáveis que decorrem do processo orgânico degenerativo e do implacável suceder do tempo devorador.

Dietas sem sentido alimentar e destituídas de nutrientes básicos para a saúde ameaçam o equilíbrio psicofísico, instalando graves problemas emocionais como a anorexia, a bulimia, a perda de memória, a irritação e distonias nervosas outras que lentamente se instalam no comportamento do indivíduo; conspirando contra a sua saúde e o seu bem-estar.

A desenfreada busca do gozo, em vez de proporcionar-lhe felicidade, torna-se-lhe fogo-fátuo de rapidíssima duração; deixando ressaibos de amargura e de insatisfação que induzem a novas e ininterruptas ansiedades.

Nessa correria, que se apresenta falsamente como propiciadora de segurança e harmonia, o sexo desvaira e ressuscita os níveis do primitivismo de onde saiu para atender os modismos vigentes; embora a preço de insanidade mental e de total relaxamento dos valores ético-morais.

O absurdo consumo dos alcoólicos e do tabaco, em mecanismos escapatórios ao medo e à ansiedade, favorece o uso desregrado de substâncias alucinógenas e de outras drogas químicas de alto poder destrutivo dos equipamentos neuroniais; que não mais se refazem, infelicitando e degradando.

A apologia da insensatez produzida pela mídia alucinada perverte a identidade do indivíduo, massificando-o e nivelando-o nas faixas do egoísmo doentio assim como da fatuidade.

Não é de estranhar que o número de pacientes neuróticos e psicóticos se faça cada dia mais expressivo, mais avassalador.

Os efeitos dessa ocorrência são de alta gravidade, porque; instalados os distúrbios em pessoas psicologicamente frágeis; prolongam-se, transformando-se em enfermidades de difícil diagnóstico e mais desafiadora terapia.

Ao mesmo tempo, a perda de contato do ser humano com o Simesmo, esmagado pelo desconcerto moral que grassa, na sucessão dos escândalos que chocam e logo passam, deixa a falsa ideia que a felicidade é conquista do poder para o prazer e do ter dinheiro para comprar o poder, completando o círculo vicioso da ostentação e da queda, da glória sob os holofotes da ilusão e do imediato olvido nas masmorras do abandono a que vai relegado, bem como do conflito pessoal que surge e o domina.

O quase total desrespeito aos valores humanos, à própria criatura, e a consequente ambição desmedida de amealhar moedas a qualquer preço, afrontam a miséria dos bairros pobres que vomitam nas ruas e avenidas do mundo os seus esquecidos; os seus excluídos, que se armam de violência para tomar pela força tudo quanto lhes foi negado por dever de humanidade.

(...) E o medo se instala na sociedade, em si mesma enferma e inquieta.

Urge que se opere uma mudança ética, a fim de que o indivíduo recupere a sua identidade de cidadão, não mais de vítima explorada, na sua condição de criatura humana, e não mais discriminado por causa da pobreza, da raça, da ideologia comportamental adotada, desde que não fira os direitos dos outros.

Somados a esses fatores psicossociais, socioeconômicos; aqueloutros de natureza espiritual e causai profunda, defronta-se sério desafio para o reajuste da sociedade e para o equilíbrio do ser humano.

Uma proposta psicoterapêutica válida deve ser estruturada no sentido da descoberta do ser integral e da finalidade existencial que pode ser alcançada por todos.

A cura, para tais males, deverá processar-se mediante a conscientização do paciente, que descobrirá em júbilo o significado do existir e o caminho a trilhar em consciência de paz.

O amor fraternal como processo de ajustamento impõe-se de imediato, e um novo entendimento da vida se delineia, traçando as diretrizes para serem mantidos o equilíbrio e a harmonia da sociedade.


Irritabilidade E Violência

Há uma iniludível herança antropossociopsicológica que predomina em a natureza humana, estabelecendo as diretrizes do comportamento que se expressa através da hereditariedade e dos condicionamentos proporcionados pela educação.

A criatura é o resultado das suas próprias experiências adquiridas no imenso pélago do processo evolutivo, transferindo de uma para outra existência as conquistas que lhe caracterizam o desenvolvimento intelecto-moral.

Na condição de Espírito em crescimento, fixa novas aprendizagens nos patamares construídos anteriormente, sem fugir das suas naturais imposições, que remanescem em aspirações, tormentos, bem-estar ou desequilíbrio.

Sendo o trânsito evolutivo nas faixas do primitivismo o de mais longa duração, os instintos primários predominam em a sua natureza, aguardando o concurso da razão e do discernimento para substituí-los por emoções de harmonia, propiciadoras que são de saúde psicológica, mental e física.

Por efeito desse mecanismo inevitável, a irritabilidade e a violência se apresentam com grande frequência na sua conduta; direcionando-a com força e impulsos desastrosos que nem sempre a vontade consegue controlar.

Deambulando sob a ação desse incoercível impositivo, o indivíduo sente-se fragilizado na sua estrutura emocional; produzindo moléculas cerebrais destrutivas que os neurônios liberam sempre que a mente irrequieta e arbitrária experimenta contrariedade. Explodem, então, os impulsos agressivos que se convertem em vulcão destruidor, atirando magma diruptivo em todas as direções. A sua sensibilidade torna-se altamente descompensada como decorrência dos conflitos ancestrais que não foram diluídos, a ponto de não conseguirem proporcionar a consciência de paz no seu dia a dia.

Irritadiço, é mordaz e inseguro por constituição temperamental; reagindo sempre antes que seja alcançado pelas agressões que supõe lhe serão dirigidas. Apresenta-se violento, porque oculta o transtorno íntimo, empurrando para longe os perigos que imagina estariam ameaçando-o. A sua linguagem verbal é tempestuosa, marcada pelo cinismo e pela suspeita, enquanto a corporal é tensa, apresentando os músculos rígidos e distendidos, e a mental é desconfiada e autopunitiva. Porque se reconhece rebelde, é inamistoso, assinalado pelo mau humor que o atormenta interiormente.

Vários fatores ancestrais e atuais respondem por essa psicopatologia, cujas nascentes se encontram no primarismo em que estagia e ainda lhe governa as atitudes.

São essas criaturas desajustadas que incendeiam as multidões com as suas teses derrotistas e visceralmente odiosas.

Cultivando excessivo orgulho, que denota permanência na infância psicológica responsável pela insegurança pessoal; investem sempre contra tudo e todos, chegando, não poucas vezes, ao autossupliciamento, quando não podem descarregar a bílis doentia noutrem ou no grupo social em que se movimentam.

Os seus relacionamentos são apressados e desestruturados, a sua conduta sexual é nervosa e insegura, nunca se entregando às emoções em plenitude, exceto quando açuladas pelos instintos agressivos geradores de lutas e competições que esperam sempre vencer de qualquer maneira. Evitam os desportos, porque não são capazes de competir de forma equilibrada, e quando deles se utilizam, têm em mente apenas exibir-se, agredir, vencer de qualquer maneira, compensando os conflitos que predominam no ego atormentado.

As diversas terapias acadêmicas propiciadas pela Psicanálise; pela Psicologia Comportamentalista e pela Humanista possuem valioso arsenal de recursos para auxiliar esses pacientes portadores de irritabilidade e de violência, por conseguirem desenraizar-lhes os conflitos do inconsciente, que se exteriorizam na conduta habitual, convidando-os à mudança de comportamento, que é o passo essencial para a aquisição da saúde emocional.

Os métodos ericksonianos igualmente oferecem uma grande contribuição terapêutica para esses como para outros tormentos; que não podem ser desconsiderados, desde a sua apresentação gestual durante a consulta até aos confrontos estratégicos com o conflito da irritação e da violência, mediante a apresentação discreta de novas metas que interessem ao inconsciente que se encontra no comando desse mórbido procedimento.

Há sempre uma grave preocupação terapêutica ancestral para a busca do porquê, da origem do distúrbio, o que é muito válido.

No entanto, também merece cabido redefinir--se papéis e despertar-se para novas estruturas de referência.

Através do choque emocional, utilizando-se de conduta equivalente, ou indiretamente, mediante criatividade que induza o paciente à conquista da harmonia e dos seus benefícios, devese recorrer a narrativas que produzam interesse, nas quais se podem introduzir palavras-chave que serão entendidas pelo inconsciente e logo decodificadas, para erguê-lo ao patamar da razão, do entendimento, da amizade.

Em casos de portadores de esquizofrenia, irritadiços e violentos, provavelmente essa terapia não lhes conceda a saúde desejada, mas lhes pode brindar a contribuição valiosa para uma existência social harmônica, despertando-lhes a afetividade e a motivação, o interesse e a responsabilidade que lhes constituem desafios difíceis de ser assimilados.

No transtorno esquizofrênico, sem dúvida a terapêutica psiquiátrica faz-se relevante e necessária; não obstante a psicológica também possa ser introduzida no momento adequado.

A mudança interna do paciente por meio da conversação que aborda o transtorno sem o enunciar, usando as expressões que normalmente o ferreteiam, mas agora apresentando significados diferentes, como, por exemplo, louco e loucura, amor e afetividade, infelicidade e desgosto em contexto próprio, soarão de maneira salutar no esconderijo do inconsciente onde o mesmo se refugia e de onde poderá ser retirado sem danos para o comportamento.

Descoberto o conflito, a abordagem sugerirá, mediante linguagem própria em confrontação indireta, a maneira como o paciente tomará conhecimento da dificuldade, usando-se palavras com interpretação positiva, que irão diluir a fixação perturbadora que as mesmas produziam anteriormente e o levavam à fúria e ao desinteresse pela convivência em sociedade.

Com vagar estabelece-se um lastro de confiança entre o enfermo e o seu terapeuta, que se manterá a um passo distante; embora conservando-se seu amigo, e não mais aquele que pretende penetrá-lo com a sonda da inquirição, a fim de descobrilo no seu escondedouro secreto, onde sua vida se desenvolve com liberdade e sem limitações coercitivas impostas pelo relacionamento social, suas leis e compromissos.

Estabelecidas essas metas prioritárias, o enfermo poderá conquistá-las com segurança, desse modo realizando suavemente a mudança interna das aspirações e abrindo-se a novas experiências saudáveis quanto compensadoras.


Insegurança pessoal

O conceito de saúde é ainda muito defasado entre as pessoas; que sempre o consideram falta de doenças instaladas no organismo ou de transtornos emocionais e mentais estabelecidos e classificados. Não poucas vezes, experimentando-se fenômenos de instabilidade interior, de insegurança pessoal ou de aflições; sem aparentes causas que os justifiquem, não se dão conta do significado desses distúrbios que merecem cuidadosa análise e avaliação, a fim de serem modificados nas suas estruturas fixadas na personalidade, por meio de terapia adequada.

Esse maravilhoso conjunto de fenômenos, que se harmonizam no ser humano, constituído pela energia pensante, a energia modeladora e a energia condensada, constitui um dos mais notáveis contributos da vida no Universo. Poderoso, pelas suas resistências para vencer dificuldades e alterar os panoramas por onde tem transitado, o ser é, ao mesmo tempo, na sua constituição física, frágil, porque pode ter interrompida a existência orgânica por uma picada de inseto contaminado por vírus devastador ou um choque emocional poderá vencê-lo; prostrando-o, em largo estado de paralisia e coma, que lhe anula a lucidez e lhe impede prosseguir nos compromissos que lhe diz respeito atender.

A complexidade do seu mecanismo psicológico vem sendo, a pouco e pouco, penetrada, graças ao que se torna factível auxiliálo na solução dos conflitos que o acompanham em forma arquetípica ancestral ou herança espiritual que necessitam ser transmudados de sombra para luz. Nesse processo evolutivo, os alicerces do inconsciente vão-se modificando, enquanto novos contributos são oferecidos, a fim de que se possam construir as possibilidades ainda não logradas através do tempo e dos esforços da mente orientada para o bem-estar, o equilíbrio, a saúde real.

Como resultado dessas heranças primevas, alguns fantasmas emocionais acossam-lhe a consciência, produzindo a inquietação que trabalha contra a sua harmonia psicofísica, aturdindo-o e dificultando-lhe fruir galhardamente as infinitas possibilidades de alegria e de paz que se lhe encontram à disposição.

Nessa ocorrência surgem estados de aflição, tais a insegurança pessoal, que se converte em timidez ou dela provém, em ansiedade ou medo, que a podem também desencadear; afastando-o dos relacionamentos humanos compensadores e das atividades que o promovem a estágios mais avançados e nobres da vida social.

E natural, e mesmo normal, que se apresentem desafios no comportamento diário, e a pessoa receie não ter condições de os enfrentar de maneira enriquecedora. Toda experiência nova produz impacto que deve ser superado, estimulando ao prosseguimento das atividades. Esse receio lógico, que se fundamenta no desejo de se conseguir vencer e não se encontrar equipado com os recursos hábeis, constitui um fenômeno emocional perfeitamente compreensível. No entanto, essa pertinaz incerteza quanto às possibilidades existentes para a luta, acompanhada pelo autodepreciamento, acreditando-se sem oportunidade de desenvolver novos valores, ao lado do sentimento de inferioridade, são manifestações de conflito que devem ser enfrentadas com decisão, mesmo que se experimentando angústia nas primeiras tentativas terapêuticas.

A existência corporal é ensancha de crescimento espiritual e de aquisição de infinitos recursos iluminativos, que constituem a grande meta da existência humana aguardando ser conseguida.

Superando os patamares inferiores do processo, vão-se conquistando novos níveis de conhecimento e de sentimento, ao tempo que se descobre que, cada passo adiante, faculta mais possibilidade de serem vencidos os novos enfrentamentos.

Uma saudável empatia toma então o indivíduo que se encoraja a prosseguir com altivez, superando os desalinhos interiores, por melhor interpretá-los, não lhes concedendo maior significado emocional e permitindo-se de forma agradável ser possuidor de limites que cumpre superar.

A insegurança pessoal, desse modo, remanesce de vivências atuais - educação no lar mal orientado, mãe castradora, pai negligente, família desestruturada e vencida por brigas contínuas, nas quais a desconsideração aos diversos membros indu-los à perda da autoestima - e de vivências pretéritas, nas quais a conduta malsã foi característica predominante do ego que experienciou abusos do poder, do prazer e do dever, deixando resquícios de culpa insculpidos no inconsciente. Ressumando dos dramas angustiantes que o comportamento anterior produziu em outras existências que ficaram estioladas, o juiz interior estabeleceu a necessidade do resgate dos crimes, apresentandose na atualidade como uma espada de Dâmocles oscilante, e que se encontra presa por delicado fio, prestes a cair sobre a cabeça do condenado...

Diante de tal situação, cabe ao paciente uma análise honesta da sua realidade atual e da sua conduta contemporânea; avaliando os recursos que possui, sem autorrecriminação nem autopunição, passando a vivenciar experiências possíveis de serem completadas, ampliando o seu raio de ação moralemocional através de cujas contínuas vitórias possa adquirir autoconfiança e autovalorização. Não se compadecendo do conflito entranhado nos painéis do inconsciente, irá substituindo-o pela alegria de poder percorrer novos caminhos; conviver com diferentes pessoas e situações de maneira agradável e compensadora.

O eminente Dr. Milton Erickson proporia, certamente, em problemática dessa natureza, a aceitação pelo paciente dos seus valores positivos, ampliando-os, assim ajudando-o a trabalhar as incertezas - valores negativos - por meio da confiança em si mesmo em pequenas doses até alcançar o nível do bem-estar.

Essa mudança de conduta mental auxiliaria aqueloutra de natureza emocional, que cederia lugar à alegria de viver intensamente, tornando-o membro ativo e produtivo da sociedade onde se encontra.

Quanto mais alguém foge de um problema, mais difícil se lhe torna equacioná-lo. A melhor maneira de o enfrentar começa no esforço para diminuir-lhe o conteúdo emocional perturbador, nele vendo, pelo contrário, a possibilidade de mais enriquecimento através de uma comunicação injuntiva em relação com a vida.

O que constitui insegurança, incerteza afugente, cabe converter em experiência viva e significativa por meio do esforço para saber-se em condições de triunfar, o que depende exclusivamente daquele que se empenha por consegui-lo.


Desajustes Internos

Uma visão neurofisiológica do ser humano poderia afirmar que este é resultado somente das moléculas de neuropeptídeos produzidas pelo cérebro, tais as interleucinas, o interferon, as endorfinas... cuja contribuição para o equilíbrio psicofísico é de essencial significado.

Por outro lado, os fisiologistas estariam em condições de definir que esses neurotransmissores são essenciais para o funcionamento orgânico e de inumeráveis atividades psíquicas do indivíduo.

Em razão desse mecanismo físico algumas escolas fisiológicas e psicológicas fundamentam a sua tese no reducionismo, no materialismo.

Fosse, realmente a vida, patrimônio exclusivo da matéria e teriam razão. Não obstante, a criatura humana é mais do que o corpo - é o Espírito - no qual se movimenta, independendo da indumentária de que se reveste e através da qual interfere; orientando toda a sua constituição e funcionalidade por meio da mente, que é o instrumento de que se vale para os objetivos existenciais.

O que é considerado como causa unívoca para a existência do ser pensante, em realidade resulta das reações normais dos neurônios sob os estímulos químicos e eletromagnéticos, bem como de outra ordem, procedentes do ser espiritual que assim se expressa para o processo da própria evolução.

Conforme o estágio em que se encontra, os fenômenos que propicia são efeitos da sua ação, mesmo que inconsciente; produzindo os resultados equivalentes à sua posição moral.

Quando se trata de alguém portador de consciência culpada, as neurotransmissóes se fazem deficitárias e as moléculas de neuropeptídeos, por escassez ou excesso, produzem distúrbios emocionais ou psiquiátricos correspondentes, exteriorizando-se como psicopatologias específicas.

De igual maneira, os processos de nutrição do organismo se devem à sintetização de substâncias que são ingeridas através dos alimentos, da água e de outros recursos nutricionais, ou mesmo como resultado dos produtos metabolizados pelos tecidos.

Para que exista a energia é necessário que as reações de natureza bioquímica realizem a síntese dos elementos que são enviados por esses núcleos de fornecimento. Defrontam-se, nessa conjuntura, duas vertentes de produção energética: a que se deriva da oxidação lenta de todos os alimentos que são ingeridos e as que procedem, vez que outra, das inevitáveis reações bioquímicas.

Quando se está sob transtorno neurótico ou distúrbio de diferente ordem, o organismo exige o consumo de vitalizadores e outros recursos indispensáveis para a manutenção das células.

As substâncias que se encarregam de dar começo, continuar e concluir as reações bioquímicas são, portanto, as enzimas. Pela sua constituição tornam-se verdadeiras catalisadoras, permitindo que tudo funcione com eficiência e rapidez.

São elas que cooperam em favor do sistema imunológico; evitando a instalação e proliferação das doenças.

A vida mental, decorrente da conduta moral, é de relevante significado para o binômio doença-saúde, porquanto, dessa usina de forças procedem às energias que harmonizam ou desequilibram a maquinaria que irá produzir os elementos vitais para a preservação da sua realidade temporal.

Naturalmente, a preponderância da hereditariedade com as cargas necessárias à depuração do ser reencarnado, as sequelas das enfermidades infectocontagiosas constituem elementos dominantes para a ocorrência de distúrbios emocionais; psíquicos e as degenerescências físicas. Esses acontecimentos; porém, expressam-se como decorrência dos impositivos que proporcionam o progresso espiritual em cuja fatalidade todos se encontram.


São esses requisitos que elaboram a constituição do temperamento - calmo ou agitado, suspeitoso ou confiante; introvertido ou extrovertido, jovial ou pessimista - que favorecem o surgimento das tendências — artísticas, religiosas, filosóficas; culturais, elevadas, perversas, ativas ou indiferentes -,

determinando o caráter e os sentimentos de cada indivíduo. Não obstante, quando alguém reconhece essas possibilidades que lhe são inatas, pode alterar profundamente as manifestações negativas, tornando-as enobrecidas, e as positivas; transformando-as em ideais de plenitude, facultando-se a produção de neuropeptídeos que irão cooperar para o logro em pauta, como resultado da elevação mental para alcançar o objetivo a que se propõe.

Diante, pois, de quaisquer distúrbios emocionais, o esforço mental do paciente para um novo direcionamento das aspirações enobrecedoras torna-se-lhe urgente, o que lhe abrirá campo de realizações superiores, cada vez de mais fácil execução como consequência da vitória sobre os impedimentos iniciais. O mesmo ocorrerá no extraordinário metabolismo realizado pelas enzimas.

O mau hábito da queixa contumaz, da reclamação constante; do pessimismo, estimula a produção ou redução de neuropeptídeos que desorganizarão as sinapses e desestruturarão a neurotransmissão, a prejuízo da saúde emocional, por extensão, para o surgimento de uma disfunção metabólica. De maneira equivalente, a esperança e a oração, a alegria e o cultivo de ideias dignificantes, estimuladoras; produzem o reverso, favorecendo com harmonia, saúde e bemestar de longo curso.

Emergindo do inconsciente coletivo, no qual estão inscritas as realizações individuais - inconsciente pessoal — heranças das reencarnações anteriores, o ser espiritual sintetiza as necessidades e descobre as possibilidades de que dispõe para corrigir os distúrbios internos, que são as consequências morais das desarmonias psicológicas ancestrais e dos descalabros emocionais que se permitiu.

Em qualquer processo, portanto, de distúrbios psicológicos; encontrando-se em reparação o Espírito endividado desde anteriores experiências carnais, os antidepressivos e outros medicamentos poderão ajudar, mas o - a conquista da saúde real — somente será possível quando o Self, na condição de fonte irradiadora de energias, produzi-las favoráveis à legítima cura.




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