Rumos Libertadores

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CAPÍTULO 21

DORES MORAIS

Estudo: Cap. IX — Item 7.

Os sofrimentos, genericamente dilaceram o corpo, alguns, todavia, esfacelam a alma, na roda dentada das aflições.

Aqueles que decorrem das enfermidades físicas e mentais produzem desespero, levando, não raro, os que os têm sobre os ombros, a estados de desesperação, se não se apoiam na resignação e na humildade. Todavia, os sofrimentos morais parecem transcorrer em clima de mais ásperas provanças.

Há dores físicas que se tornam difíceis tormentos morais. Sem embargo, os legítimos sofrimentos morais, aqueles que se transformam em feridas abertas em chaga viva ulcerando a alma, terminam em agonias físicas de largo porte...

Para as dores físicas, a ciência já conseguiu um sem número de recursos que colaboram para a recuperação da saúde e, ao mesmo tempo, produzem diminuição quando não transitória cessação dos padecimentos.

Diante, porém, das dores morais, as denominadas "ciências da alma" podem, quando muito, propor esquemas paliativos que, de certo, nSo atuando no cerne do problema aflitivo, não conseguem modificar a paisagem de angústia e sombra que escarnece e estiola a vítima.

Que medicamentos se podem propor, senão a terapia da prece, da fé abrasadora e da irrestrita confiança em Deus quando um filho ingrato deposita ácido no coração dos pais; quando um amigo se fez verdugo do seu amigo, olvidando toda a amizade, tornando-se azedo e perseguidor; quando um irmão agride outro, usando as covardes armas da traição, da maledicência e da calúnia; quando se ama sem receber-se correspondente sentimento; quando se está a braços com dramas e situações de impossível momentânea solução, que se deve silenciar no algodão da humildade, esmagando quaisquer expressões e manifestações do egoísmo e do orgulho; quando a viuvez, ou a orfandade, o abandono, ou desvalimento deixam à margem um ser sensível?...

Para as dores morais, sem dúvida, o amor feito de paciência e perdão deve constituir arrimo e apoio a quem experimenta essa benéfica provação.

Não te desesperes, quando colhido pelas dores morais reparadoras.

Não te rebeles ante a injunção moral que te chega, semelhante a uma brasa ardendo na mente ou uma férrea mão a esmagar-te o coração no peito ferido.

Levanta a cabeça, e ora, sem desfalecimento.

Ajoelha-te, em espírito, numa atitude de humildade, e suporta.

O algoz de agora se modificará com o tempo.

A vida espera-o logo depois, conforme a ti próprio hoje alcança.

Não revides de forma alguma.

Utiliza-te da ensancha e aprofunda uma análise mental nas tuas atitudes comportamentais.

Se eles, os que te crivam de farpas de angústia, têm razão, perdoa-os e renova-te, modificando para melhor o roteiro por onde segues.

Se não têm razão, perdoa-os da mesma forma e espera.

O amanhã é novo dia para todos.

O que agora não entendas, mais tarde se te aclarará.

Porfia no testemunho, lanhado e sofrido, com humildade, vencendo o orgulho, e chegará o momento da tua paz e perfeita integração no clima de felicidade que desde hoje almejas...




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