Rumos Libertadores

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CAPÍTULO 18

COM DISFARCE

Estudo: Cap. VII - Item 11.

Precata-te contra as urdiduras do orgulho, esse filho inditoso do egoísmo, que dizima tantas esperanças quanto o câncer.

Nem sempre se te desvelará em toda a sua purulência moral. Maquiavélico, insinua-se disfarçado de melindre, e, nas suas susceptibilidades, infiltra-se na mente, aturdindo, dilacerando o coração, enquanto, e simultaneamente, verte ácido violento que expele vapores letais...

Arma as conjunturas soezes, arrimado a nonadas, que transforma em montes com aparência de intransponibil idade. Sua sombra pesada obscurece a visão dos fatos e acontecimentos, alterando os contornos e criando fantasmas que se fazem agressivos e são apenas ilusão.

Afasta as criaturas umas das outras e desarticula os mais bem programados trabalhos edificantes.

Está em todo lugar, porque gerado no imo do homem pelas suas imperfeições, encontra-se onde este se apresenta.

Vigia-lhe o surgimento e combate-o com decisão, sobretudo com humildade.

O orgulho se alimenta das diatribes que arremessa e se compraz nas mágoas que infunde.

Após estabelecidas as suas tenazes destruidoras, se concede momentânea liberdade às suas vítimas, é para torturá-las com o acanhamento, a inquietação, a injustificável distância e a dificuldade em separar ou refazer o caminho percorrido, em retorno necessário...

Logo, porém, irrompe, macerando sob outros impositivos constritores, conclamando à fuga, à debandada, a conflitos deprimentes, à insegurança...

Não o vitalizes com as falsas ideias de honradez que, não raro, são apenas capricho mesquinho.

Não te digas decepcionado com o teu próximo.

Não lhe apontes os erros.

Faze tu, de forma que não decepcione; nem te permitas erros.


Não afirmes: — "Agora é tarde!" Não imponhas: — "Ficarei no meu posto, porquanto fui o ofendido!"

Vai ao irmão que delinquiu contra ti e pede-lhe desculpas.

Toma a oportunidade feliz da iniciativa nobre.

Quem dá o primeiro passo, chega antes ao termo do bem.


Quando Jesus foi esbofeteado pelo soldado, no Pretório, ante a multidão, não o condenou, não revidou, não se ofendeu... E era o Rei Solar! Recompôs-se e, tranquilamente, indagou do torpe agressor: — "Porque me bateste? Se falei mal, aponta o meu erro, mas se falei o certo, porque me bateste?"

Sob disfarce algum, não agasalhes o orgulho, nunca, pois que ele é o inimigo mais hábil prevenido contra o teu progresso espiritual.




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