Messe de Amor

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CAPÍTULO 9

CHORANDO PARA SERVIR

Anelas as ascensão na Seara da Luz onde se movimentam os teus passos, entretanto, não desejas oferecer o tributo exigido àqueles que se afeiçoam à bênção do serviço.

Indagas como é possível a muitos companheiros manterem digna compostura na face, atendendo a compromissos diversos, no clima da assistência aos sofredores.

Contigo, em todas as tentativas de bem servir, insucessos assinalam os teus movimentos, empurrando-te para a retaguarda.

São incompreensões que surgem, inesperadas, e se transformam em espinheiros da aflição.

São dificuldades que nascem, miraculosamente, impedindo o avanço, e se instalam como escolhos de remoção difícil.

São lutas que recrudescem, violentas, grassando como labaredas voluptuosas, devorando a alegria.

São dissabores que se repetem, continuamente, amargando o pão da esperança.

São perseguições gratuitas que estabelecem pânico e agonia na casa mental, atemorizando e zurzindo.

São amigos que desertam, frequentemente, deixando compromissos pesados, que se fazem fardos esmagadores.

E apresentas as mãos calejadas, os pés feridos, o rosto gotejando suor, o coração magoado...

No entanto, eles, os que sorriem, também experimentam fortes vendavais no posto da luta.

Enquanto impõem ao rosto a expressão de alegria, não raro carregam o coração transformado em brasa viva a requeimar insistentemente.

Durante o tempo em que ajudam, conduzem a mente abrasada, confundindo a inquietude que portam com a aflição do próximo.

Transformam a dor em expressão de combate e lutam, sem queixumes, certos de que a transferência do dever gera problema complicado para quem busca fugir.

Não te lamentes nem ambiciones uma paz inoperante a medrar na indolência.

Sustentando o monumento, a base desconhecida não reclama sua posição inferior. Todavia, sem ela, a obra de arte não teria apoio que lhe favorecesse a contemplação e o brilho.

A dor, anônima e silenciosa, é a base do êxito de qualquer empreendimento.

Seja a honra de quem serve a satisfação de servir.

Aprende, assim, a transformar as lágrimas, com que o dever te experimenta, em sorrisos de alento para os mais tíbios e, certo de que todos, na luta, estamos sofrendo para aprender e chorando para servir, liga o pensamento ao Senhor, que até hoje, sem reclamação, não encontrou em nossas almas um lugar seguro para a paz e o justo repouso.




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