Rumos Libertadores

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CAPÍTULO 45

FÉ-CONQUISTA

Estudo: Cap. XIX — Item 4.

A fé é uma virtude intelectual, que decorre do esforço racional, laborado a penates de sacrifícios e abnegação.

Ao brotar espontânea hoje, tem as suas nascentes no passado, quando foi iniciada e desenvolvida sob a custódia da confiança que a corroborou mediante a demonstração pelo fato.

Necessidade imperiosa para o ser inteligente, já que ninguém se consegue realizar sem o contributo da sua vigência, impõe requisitos de valores morais que constituem o embasamento da sua fixação no cerne da alma.

Alimenta-se de exercícios espirituais e reflexões, sem o que esmaece, deperecendo e apagando-se temporariamente.

Atavismo primário da vida é lâmpada acesa no imo do espírito, a refletir através de renovações incessantes, até que os subsídios do testemunho pelos fatos lhe definam os contornos, estabelecendo as suas diretrizes contra as quais força alguma logra êxito na tentativa de extirpá-la.

Por questões imediatistas, o homem se deixa soçobrar nas ondas revoltas dos testemunhos e dos sofrimentos.

abatendo-se na negação com que espera fugir das conjunturas numa ânsia de apagar-se, apagando os fatores perturbantes que induzem ao desespero. No entanto, dileta filha do amor, a fè renasce e estua na mente, dominando o coração, transformando-se em virtude do sentimento, mão da esperança e da caridade, em cujos braços se nutre, ao mesmo tempo vitalizando-as, porquanto, sem o seu contributo, aquelas não conseguiriam medrar ou sobreviver, quando repontassem Não te deixes assoberbar, no báratro das aflições, sem os teus momentos espirituais para a reflexão.

A fé que não reflexiona perde vitalidade e se transforma em hábito de crer, sem os expressivos recursos da coragem na luta e do ânimo diante das vicissitudes inditosas mas necessárias.

Não te recuses, no afã que te absorve, os momentos de oração.

A fé que se não nutre na prece, facultando o deleite da vivência espiritual, se converte em acomodação que não suporta os imperiosos testemunhos do caminho evolutivo por onde todos transitam.

Não te receies, diante do volume de deveres por executar, de parar, para haurir na inspiração divina o pão mantenedor.

A fé que não se. faculta abrir à sintonia com as fontes inexauríveis do Mundo Espiritual, se entibia, porque desfalece ante as imposições do vaso carnal, transitório, a que o Espírito se jugula para o impositivo evolutivo.

Reflexão, prece e inspiração — eis os recursos vitais para a problemática da fé espiritual, no campo de atividades entre as criaturas humanas.

Se ainda não consegues "a fé que remove montanhas", se te sentes desfalecido sob o fardo dos problemas, se os conflitos te despedaçam, às vezes, os sentimentos e não encontras o apoio total da fé, não recalcitres; começa o exercício da confiança, entrega-te às mãos de Deus e, sem reagir, sem arrojar-te aos dédalos da alucinação, perceberás que os débeis lucilares da claridade espiritual imortalista surgem, atestando a misericórdia do Pai, e, por fim, dominando-te em totalidade, a ponto de fazer-te "carta- -viva" da fé legítima, clarificando o roteiro sombrio de todas as almas.




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