Rumos Libertadores

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CAPÍTULO 42

GOZOS E CÁRCERES

Estudo: Cap. XVII — Item 8.

Por mais te justifiques os prazeres equívocos não os tornarás morais ou legais. Mesmo transitoriamente abonados por leis humanas falsas não serão sancionados pela tua consciência, que um dia despertará sob a inspiração da Divina Consciência.

A ansiedade, o obnubilar da razão ante a falsa necessidade do gozo produzirão, cessado o momento anelado, uma amarga decepção. Talvez não te dês conta inicialmente. Todavia, a pouco e pouco, mediante a repetição sôfrega e rápida, sentirás o tédio e compreenderás o quanto te cabe suportar, doravante, sob a carga que te impuseste.

As concessões ilusórias são breves.

Céleres passam as horas, e na contabilidade do tempo, as que foram desperdiçadas ressurgirão em forma de carência, de necessária reabilitação. Entretanto, aquelas que te constituíram renúncias, sacrifícios compensar-te-ão com imensurável paz em caudal de indefiníveis bênçãos.

Se te encontras a ponto de comprometer-te com o erro, estuga o passo e não prossigas.

Se derrapaste pela rampa de insensatez e ainda não tomaste conhecimento da gravidade não tem comprometas mais.

Se já percebes o engano cometido, não te detenhas em remorsos inúteis. Faze o caminho de volta e não te negue? o pagamento nobre do desaire. Amanhã é dia novo.


* * *

Conversa um pouco com os que estão nos cárceres entre arrependimentos tardios e domínios de Entidades perversas. Foram vítimas de um momento de irreflexão, de largos dias de revolta. Quiçá não tiveram a claridade da fé pelo caminho escuro por onde transitavam.

Ouve um coração traído e sentirás quanto dói a sua agonia. Coloca-te, em pensamento, no seu lugar, e, sem dúvida, não gostarias de ser ele.

Os enredados nas malhas do vício são tristes e desiludidos. Quando fingem alegria, apenas fazem bulha, e quando estrugem de felicidade, não se encontram em estado de lucidez, antes estão estimulados por drogas ou açodados por ânsias alucinantes. Logo mais estarão caídos, em entorpecimento.

De forma alguma te permitas enfileirar-se como um deles.

A saúde da alma se nutre de equilíbrio e de perseverança nos ideais nobilitantes da vida.

Não te creias em desamparo ou olvido, somente porque supões faltar-te alguém que te comparta o festival do amor, ou a mesa farta dos gozos, ou as concessões outras que se te fazem escassas.

Isto logo passará.

O que te é destinado, lograrás a esforço, porque ora o que te falta resulta da abundância que malbarataste.

Ninguém está, na Terra, em regime de desgraça total ou de felicidade plena.

Resolve-te pela paciência e porfia na esperança resignada.

Em momento algum te excuses redenção ou crescimento moral.


* * *

Há os que estão em cárceres materiais por erros de hoje e de ontem.

Existem os que estão limitados em jaulas carnais pelas mesmas razões.

Multiplicam-se os presos no remorso ou no vício de ontem ou de agora.

Todavia, quando Jesus foi preso numa cruz, transformou-lhe os braços em asas sublimes, ensinando que somente na consciência reta e na conduta irreprochável encontra o homem, em qualquer circunstância, os meios para ser livre e feliz, rumando para os cimos da imortalidade triunfante.




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