Autodescobrimento: uma Busca Interior

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CAPÍTULO 6

EQUILÍBRIO E SAÚDE

PROGRAMA DE SAÚDE

Oapóstolo Paulo, com admirável acuidade psicológica, advertiu: — Não vos enganeis.

As más companhias corrompem os bons costumes (1).

E, certamente perturbam o sistema emocional, contribuindo para distúrbios variados na organização fisiopsíquica de quem as cultiva.

Sendo a mente a fonte de onde procedem as más conversações, ela exterioriza, simultaneamente, ondas de animosidade, que desarmonizam os equipamentos sensíveis pelos quais se manifestam.

As altas cargas genéticas negativas, pelo suceder da ocorrência, desajustam os controles nervosos, gerando distonias da percepção, que passa a identificar somente o lado negativo das pessoas e coisas, com o qual sintoniza.

O vício mental das conversações vulgares, licenciosas, enseja desequilíbrio na área da saúde, produzindo perturbações gástricas e hepáticas, como consequência das tensões e fixações mentais, que facultam a produção irregular de substâncias componentes da digestão, bem como exagerada secreção biliar...

Ao mesmo tempo, alteram o humor, favorecendo o pessimismo, o derrotismo e a depressão.

A proposta da terapia do amor restabelece, como ponto de partida, a preservação ético-moral do indivíduo perante si mesmo, com a consequente valorização das suas capacidades de discernimento e de ação.

Discernimento sobre o que deve e pode fazer, não se permitindo eleger o que agrada, mas não deve, ou aquilo que deve, porém não convém executar.

Imediatamente após a descoberta de como proceder, passar à atividade tranquila, sem os choques da emoção descontrolada.

Posteriormente, examinar os recursos para a preservação da sua realidade (como indivíduo eterno), resguardando o corpo das altas tensões e sensações desgastantes, das emoções violentas, a fim de que o mesmo possa preencher a finalidade da reencarnação do Espírito, para a qual foi elaborado.

Nesse cometimento, são relevantes os cuidados com a conduta mental e moral, poupando-se das descargas contínuas dos desejos infrenes, superando, mesmo que a pouco e pouco, os impulsos inferiores, enquanto disciplina a vontade por meio dos exercícios de paciência e de perseverança.

Descortina-se, então, nessa paisagem terapêutica, o autoamor profundo, com objetivos amplos de estendê-lo ao próximo através de serviços imediatos, construindo a sociedade saudável e feliz.

Assim, preservar o corpo do uso de alcoólicos e das intoxicações pelo tabaco, bem como por quaisquer outras drogas alucinógenas, aditivas, prolongando-lhe a existência.

Ao mesmo tempo, evitar sobrecarregá-lo de alimentos pesados e gordurosos, de assimilação e digestão difíceis, de modo a facultar-lhe reações automáticas equilibradas.

É claro que a contribuição mental faz-se relevante, por daí procederem as ordens de comando e as diretrizes de comportamento, conseguindo-se a harmonia entre o pensamento e a ação.

Pensar de maneira salutar é compromisso valioso para gerar otimismo e paz, iniciando o programa das ações corretas que dão nascimento aos hábitos responsáveis pela segunda natureza do ser, isto é, uma outra natureza interpenetrada na própria natureza.

Desse modo procedendo, as horas de ação se tornarão agradáveis, sem os excessos do cansaço ou a presença da irritação, e as de repouso se farão assinalar pela tranquilidade refazente, que recompõe as despesas dos momentos de vigília.

Tudo quanto se tenha de fazer, pensar antes, delineando um programa cuidadoso, no qual o improviso não tenha lugar, nem tampouco o arrependimento tardio.

Quem se equipa de cuidados, erra menos.

Quem estabelece roteiros e segue-os, acerta mais.

Tal programação estatuirá a necessidade de pensar com retidão, mesmo quando as circunstâncias e pessoas sugiram outra forma, imediatista e infeliz, portanto favorecedora da consciência de culpa.

Cultivar a confiança e a alegria no trato com os demais membros da sociedade - iniciando no lar — embora as defecções morais e os embates traiçoeiros do momento, a que todos estão sujeitos.

Irradiar simpatia e esperança, produzindo uma aura de paz que alenta e agrada a todos.

Usar a conversação como elemento catalisador de novas ideias de enobrecimento e de ventura, que estimulam a criatividade, a coragem, a perseverança no bem.

Banir, quanto possível, do comportamento, a crítica ácida e destrutiva, os conceitos chulos quão irresponsáveis, as diatribes e os verbetes sarcásticos, que envenenam o coração e enfermam a alma, transferindo-se pelos condutos do períspirito para o corpo, em delicadas como complexas patologias orgânicas...

Respeitar e, ao mesmo tempo, conduzir o corpo com moderação em quaisquer eventos, poupando-o aos costumes promíscuos, bem como aos relacionamentos sexuais e afetivos perturbadores, ora muito em voga.

Manter os requisitos da higiene, superando os imperativos da preguiça mental e física, assim criando e preservando os hábitos sadios.

Recorrer à oração, qual sedento no rumo da Fonte Vitalizadora, sustentando o Espírito e refrigerando-se na paz.

Meditar em silêncio, a fim de absorver a resposta divina e capacitar-se dos conteúdos da inspiração para alcançar as metas essenciais da existência.

Preservar a paz, mesmo que a alto preço, estimulando-a em todos quantos o cerquem.

A verdadeira saúde não se restringe apenas à harmonia e ao funcionamento dos órgãos, possuindo maior extensão, que abrange a serenidade íntima, o equilíbrio emocional e as aspirações estéticas, artísticas, culturais, religiosas.

Pode-se estar pleno, embora com alguma dificuldade orgânica - que será reparada do interior (mediante a ação mental bem direcionada) para o exterior (o reequilíbrio, a restauração das células e do órgão afetado) -, como encontrar-se em ordem, porém, sem equilíbrio emocional.

Assim, pensar bem e corretamente permanece como primeiro item de um bem estruturado programa de saúde, a fim de que as palavras, na conversação, não corrompam os costumes, ensejando ações estimulantes e edificadoras para o bem geral.

(1) I Coríntios 15:33. (Nota da autora espiritual)


TRANSTORNOS COMPORTAMENTAIS

Na gênese profunda dos transtornos de comportamento da criatura humana, forçoso é reconhecer a ação poderosa da hereditariedade, destacando-se como causa endógena de gravidade.

Além dela, anotamos as que se derivam do quimismo cerebral em desconserto, ao lado de outros fatores que se apresentam como sequelas de enfermidades infecciosas, de distúrbios psicossociais, socioeconômicos, do inter-relacionamento pessoal, de traumatismos cranianos etc.

Certamente, todos eles encontram campo propício na fragilidade da personalidade que se desarmoniza, cedendo espaço mental a fixações negativas, obsessivo-compulsivas, fóbicas, depressivas, que se manifestam em formas neuróticas ou psiconeuróticas.

Aprofundando, porém, a sonda da pesquisa no ser, vê-lo-emos enfraquecido pelos efeitos da conduta ancestral reprochável, quando das experiências evolutivas em reencarnações passadas.

O trânsito pelas vias do progresso, onde ele evolui passando do instinto à razão e desta à intuição, é largo, decorrendo, cada etapa, dos logros da anterior, em que armazena conhecimentos e sentimentos, os quais contribuem para a marcha ascensional, ao mesmo tempo de senvolvendo-lhe as aptidões que dormem latentes no mundo íntimo.

Fadado à perfeição, na consciência está impresso o código dos deveres que lhe estabelecem as diretrizes de comportamento.

Violadas essas linhas éticas, automatismos de consciência ultrajada impõem-lhe ressarcimento do que esbanjou, recuperação do patrimônio moral malbaratado, recomeço da atividade que necessita de reeducação...

É natural que o processo de reencarnação encontre nos genes e cromossomas as matrizes fixadoras das necessidades de reparação da criatura, renascendo em clãs que lhe propiciarão, pelo mapa genético, os recursos orgânicos para o desiderato.

O perispírito modela o organismo de que o Espírito tem necessidade, equipando-o com os neurotransmissores cerebrais capazes de refletir os fenômenos-resgate indispensáveis para o equilíbrio.

Dessa forma, cada ser em desenvolvimento na Terra possui o corpo que lhe é necessário para a evolução.

A maneira como se conduza - exceção feita nos processos psiconeuróticos graves, quais o autismo, a esquizofrenia e outros equivalentes -, responderá pela recuperação da saúde mental, ou permanência na alienação, ou agravamento da mazela.

Nunca se deve esquecer que, qualquer indivíduo incurso em transtornos psíquicos de comportamento, como ocorre em outras problemáticas geradoras de sofrimentos, é o devedor em processo de resgate, é consciência culpada que busca tranquilidade.

Para serem bem sucedidos, os mecanismos terapêuticos deverão alcançar o ser real, espiritual, propondo-lhe mudança de atitude interior e conduta mental, desse modo renovando-se, dispondo-se ao prosseguimento de uma existência útil.

Caso contrário, as recidivas contínuas levarão o paciente à deterioração psicológica com a irreversibilidade patológica.

Considerando-se o transtorno psíquico como de procedência do ser profundo, deve-se examinar o comportamento das pessoas que lhe foram vítimas, que se lhe fizeram corifeus ou participaram das veleidades nefastas, e teremos um quadro obsessivo, derivado daquelas mentes em desalinho, interagindo sobre a consciência culpada do reencarnado...

As descargas mentais odientas penetram nas correntes nervosas dos neurotransmissores e estimulam a eliminação de substâncias excessivas ou provocam alterações escassas, significativas nos processos psicopatológicos.

Além disso, nos momentos de parcial desprendimento pelo sono, o enfermo, subentenda-se o devedor, reencontra suas vítimas, seus comparsas, e foge para o corpo, transformando as lembranças infelizes em expressões de pavor, que transfere para os estados de agorafobia, de compulsão obsessiva e outros.

Reminiscências do sepultamento em vida - por estado cataléptico não diagnosticado - geram mecanismos claustrofóbicos aterrorizantes, alterando profundamente o comportamento do ser.

Ademais, em face do nível de culpa, abrem-se as comportas da percepção e o paciente experimenta a captação de mensagens telepáticas dos adversários espirituais, aumentando-lhe o pânico íntimo, o distúrbio mental em relação ao equilíbrio, à realidade objetiva.

Perde o direcionamento da conduta, o discernimento claro, as medidas do racional, e derrapa na alienação, que o afasta do processo mantenedor da experiência evolutiva.

Sem desconsiderar as causas geradoras dos transtornos comportamentais, tradicionalmente adotadas pelas ciências psíquicas, não se podem descartar as de natureza espiritual, que existem no paciente por imposição do fenômeno da reencarnação, como dos Espíritos desencarnados, que se lhe vinculam através da sintonia vibratória que decorre dos processos de desvario cometidos entre eles.

Em qualquer manifestação alienadora, quando causas endógenas ou exógenas são convocadas para a sua gênese, o ser espiritual é o responsável pela problemática, encontrando-se em processo de evolução moral, carecendo, porém, de ajuda afetuosa e dos contributos da Ciência e do Espiritismo para a conveniente erradicação do mal, através das terapias próprias e da renovação interior, passo decisivo para a sua recuperação.


TERAPIA DA ESPERANÇA

O predomínio do ego, nos relacionamentos humanos, responde pelas incessantes frustrações e desequilíbrios outros, que assinalam a criatura humana.

Sem a correspondente consciência lúcida em torno dos objetivos da existência carnal, o indivíduo que assim age faz-se vítima da personalidade enfermiça a que se acostumou, como método de triunfo nos seus cometimentos.

Considerando que o inter-relacionamento pessoal é uma arte de dissimular sentimentos, afivela a máscara correspondente a cada momento e varia conforme as circunstâncias, ocasiões e pessoas com as quais se comunica.

Acostumando-se à aparência, desloca-se da realidade, passando a viver inseguro nas armadilhas que prepara com o objetivo de não se permitir identificar.

Observando a conduta das pessoas inconsequentes que, às vezes, triunfam por meios dos recursos da fantasia e da bajulação, passa a imitá-las, deixando-se conduzir pelos absurdos comportamentos, distantes da realidade e do dever.

Estabelecem-se então conflitos íntimos, e a escala de valores padece a perda do significado, desaparecendo os parâmetros para a compreensão, tanto do que é certo como daquilo que é errado.

Superados os momentos de convívio no baile de máscaras a que se reduzem os seus encontros sociais, a identificação da pusilanimidade propóe-lhe o desrespeito por si mesmo, a perda da autoestima, o transtorno de comportamento neurótico.

Novamente chamado à convivência social, oculta o estado interior legítimo e volve à dissimulação.

Indispensável que o Self predomine desperto no indivíduo, contribuindo paraasuarealização, segurançaeplenitude.

Embora a maioria expressiva de indivíduos prefira o jogo das personalidades, não é possível ignorar a prevalência do sofrimento disso decorrente.

Negam-se a verdade, recusam autoencontro, fogem do despertar dos valores que se acham adormecidos e sucumbem.

Narram que um homem sábio dispôs-se a transmitir os seus conhecimentos, reunindo a sua volta inúmeros interessados.

À medida que as aulas se sucediam, decrescia o número dos candidatos ao aprendizado, ao ponto de, em pouco tempo, haver ficado apenas um.


Disse-lhe, então, o mestre:

—Somente prosseguirei se houver um número maior de discípulos.

Interessado em aprender, o candidato recorreu aos desertores e instou para que voltassem, o que redundou em total fracasso.

Ele meditou longamente e tomou a decisão de levar à aula vários manequins vestidos, que conseguiu em uma casa comercial.

Colocou-os na sala e convidou o mestre para retornar às lições.


Surpreso, ele respondeu:

—Todos esses bonecos são incapazes de entender-me.

São apenas bonecos...

—Isso mesmo - esclareceu o adepto, imperturbável.

Eles representam aqueles que se foram e que, mesmo quando aqui estavam, eram mortos, sem interesse.

As vossas aulas eram-lhes muito profundas e eles não as queriam, mas eu estou interessado nelas, apenas eu.

Sensibilizado, o sábio dele fez o aprendiz ideal que se lhe tornou continuador das experiências.

O mesmo acontece nos palcos da sociedade hodierna, de alguma forma geradora de distúrbios psicológicos no comportamento dos atores que se apresentam nos dramas, nas tragédias, nas comédias do cotidiano.

A ocorrência torna-se tão predominante que somente os caracteres fortes conseguem aprofundar a busca da sua realidade, descobrindo-se, autoencontrando-se.

Adotam um comportamento de autenticidade, preferindo seguir uma linha direcional de coerentes atitudes, à variação contínua, instabilizadora, perturbante.

Enquanto o candidato ao equilíbrio não abdique dos métodos equivocados em vigência, assumindo-se e exteriorizando-se como é, permanecerá no ledo engano neurotizante.

Sejam quais foram as análises e tratamentos que busque, toda vez que enfrente o grupo social fugirá para o disfarce, para o uso da persona.

A identificação dos objetivos da vida faculta os estímulos para o prosseguimento da busca de autenticidade, de realização.

Sabe que o corpo é indumentária transitória e com esse conhecimento descortina o futuro, para o qual segue com firmeza.

Adquire confiança em si mesmo e no porvir, passando a antecipá-lo desde agora, usando o bom ânimo, a coragem na luta, o sorriso de bem-estar.

Passa a ter a inteireza moral de não valorizar em demasia as pequenas ocorrências, os insucessos aparentes e ri de si mesmo com otimismo, enfrentando os obstáculos com os estímulos que o levam a transpô-los.

Certamente que, ao retirar o personalismo dos seus atos e a dissimulação do seu comportamento alienante, não pretende chocar ou agredir as demais pessoas.

Somente deseja ser íntegro, jovial, vulnerável, apresentando-se como pessoa, que busca outras pessoas em relacionamento social saudável, enriquecedor, pleno de esperanças.

Toma Jesus como o seu Psicoterapeuta ideal e deixa que brilhe a luz nele escondida, com o que se torna livre e sadio.


PLENITUDE! - A META

O homem e a mulher, conscientes das responsabilidades que lhes dizem respeito, estabelecem metas de realizações que passam a conquistar, a pouco e pouco, promovendo-se no processo da evolução.

À medida que galgam um patamar, logo outro se apresenta, atraente e desafiador, constituindo-se um reno vado, incessante estímulo ao desenvolvimento das potencialidades adormecidas.

Em razão disso, apresentam-se-lhes metas educacionais, familiares, sociais, econômicas, artísticas, espirituais.

Esse elenco de aspirações compõe o quadro das conquistas a serem logradas, mediante o desempenho lúcido de cada uma, superando os óbices que surgem como fenômenos impeditivos.

Qualquer ascensão exige esforço, assim como toda mudança propõe ampliação ou renovação de paradigma.

As grandes conquistas da Humanidade firmaram-se mediante a superação dos paradigmas então vigentes, fixando-se pelos valores de que se constituíram, com caráter propulsionador do progresso.

A mudança de um paradigma aceito, por outro desconhecido, produz reações que equivalem ao prazer de preservar os valores estabelecidos nos moldes em que se apresentam.

De um lado, a reação procede da acomodação dos que se beneficiam deles e, do outro, do esforço que propõe para a renovação, alterando a paisagem emocional e cultural retrógrada, que teima por permanecer.

Essa mudança que se faz com frequência, notada ou não, são as metas da sociedade progressista, que se operam por força das próprias conquistas.

O conhecimento - a cultura e as conquistas tecnológicas da Humanidade - no momento duplica-se a cada quatro anos, constituindo-se um imperativo pesado, para a criatura, acompanhar e assimilar as novas informações.

No entanto, no limiar do próximo milênio, essas aquisições serão de tal monta que se fará a duplicação em apenas vinte meses.

Ocorre, então, que o homem e a mulher, que se não renovem e se não adaptem ao processo da evolução, ficarão ultrapassados, permanecendo obsoletos.

Faz-se necessária a coragem, de os indivíduos, no contínuo desafio da evolução, periodicamente, reciclarem-se, reconhecendo-se ultrapassados no contexto da sociedade, ora eminentemente tecnicista e imediatista.

As metas humanas, por isso mesmo, devem apresentar-se multifacetadas, para que as realizações morais - metas relevantes - evitem a desumanização, a robotização do ser.

Constituída de implementos psicológicos que lhe regem a vida, a criatura humana necessita da adequação de suas metas aos valores espirituais, que ultrapassam os limites-barreiras corporais, ajudando-a no encontro da consciência transcendental.

Num primeiro momento, como é natural, as metas educacionais formarão o seu cabedal de conhecimento; as familiares ensejarão a aprendizagem no laboratório doméstico, desenvolvendo os sentimentos do amor, do inter-relacionamento pessoal; as sociais ampliarão o círculo da afetividade, favorecendo o crescimento do grupo; as econômicas fomentarão o equilíbrio financeiro e a harmonia entre as pessoas; as artísticas contribuirão para o belo, o estético, o estésico, o ideal; as espirituais, no entanto, coroarão as realizações do processo evolutivo, levando à plenitude.

Não raro, conquistada a primeira meta, se o homem e a mulher não forem lúcidos para perceberem estar ensaiando os futuros passos no rumo da sua realização plenificadora, logo mais se descobrirão saturados, desmotivados de novas incursões descambando no pessimismo, na frustração.

A incessante renovação dos valores para melhor tornase motivação permanente para a estruturação do ser real, profundo, vitorioso sobre si mesmo.

As metas humanas, imediatas, são estimuladoras para a existência terrestre, a corporal.

Quando acrescidas pela identificação com a Consciência Cósmica, permanecem como força propulsora para o progresso sem limite.

O homem e a mulher triunfadores, aos olhos do mundo, talvez sejam aqueles que brilham na Terra, que galgam os degraus do êxito ilusório, às vezes com o coração pejado de angústias e o Espírito ralado de dores.

Somente aqueles que se libertam e amam, após atravessarem as dificuldades e ultrapassarem as metas iniciais do processo terrestre - social, familiar, pessoal -, permanecendo voltados para o bem geral e transformados interiormente, assim como iluminados pela chama da imortalidade, nela mergulhados pela própria causalidade, fruirão da real plenitude -, que é a meta essencial.




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I Coríntios 15:33

Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.

1co 15:33
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