Após a Tempestade

Versão para cópia
CAPÍTULO 21

EXORCISMO

Nada obstante as persistentes e ininterruptas informações do alémtúmulo, nas diversas Nações desde os primórdios do homem na Terra, continua-se mantendo em torno da morte e da vida espiritual contumaz ignorância com que milhões de pessoas supõem eximir-se da responsabilidade e dos deveres que dizem respeito à própria evolução.

Partem do Orbe físico aos milhares, cada dia, na direção do túmulo, os que residem no domicílio carnal, enquanto outros milhares mergulham no corpo, emincessante permuta de estados vibratórios, retornando à Erraticidade ou de lá procedendo...

Seguem com as conquistas que realizaram, quanto com elas regressam à matéria semdefrontarem os milagres das transformações gratuitas ou a aposentadoria parasitária do paraíso de ficção, demorando-se no círculo vicioso berço-túmuloberço, sem lograrem as metas de alforria e ascese que lhes estão destinadas.

A morte, de maneira alguma resolve os problemas que não se solucionaram enquanto na vida física. Em razão disso, pululam na economia espiritual do planeta bilhões de Entidades insensatas, ignorantes e viciosas, que se comprazem na leviandade até que a dor as conduza pelo rio das lágrimas à embarcação do equilíbrio, no rumo do porto do progresso...

Cada um desencarna ou morre no corpo somático transferindo para a realidade espiritual o patrimônio que lhe é peculiar, semque surpreendam concessões indébitas em forma de protecionismos ou de punição injusta.

Nesse particular, vivemos numuniverso de ondas, vibrações e mentes que se intercambiam, se interpenetram, se ajustam e produzem defasagens, emincessantes permutas de energias de que ninguém se pode liberar senão pelos processos de sublimação e elevação...

Fixações por sintonias recíprocas entre encarnados e desencarnados do mesmo nível evolutivo, parasitose psíquica por trânsito nas mesmas faixas perniciosas do pensamento emdesalinho, engendrando obsessões perturbadoras e de difíceis reparações, de que padece considerável número de criaturas humanas...

Nenhuma atitude externa pode minimizar esse mal, muito menos debelá-lo.

A teimosa procrastinação ao valor, por parte de mentes desequilibradas, no entanto, insiste nas práticas esdrúxulas da agnosia ressuscitando práticas supostamente mágicas do passado, para mais afligir os que amargam a constrição danosa das obsessões nos seus múltiplos estágios de progressão...

Palavras ditas sacramentais, exorcismos, disposições verbais e oferendas materiais nenhum valor lhes dão os Espíritos, inclusive os que se encontram em perturbação ou se comprazem na impiedade.

Agradam aos que transitam na infância do dever, as negociações feitas com os desencarnados ainda imantados pelas paixões sensórias que trouxeram do corpo físico, no pressuposto de que basta o conúbio nefando para manter-se em paz, auferir lucros, ganhar ilusões...

Incalculável é o número de homens que se demoram nas fixações atávicas das superstições, em estágios primários das crendices, do feiticismo, das pragas e maldições, permitindo-se induções psicológicas com as mentes e energias negativas comque se permitem sincronizar.

A crença nos demônios, que deu margem aos exorcismos do passado, é desconcertante, porquanto tais seres, supostamente criados à margem, não existem, sendo nada mais do que as almas dos homens mesmos que viveramna Terra, e que atemorizados ou atemorizadores se acreditam regime de exceção por efeito do próprio pedantismo.

Facultam-se esses incautos, então, que surjam enfermidades complexas, que se instalam nas tecelagens sutis da alma, por preferirem a insensatez ao equilíbrio, a vulgaridade ao enobrecimento, o prazer ao dever...

Somente as forças moralmente desenvolvidas, as energias superiormente desdobradas conseguem produzir nos Espíritos obsessores — nossos irmãos equivocados e enfermos — as reações positivas para a sua e a melhora das suas vítimas.

Concomitantemente, a renovação interior dos obsessos credencia-os a um estado de sanidade que lhes compete manter a qualquer preço.

Nas terapêuticas de ordemespiritual, faz-se imprescindível a elevação moral do agente e o esforço honesto, constante, para a melhoria própria por parte do paciente.

Exorcismos, imprecações, atitudes sistemáticas, aromas empiras fumegantes, objetos-talismãs, ervas especiais são de todo inócuos para a liberação daqueles que resgatam o pretérito de culpas graves nas ásperas trilhas da obsessão espiritual inferior.

Em qualquer circunstância, procuremos em Jesus o exemplo a ser seguido e nas lições de Allan Kardec a diretriz de segurança a ser mantida.

O Evangelho, através dos seus narradores autorizados, reporta-se às curas realizadas pelo Mestre, graças, exclusivamente, à sua ascendência moral e autoridade que os Espíritos respeitavam...

E Allan Kardec, orientado pelas "Vozes dos Céus", é taxativo no que diz respeito aos Exorcismos conforme se lê em "O Livro dos Espíritos", parte segunda, Capítulo IX: "477. As fórmulas de exorcismo têm qualquer eficácia sobre os maus Espíritos? "Não. Estes últimos riem e se obstinam, quando veem alguémtomar isso a sério".




Acima, está sendo listado apenas o item do capítulo 21.
Para visualizar o capítulo 21 completo, clique no botão abaixo:

Ver 21 Capítulo Completo
Este texto está incorreto?