Autodescobrimento: uma Busca Interior

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CAPÍTULO 11

OS SENTIMENTOS: AMIGOS OU ADVERSÁRIOS?

AMOR

Os sentimentos são conquistas nobres do processo da evolução do ser.

Desenvolvendo-se dos instintos, libertam-se dos atavismos fisiológicos automatistas para se transformarem em emoções que alcançam a beleza, a estesia, a essência das coisas e da vida, quando superiores, ou as expressões remanescentes do período primário, como a cólera, o ciúme, as paixões perturbadoras.

Na fase inicial do desenvolvimento, o ser possui as sensações em predomínio no comportamento, que o vinculam ao primitivismo, exteriorizando-se na forma de dor e prazer, de satisfação e de desgosto...

As manifestações psicológicas somente a pouco e pouco se expressam, rompendo a cadeia das necessidades físicas para se apresentarem como emoções.

Nesse processo, o ser é prisioneiro dos desejos imediatos e grosseiros da sobrevivência, com insight de percepção da harmonia, do equilíbrio, das alegrias que não decorrem do estômago ou do sexo.

Lentamente, à medida que supera o egocentrismo do seu estágio infantil, desabrocham-lhe os sentimentos de valores morais, de conquistas intelectuais, culturais, artísticas, idealísticas.

O largo trânsito pelos impulsos do instinto deixa condicionamentos que devem ser reprogramados, a fim de que as emoções superem as cargas dos desejos e do utilitarismo ancestrais.

O primeiro, e certamente o mais importante sentimento a romper o presídio dos instintos, é o amor.

De começo, mediante a vinculação atávica com os genitores, os familiares, o grupo social que o protege, as pessoas que lhe propiciam o atendimento das necessidades fisiológicas.

Logo depois, embora o desenvolvimento se faça inevitável, apresenta-se egoístico, retributivo, ainda vinculado aos interesses em jogo.

Somente quando canalizado pela mente e pelo conhecimento, agiganta-se, constituindo-se objetivo do mecanismo existencial, capaz de se libertar dos efeitos rigorosos dos instintos.

Em face da própria historiografia, externa-se como desejo de posse, na ambição pessoal para a eleição do parceiro sexual, fraternal, amigo.

Em razão disso, confunde-se, ainda hoje, o amor com os jogos do sexo, em tormentosos conúbios, nos quais sobressaem as sensações que os entorpecem e exaurem com facilidade.

O amor é o alicerce mais vigoroso para a construção de uma personalidade sadia, por ser gerador de um comportamento equilibrado, por propiciar a satisfação estética das aspirações e porque emula ao desenvolvimento das faculdades de engrandecimento espiritual que dormem nos tecidos sutis do Eu profundo.

Se desperta paixões subalternas, como o ciúme, o azedume, a inveja, a ira, a insegurança que fomenta o medo, ainda se encontra no primarismo dos instintos em prevalência.

Somente quando é capaz de embelezar a existência, proporcionando vida psíquica e emocional enriquecedora, é que se faz legítimo, com os recursos que o libertam do ego.

Predominando na fase da transição - do instinto para o sentimento -, o ego é o ditador que comanda as aspirações, que se convertem em conflitos, por direcionamento inadequado das forças íntimas.

Sendo um dínamo gerador de energia criativa e reparadora, o amor-desejo pode tornar-se, pela potencialidade que possui, instrumento sórdido de escravidão, de transtornos emocionais, de compromissos perturbadores.

A necessidade de controlá-lo, educando as emoções, é o passo decisivo para alcançar-lhe a meta felicitadora.

Toda vez que gera tormento de qualquer natureza, insatisfação e posse, prejudica aquele que o experimenta.

Para libertar-se dessa constrição faz-se imprescindível racionalizá-lo, descondicionando o subconsciente, retirando os estratos nele armazenados e substituindo-os por ideias otimistas, aspirações éticas.

Gerar pensamentos de autoconfiança e gravá-los pela repetição; estabelecer programas de engrandecimento moral e fixá-los; corrigir os hábitos viciosos de utilizar as pessoas como coisas, tendo-as como descartáveis; valorizar a experiência e vivenciar, evitando a auto compaixão, a subestima pessoal, que escondem um mecanismo de inveja em referência às pessoas felizes, constituem técnicas valiosas para chegar ao patamar das emoções gratificantes.

O amor é o grande bem a conquistar, em cujo empenho todos devem aplicar os mais valiosos recursos e esforços.

Não obstante, a larga transição no instinto pode transformá-lo em adversário, pelos prejuízos que se originam quando se apresenta em desorganizada manifestação.

Possuidor de uma pluralidade de interesses, expande-se em relação à Natureza, ao próximo, a si mesmo e ao Poder Criador, abrangendo o Cosmo...

Quando alcança a plenitude, irradia-se em forma cocriadora; em intercâmbio com as energias divinas que mantêm o equilíbrio universal, o sentimento de amor cresce e sutiliza-se de tal forma que o Espírito se identifica plenamente com a Vida, fruindo a paz e a integração nela.


OS SOFRIMENTOS

Os sofrimentos são ocorrências naturais do processo evolutivo, constituindo desafios às resistências dos seres.

Nas faixas primárias, nas quais predominam os instintos e as sensações, eles se manifestam em forma de agressivas dores físicas, em razão da ausência de percepção emocional para decodificá-los e atingir as áreas mais nobres do cérebro, igualmente limitado.

Desse modo, manifestam-se nas criaturas humanas, nos vários aspectos: físicos, morais, emocionais e espirituais.

Quanto mais elevado o ser, tanto maior a sensibilidade de que é dotado, possuindo forças para transubstanciá-los e alterar-lhes o ciclo de dor, passando a ser metodologia de educação, de iluminação.

Inevitáveis, quando no campo físico, decorrem dos processos degenerativos da organização celular e fisiológica, sujeita aos mecanismos de incessantes transformações, como da invasáo e agressão dos agentes microscópicos destrutivos.

No ser bruto, expressam-se em forma de desespero e alucinação, com altas crises de rebeldia.

A medida que a sensibilidade se lhe acentua, não obstante a força de que se revestem, podem ser atenuados pela ação da mente sobre o corpo, gerando endorfinas que, na corrente sanguínea, anestesiando-os, diminuem-lhes a intensidade.

Os morais são mais profundos, abalam os sentimentos nobres, dilacerando as fibras íntimas e provocando incontida aflição.

Impalpáveis, as suas causas permanecem vigorosas, minando as resistências e, não raro, afetando, por somatização, o corpo.

Atuam nos sensíveis mecanismos das emoções, dando lugar a outros distúrbios, os de natureza psicológica.

Somente uma forte compleição espiritual se lhes poderá opor, ensejando energias próprias para suportados e superá-los.

A canalização correta do pensamento, isto é, a racionalização deles e aceitação como processo transitório de evolução, torna-se-lhes a terapia mais eficiente, por propiciar renovação íntima e equilíbrio.

Os de natureza emocional, qual sucede com os demais, têm suas matrizes nas existências passadas, que modelam, nos complexos equipamentos do sistema nervoso, na organização sensorial, por intermédio da hereditariedade, a sensibilidade e as distonias que se exteriorizam como distúrbios psicológicos, psíquicos...

Em face da anterioridade das suas origens, produzem aflições no grupo social, por motivo da alienação do paciente, agressivo ou deprimido, maníaco ou autista, inseguro ou perseguidor.

Somem-se ao fator central, as ressonâncias psicossociais, socioeconómicas e as interferências obsessivas que darão lugar a quadros patológicos complexos e graves, sem que o enfermo possa contribuir com lucidez para a recuperação.

Há exceções, quando as ocorrências permanecem sob relativo controle, facultando erradicação mais rápida.

Os de natureza espiritual têm a sua gênese total no pretérito, às vezes somadas às atitudes irrefletidas da atualidade.

Invariavelmente trazem conexões com seres desencarnados em processos severos de deterioração da personalidade.

Em qualquer manifestação, os sofrimentos são efeitos do mecanismo evolutivo - desgaste dos implementos orgânicos —, da aprendizagem de novas experiências, da ascensão do ego para o Self.

Enquanto o ego predominar em a natureza humana, maior soma deles se fará presente, em face da irreflexão, à imaturidade psicológica, ao desajuste em relação aos valores da personalidade.

Os conflitos, que decorrem de alguns sofrimentos ou que levam a outros tipos de sofrimentos, no ego imaturo encontram mecanismos de evasão da realidade, dando surgimento a patologias especiais.

A pretexto de ascensão moral e espiritual são engendrados distúrbios masoquistas, fazendo crer que a eleição do sofrimento auxilia na libertação da carne - cilícios, jejuns injustificáveis, macerações, solidão, desprezo ao corpo, castrações, etc.

— , refletindo, não a busca do Si, mas um prazer degenerado, perturbador.

Outrossim, quando se impõem os mesmos métodos a outros seres, a pretexto de salvá-los, não há saúde mental nem espiritual na proposta, mas sim, sadismo cruel.

O amor lenifica a multidão de pecados, como acentuou Jesus, com a Sua psicoterapia positiva.

Ele sofreu, não por desejo próprio, mas para ensinar superação das dores, e, ao jejuar, preparou o organismo para bem suportar os testemunhos morais.

Ele encontrava beleza e prazer nos lírios do campo, nas aves do céu, nas redes e pérolas, sendo a Sua mensagem um hino de louvor à vida, à saúde, ao amor.

Jamais se reportou à busca do sofrimento como recurso de salvação.

Esse acontece por efeito da conduta humana, inevitavelmente, não por escolha de cada um.

A vida são as expressões de grandiosa harmonia na variedade de todas as coisas.

O ser humano existe, fadado para a conquista estelar.

A saúde plena e o não sofrimento são as metas que o aguardam no processo de conquista pelos longos caminhos de sua evolução.


A canalização da mente para o Bem - o ideal, o amor

—é o antídoto para todos os sofrimentos, porquanto do pensamento para a ação medeia apenas o primeiro passo.


ESTAR E SER

Um conflito preponderante no comportamento das pessoas imaturas psicologicamente é o medo das críticas.

Filho excedente da insegurança, esse fator negativo na conduta humana é responsável por vários dissabores, entre os quais o insucesso nos empreendimentos, ou mesmo a falta de estímulos para tentá-los.

Bloqueando-se, pelo injustificável receio das opiniões alheias, o indivíduo recua ante possibilidades enriquecedoras de crescimento interior, de realização, deixando de ser feliz para estar sob tormentos crucificadores.

Como efeito, a sua é uma conduta confusa. Fugindo de suas dúvidas, torna-se crítico mordaz dos outros, num processo de transferência de valores internos; procura sempre agradar na presença e faz-se censor na ausência; insatisfeito, é rude com as pessoas que dele dependem e bajulador em relação aos que acredita superiores; oculta os sentimentos, a fim de poupar-se a comentários desagradáveis, apresentando-se dúbio e melífluo.

As suas opiniões têm por meta atender a todos, concordando com ambos os litigantes, quando for o caso.

Parece um diplomata hábil, não fossem os temores íntimos.

Seus sentimentos, que poderiam expressar-se, gratificando-se com eles nos confrontos naturais, no êxito ou no insucesso, permanecem-lhe como adversários que devem ser escondidos, sejam quais forem, a fim de não ser descoberta a sua personalidade.

Gosta de opinar em assuntos que desconhece, como uma compensação ao conflito, estando sempre no que parece, evitando assumir o que é.

Todos que transitam em experiências humanas, durante o seu curso estão, mas não são a soma das mesmas.

Conscientizar-se de que se é o que se está constitui desequilíbrio comportamental. O que se está, deixa-se, passa; o que se é, permanece.

Pode-se nascer enfermo ou sadio, o que significaria ser.

Não obstante, através de uma boa programação mental, o ser doente pode transformar-se em apenas estar por um período, sofrer um tipo de conjuntura e deficiência, sendo saudável.

Da mesma forma o sadio, em face à desorientação de conduta mental, transfere para o estar com saúde, apesar das chuvas de ansiedade.

Os sentimentos merecem análise cuidadosa, para se fazerem positivos.

Sob controle e direcionamento, as emo-ções se tornam agentes de compensação, de alívio de tensões, de estímulos preciosos para as realizações plenificadoras.

A autocrítica sincera, os exercícios mentais encorajadores, as conversações edificantes, a naturalidade diante das censuras, proporcionam recursos valiosos para o descobrimento do Si, dos seus potenciais disponíveis e ainda não utilizados.

Uma plena conscientização de que todas as pessoas estão sob o exame de outras — que as criticam por inveja, por despeito, por preguiça mental, por espírito derrotista de competição, embora diversas o façam com sincero desejo de auxiliar, pelo direito de submeterem à prova o que se credencia ao conhecimento público -, é de grande utilidade.

Para ser objeto de crítica, basta destacar-se, sobressair, tornar-se um alvo.

É confortador alguém ver-se sob petardos, significando haver rompido o escudo da mesmice, de igual a todos, do não chamar a atenção.

É ser alguém, ser especial e até ser único.

Jamais se agradará a todos os indivíduos.

Os padrões de preferência variam ao infinito, nas pessoas que constituem a Humanidade.

Há uma diferença muito expressiva de óptica emocional, de interesses, de comportamentos, de aptidões, mesclados aos sentimentos nobres, como inferiores, que influem na análise de cada objeto, pessoa ou acontecimento.

Como se está visto, assim também se vê.

Como se está analisado, da mesma forma se analisa.

Essa diferente gama de observações no conjunto se organiza em um painel de comportamento geral.

Muito saudavelmente age aquele que está em permanente esforço para ser melhor, para conquistar novos patamares, reunindo os tesouros da autoiluminação.

Esse não teme obstáculos, não receia os outros, nem se teme.

Reno va-se, melhorando o grupo social e o mundo onde está, mas que não lhe pertence, não o detém, nem nele para.

Segue adiante. O seu é o rumo do Infinito. Não se ofende, a ninguém magoa; não se limita, a outrem não obstaculiza; não desanima, aos demais não perturba.

Está sempre vigilante com seus defeitos e ativo nas ações.

Psicologicamente, quando se está mal, tem-se a possibilidade de transferir-se para o bem-estar.

Se, no entanto, se é mau, a luta para mudança de situação é gigantesca, demorada, até ocorrer uma transformação de profundidade.

Quando se está bem, de maneira equivalente é preciso esforço para ser bom, permanecendo útil, agradável, produtivo.

Os pessimistas e frustrados asseveram que o mundo e a sociedade são maus, responsáveis pelas suas aflições e desditas, quando apenas estão enfermos, em razão daqueles que aqui se hospedam e os constituem, por enquanto estarem distônicos e fora dos compromissos, diante apenas de alguns que são atrasados, ignorantes e insensíveis.

Com o esforço conjugado de todos, porém, ter-se-á uma vida que é bênção e uma Humanidade que é boa.


ABNEGAÇÃO E HUMILDADE

O amadurecimento psicológico conduz o homem à verdadeira humildade perante a vida, na condição de identificação das próprias possibilidades, assim como das inesgotáveis fontes do conhecimento a haurir.

Percebe a pequenez diante da grandeza universal, destituído de conflitos, de consciência de culpa, de fugas do ego.

A visão intelectiva da realidade e a aquisição moral dos recursos interiores facultam-lhe a simplicidade de coração e o respeito cultural por todas as pessoas.

A sua lucidez trabalha pelo bem geral com naturalidade, levando-o à abnegação e mesmo ao sacrifício, quando necessário, sem exibicionismo ou arrogância.

Percebe que a finalidade do ser existencial é a alegria de viver decorrente dos pensamentos e ações meritorios, o que o propele à autoestima e à autodescoberta constante, trabalhando-se sem fadiga nem decepção.

Não para na faina a examinar imperfeições, porque elabora esquemas de incessante aprimoramento, com sede de novas conquistas que não cessam.

A abnegação o induz às ações sacrificiais, por mais pesadas e menos grandiosas, que executa sem pejo nem jactância.

Independem, a abnegação e a humildade, de convicções religiosas, embora possam estas influenciar-lhes a conquista, tornando-as acessíveis a todos os indivíduos que adquirem consciência de si.

De alta importância para o progresso da sociedade, essas conquistas psicológicas dignificam a criatura, e promovem o grupo social, humanizando-o cada vez mais.

Invariavelmente, quando não expressam evolução, ou delas não decorrem, são simulações dos temperamentos emocionais conflituosos, que as utilizam para mascarar a timidez, o medo, o complexo de inferioridade, a inveja...

Porque se sentem frustrados nas conquistas humanas, nos desafios sociais, tais indivíduos ocultam-se na abnegação forçada, recheada de reclamações e exigências, fingindo-se mártires incompreendidos pelos que os cercam, perseguidos por quase todos, e ricos de recalques.

São presunçosos na sua abnegação e ciosos dela, apresentando propostas e coraportamentos extravagantes, exibicionistas.

Ganham o Céu, dizem.

Isto porque não têm valores morais para conquistar e desincumbir-se dos deveres da Terra.

Essa é uma conduta psicológica irregular, alienadora.

Da mesma forma, decanta-se a humildade como forma de desprezo por si mesmo, de desestima, de reação social.

Libertar-se de aparências e ser naturalmente humilde, como Jesus Cristo ou Gandhi, não é alienar-se ou ser agressivo contra as demais pessoas e apresentar-se descuidado, sem higiene, indiferente às conquistas do progresso.

Quem assim se comporta, desvela-se como preguiçoso e não humilde, bem como aquele que aceita todos os caprichos que se lhe impõem, e embora pareça, não possui a humildade real, antes tem medo dos enfrentamentos, das lutas, sendo conivente com as coisas erradas por acomodação, por submissão ou por projeção do ego que se ufana de ser cordato, bom e compreensivo.

A humildade não frequenta os mesmos campos morais da conivência com o erro, com o mal, em silêncios comprometedores.

Antes é ativa, combatente, decidida, sendo mais um estado interior do que uma apresentação externa.

A indiferença, não poucas vezes, assume a postura falsa de humildade, permanecendo fria ante os acontecimentos e alienando a criatura dos jogos humanos.

É uma forma patológica de comportamento, que perturba a claridade do discernimento.

A abnegação nunca é triste, porque é terapêutica.

Sua medicação mostra-se na jovialidade, na alegria de viver e na felicidade de ser útil.

Ajudar, renunciando-se, é um estado de júbilo interior para quem o faz e não uma áspera provação, mesmo porque ela é oferecida, é espontânea e jamais imposta.

Não se pode nunca a outrem impor abnegação, que brota dos sentimentos mais elevados do ser.

Da mesma forma, a humildade é cativante, sem aparência.

Sente-se-lhe o perfume primeiro, para poder-se vê-la depois, qual ocorre com as delicadas violetas...

Quando se é humilde, logra-se a pureza com o desprezo pelo puritanismo; vive-se a sinceridade, sem a preocupação de agradar;

confia-se no sucesso das realizações, mas não se lhes impõem as propostas.

Tudo transcorre em uma psicosfera de harmonia e naturalidade.

Essas conquistas do sentimento são amigas do processo libertador do ser de seus atavismos, das suas heranças de natureza animal.

Se os sofrimentos as acompanham, não as degradam, antes as aformoseiam, porque não se pode estar abnegado e humilde, mas se é uma e outra coisa, sempre igual em todas as situações.

O amor legitima-as e irradia-se como alta realização plenificadora do sentimento são.




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