ALERTA

O imperativo da vigilância constitui método preventivo eficiente contra males inumeráveis.

Hoje, mais do que ontem, a vaga da alucinação faz soçobrar, na Terra, o código de ética sobre o qual se mantinham as diretrizes do equilíbrio e da paz da criatura humana.

Cresce, a cada momento, a onda gigantesca arrastando verdadeira mole de pessoas desassisadas, arrebentando construções morais respeitáveis e atingindo muitos discípulos do Evangelho, que se deixam colher, imprevidentes.

Os fatores dissolventes, que são recebidos com entusiasmo neste período de aflições, repletam Sanatórios, Clínicas psiquiátricas, Hospitais de várias especialidades, não se considerando o crescente número dos enfermos que deambulam a esmo pelas ruas das megalópoles regorgitantes, ou nas praças dos pequenos conglomerados do interior, ou surgem nos campos, lentamente despovoados...

Enfermidades de etiologia desconhecida grassam, exigindo redobrados sacrifícios de cientistas dedicados, nos laboratórios de investigação e nas demoradas pesquisas que lhes absorvem as horas, tentando encontrar-lhes as causas.

Certamente, este é um estado de emergência, que se vive na Terra, aliás, anunciado pelo Senhor, quando, se referindo aos "tempos chegados", descreveu os sinais característicos ora evidentes.

A violência urbana, a agressividade mental, moral e física, a volúpia dos prazeres exacerbados, a insatisfação dos sentidos em desgoverno, as ambições desmedidas pelo poder, as providências criminosas em favor do aborto, a escassez de pão, a indiferença ctfetiva são apenas alguns dos muitos males que se multiplicam no organismo enfermiço da sociedade que torna o homem alienado, empurrando-o para a loucura desabrida, o suicídio nefando.

Momento de alerta que concita a uma revisão de conceitos, à meditação, à programação de comportamentos novos, a fim de superar-se as circunstâncias difíceis, sobrepor-se à situação dolorosa.

O Evangelho de Jesus, entretanto, constitui terapia preventiva quanto curadora, sendo a única diretriz de segurança para o homem moderno repletado de favores tecnológicos, mas esvaziado de paz interior.

Atualizando o pensamento de Jesus Cristo, o Espiritismo surge, "à hora predita", auxiliando o homem com as armas da razão e dos fatos, para que ele possa enfrentar as dificuldades e asperezas a que faz jus, em razão dos descalabros e arbitrariedades do passado... "Vigiai e orai" — proclamou o Mestre, em vigorosa advertência, concitando os discípulos à valorização das horas mediante o seu aproveitamento salutar.

Diante das contingências da atualidade, em que o homem lamenta a escassez de tempo para orar e meditar, não se pode, no entanto, isentar do impositivo da vigilância.

Assim pensando, ao largo dos meses, escrevemos as páginas que constituem este livro de alerta, oferecendo temas breves, com respostas evangélicas e espíritas aos muitos problemas que aturdem e desconsertam as pessoas.

Sugerimos algumas reflexões para antes das decisões a que todos somos chamados a cada instante, no dia a dia do processo evolutivo.

São pensamentos simples e rápidos para os problemas de emergência e os procedimentos de difícil acerto.


Esperamos, desse modo, que os nossos eventuais leitores, antes de assumirem posições radicais ou tomarem decisões irreversíveis, parem um pouco, alerta contra o mal, leiam uma página, um conceito ao menos e orem, marchando, depois, na direção do dever. Todavia, se já foi assumida a responsabilidade pela ação realizada e considerando-a precipitada ou desastrosa, infeliz ou prejudicial, antes de fazerem um mecanismo neurótico, tormentoso

> pedimos compulsem esta Obra e reflexionem em algum capítulo, renovando-se e reunindo forças para se recuperarem, desculparem, deterem as consequências do gesto impensado, prosseguindo de ânimo robusto, estrada a frente, na marcha ascensional.

Aguardando sensibilizar alguém em aflição, facultando-lhe uma visão positiva e otimista da vida, agradecida pela oportunidade de serviço, rogamos ao Senhor de todos nós que nos abençoe e nos guarde na Sua paz.


Joanna de Ângelis Salvador, 1° de julho de 1981


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