Rumos Libertadores
Versão para cópiaANTE O CIÚME
Estudo: Cap. XI — Item 4.
Disfarçando-se com habilidade, o ciúme aparece em complexa nomenclatura: "zelo de amor", "vigilância afetuosa", "tempero do amor", "demonstração de afeto", "receio de perda", fugindo à responsabilidade para afligir e atenazar.
Fazendo enxergar por meio de lentes defeituosas, tudo se transforma sob sua mira, alterando-se, criando imagens infelizes e inculcando ideias venenosas de que se serve para o comércio da desarmonia e da desdita.
O ciúme é enfermidade do sentimento, das mais danosas. Por proceder do imo de quem lhe sofre a constrição inditosa, sua erradicação faz-se difícil, porque exige esforço e denodo, numa batalha rude contra o amor próprio.
Filho especialmente mimado do egoísmo, envolve-se nas roupagens da astúcia, de que se utiliza para insinuar-se e manter-se oculto, até o momento de desferir os golpes mortíferos com que azorraga aquele que o conduz, quanto quem lhe sofre a ditadura malévola.
O ciúme jamais deve ser considerado como manifestação de amor, exceção feita â forma possessiva de amar, portanto, desequilíbrio e dominação do sentimento enfermo.
Investe contra esse sórdido cúmplice da paixão dissolvente todos os teus esforços e não lhe dês trégua, como te apareça, onde surja, quanto conspire contra tua afetividade digna.
Se alguém não corresponde à tua dedicação e prefere ir adiante, ciumar e afligir de forma alguma produzirá resultado salutar.
Se te trai o ser a quem amas, ama ainda mais, sem propriedade nem perseguição.
. Se alguém te mente em nome da amizade ou do amor, reserva-te dignidade afetiva, fazendo o que te cabe.
Nem ressentimento nem exigência.
Quem vai adiante pelos ínvios caminhos, necessitará de tuas mãos e coração tornados concha de amor e caridade, logo m ai s...
Desde que amas, não tenhas pressa. Chegará a tua vez de auxiliar o amor que se enganou e que necessita de ti, quando lograrás, então, recuperar o coração infiel, fruindo a paz que decorre de uma consciência reta e uma dedicação real.
Ciumar, porém, nunca!
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