Messe de Amor

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CAPÍTULO 60

ANTE A DESENCARNAÇÃO

Por mais se alongue, a existência física a Terra não passa de uma estação temporária.

Com o desgaste natural, a indumentária carnal se consome, renovando-se, incessantemente, até se transformar em outras formas de vida, no silêncio do solo, quando abandonada pelo Espírito.

Tudo quanto nasce morre — é da Lei.

A reencarnação é ensejo de aprendizagem necessária e breve.

O corpo, por isso mesmo, é veículo com que a Divindade honra o ser facultando-lhe a ascensão aos planos celestes.

Todos morrem num estado vibratório, para renascerem noutro. Não há consumação. A vida prossegue!

Além do portal de lama e cinza, a vida continua como primavera formosa após noite sombria e torturada.


* * *

Ama os que foram instrumento da tua carne ou razão da tua felicidade, sem os constrangeres a uma temporada mais longa entre as limitações do vaso carnal.

Saudosos da Grande Pátria anseiam por voltar, embora as retenções no caminho.

Não os atormentes com o teu amor. Eles prosseguirão contigo noutro estado de consciência.

Ajudar-te-ão na dor, enxugando suores e lágrimas e orarão por ti nas travessias difíceis...

Prepara-os com amor, informando quanto à vida no Mundo Maior, e desembaraça-os dos cipós e elos que os prendam na retaguarda.

Recorda-te e lembra-lhes a alvorada sublime que os aguarda, esclarecendo quanto à ressurreição triunfal além da transitoriedade de todas as coisas.

Preenche, de tua parte, a saudade deles no coração, com a lembrança das horas felizes que eles proporcionaram, o bem que fizeram, o que representaram na vida.

E enquanto estão ao teu lado, aproveita a sabedoria e a bondade deles, honrando-os com o teu carinho e a tua atenção, habilitando-te a receber-lhes o amor com o mérito do esforço em nome do teu próprio amor.

O que lhes não deres agora, amanhã de nada valerá.

: O que deixares de fazer, adiado por negligência ou descuido, jungir-te-á pelo remorso ao rochedo da aflição improdutiva.

Velhos — guarda a paciência e cerca-os de mais carinho.

Enfermos — desdobra a vigilância em torno deles. A vigília junto ao leito de alguém em sofrimento é depósito nos Tesouros Celestes.

Jovens — oferece a experiência em forma de conselhos e assistência, disciplina e educação.

Amigos e parentes, amados e conhecidos — desdobra os braços e enlaça-os com a ternura que embeleza a vida.

Estranhos e adversários — vence a aversão e ama-os também, ajudando quanto possível, a ingressarem em tua família espiritual.

Recorda, porém, que uns e outros em breve partirão...

O retorno será inevitável.

Começa-se a morrer desde que se renasce na carne.

A memória deles te fará feliz e todo o bem que te fizeram, como o amor que lhes deste, será a coroa de luz que terás na vida.

Recorda, por fim, que dominados por imensa saudade, recolhidos e atemorizados, os discípulos reunidos em Jerusalém receberam a visita do inesquecível Amigo que os saudou jubiloso, retornando da morte e felicitando a todos, através dos milênios, com o legado da vitória da vida sobre a desencarnação, como hoje atestam os que venceram o túmulo, retornando, felizes, aos corações amados que se demoram na carne, a repetir "paz seja convosco", qual hino de consolação imortal, que nada consome.



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