Rumos Libertadores
Versão para cópiaRESPONSABILIDADE E FUGA
Estudo: Cap. V — Item 19.
Desaires, amarguras, frustrações, ansiedades...
O insucesso, asseveras, parece a presença marcante nos tentames da tua existência. Com nome diferente surge sempre em teu caminho, concitando-te ao extremunhamento, à desesperação.
Movimentas-te, por isso, da depressão à revolta sem o estágio no equilíbrio, raramente atendido pelo vigor da esperança, que fácil se esfuma nas paisagens dos teus interesses.
Planos que vitalizas não se concretizam; ideais que acalentas sofrem bombardeios da impiedade alheia e se diluem; programas de felicidade que não se cumprem, e tombas nos desvãos do desespero.
Anotas fadiga e dificuldade, desconforto e amolentamento íntimo, como se estivesses relegado aos maus fados.
Sucumbes, lentamente, sob o impositivo dos pensamentos deprimentes, enquanto a fuga se te afigura solução.
Fugir ao culto do dever, entregando-te ao abandono da dignidade.
Fugir ao exercício do bem, na vã tentativa de anestesiar a consciência.
Fugir ao trabalho edificante, como forma de desprezo à sociedade e de desconsideração às leis.
Fugir à responsabilidade, dando corpo aos sentimentos inferiores predominantes em a natureza animal.
Fugir à vida para um mergulho no aconchego da morte, em espetacular deserção da luta
...
Não te enganes mediante o acalentar das soluções falsas, que nada resolvem, e, pelo contrário, complicam.
Os compromissos adiados reaparecem com mais difícil complexidade.
Os problemas transferidos complicam-se com o suceder do tempo.
As dívidas atrasadas exigem ressarcimento sob juros pesados...
Problemas e dificuldades não devem ser encarados como infelicidade, antes devem ser examinados na condição de mecanismos para a aquisição de experiências valiosas, sem as quais ninguém consegue integridade nem ascensão.
Luta é clima de conquista pessoal, de que ninguém se consegue isentar.
Quem, na Terra, que se encontre em regime de exceção, apenas fruindo paz? Todos passam por etapas naturais de trabalho e esforço que fomentam o progresso e desenvolvem aptidões.
Rebelar-se não constitui método exequível de furtarse à injunçâo propiciatória à felicidade posterior.
Não te permitas desvairar, acalentando ideias dissolventes, arbitrárias.
É impossível fugir-se ao dever, à responsabilidade e à vida, que sempre surpreendem os transgressores das suas leis, mais adiante com maior sobrecarga de aflições.
Cultiva, porém, a humildade e exercita a parcimônia.
Quando aprendemos a confiar em Deus e nos entregamos às Suas mãos, as coisas mudam de aspeto, a vida passa a ter significação mais profunda e importante.
Não te afadigues pela coleta das inutilidades fulgurantes que agradam aos sentidos ou dos prazeres exaurintes...
Em situação alguma te consideres à margem do amor de Deus, sob o açodar de dores mais fortes do que as tuas possibilidades de resistência.
No momento em que te vejas impelido à fuga de qualquer espécie, debanda, sim, das lamentáveis construções mentais e refugia-te no recanto da meditação, ungindo-te do miraculoso poder da oração, em que haurirás coragem e alegria para prosseguires nos compromissos redentores de que necessitas para a tua inadiável redenção.
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