Rumos Libertadores

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CAPÍTULO 13

EVOCAÇÃO DOS MORTOS

Estudo: Cap. V — Item 21.

Os teus mortos liberaram-se do corpo, mas não se evadiram da vida.

Aniquilou-se a matéria de que se utilizavam para a jornada redentora, durante a vilegiatura carnal, não, porém, havendo-se acabado o ministério evolutivo.

A desconectação das moléculas orgânicas de forma alguma destruiu neles a realidade eterna.

Espíritos imortais, transitaram da vestimenta física para a realidade causal donde vieram.

A morte os separou das imposições sensoriais, jamais os afastando das vinculações afetivas ou dos compromissos morais.

Não te ates pelo pensamento em desalinho aos que partiram da Terra, nem te vincules, em descontrole, às reminiscências infelizes que te assinalaram a convivência com eles.

Já cumpriram as determinações a que se encontravam submetidos, necessitando, agora, de tempo para a revisão 50 de conceitos e de atitudes, a fim de prosseguirem, vida afora, nos rumos da Eternidade.

Se foram bons e amigos, afetuosos e nobres, concede-lhes a dita de seguirem adiante, sem o teu egoísmo, desejando escravizá-los a ti.

Se deixaram um legado de penas entre dores e lembranças perniciosas, já padecem na consciência em despertamento inelutável a consequência da leviandade e da teimosia que se permitiram.

Não sejas, porém, quem os atormente mais.

Considerando a irrefragável transcendência da morte, que é cirurgiã da vida, cultua a memória dos teus queridos desencarnados mediante ações de que eles se alegrem, de que possam participar inspirando-te,, protegendo-te ou aprendendo contigo, agora, o que não souberam ou não quiseram aproveitar antes...

A vida, em qualquer expressão em que se nos apresente — através do corpo ou fora del e — é bênção de Deus, com inestimável significação para o processo iluminativo da consciência.


Não digas ou interrogues, ante os que desencarnaram: "Deixaram-me! E agora? Que será de mim?"

Estes conceitos, profundamente egoístas, atestam desamor, antes que devotamento.

Nem te entregues ao desejo de partir, também, sob a falsa alegação de que não podes continuar sem eles.

Esta atitude fá-los-á sofrer.

Põe-te no lugar deles.

Como te sentirias do lado de cá, acompanhando o ser amado que se resolvesse complicar a própria situação, justificando seres tu o responsável!?

Imagina-te impossibilitado por leis soberanas de socorrer ao amor da retaguarda que, em desalinho caprichoso, chamasse e imprecasse por ti, e verificarás quanto te seria doloroso.

Assim, também, eles sofrem em razão da atitude contundente, quanto se alegram em face da resignação, da saudade dúlcida e das preces gentis que os afetos lhes devotam.

Morrer, nem é mergulhar no caos do nada, como tão pouco é desferir voo para os altiplanos da felicidade ou os vulcões do horror... Simplesmente representa mudar de lugar vibratório; instrinsecamente cada um prosseguindo conforme era, com as conquistas e os débitos transferidos de lugar, porém presentes na consciência individual.

Envolve, assim, os entes queridos que desencarnaram, nas vibrações de carinho e de esperança, não os convocando antes do tempo, a injustificável intercâmbio mediúnico, com que os constrangerias, impondo-lhes inecessários padecimentos...

Não penses em evocá-los, curioso ou atormentado.

Reencointrá-los-ás, logo mais, quando também fores convocado ao retorno.

Tem paciência hoje, e organiza-te, a fim de os reabraçar ditoso, mais tarde, em condição de os ajudar, caso não estejam bem, ou receber-lhes a ajuda, se te encontrares em situação menos feliz.

Por enquanto, confia na vida, e de tua parte entrega-os a Deus, o Excelso Pai de todos nós, que a ninguém deixa sem o seu sublime auxílio.


Vivem os que morreram, prosseguindo na jornada adiantei


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