CAPÍTULO 25

PALAVRAS DE ESTÍMULO

A experiência da dor e da soledade, cimentando os compromissos da redenção a benefício nosso, é dádiva de Deus, que nos cumpre valorizar sem qualquer amargura.

Não são os que fruem, nem os que se utilizam do corpo para o prazer, os que transitam ditosos.

Houve tempo em que assim pensando - usufruir até a exaustão — utilizamo-nos da vida para os atuais processos de recuperação afligente...

Hoje, os teus são os compromissos com o amor silencioso e a ação renovadora de espalhar a mensagem espírita quanto te permitam as possibilidades, sem esquecimento das tarefas normais, nas quais tens empenhado a existência.

Ora e serve, estuda e medita, sem cansaço, para servires sem desfalecimento.


* * *

Se a árvore temesse a poda, decretar-se-ia à inutilidade prematura...

Se os metais evitassem a fornalha, candidatar-se-iam ao aniquilamento pelo desgaste ante a umidade...

Se o solo se negasse à chuva abundante, terminaria em deserto infeliz...

É sempre a bigorna da aflição trabalhando hoje em dor, a fim de evitar destruição amanhã pela dor.


* * *

Aproveita com sabedoria tuas horas e ganha os teus minutos na ação edificante, sem pessimismo nem receio de qualquer porte.

Os espinhos do passado, cravados nas carnes da alma, abrir-se-ão em flores de paz, mais tarde.

Quando a fonte generosa tem os minadouros esgotados, diz-lhe a nuvem passante: "Espera!" Quando o fruto verde estua, fala-lhe o sol amigo: "Espera!" Quando o sofrimento domina, canta-lhe a fé: "Espera!" Vem a chuva e a fonte se enriquece; o calor chega e o fruto amadurece; a fé arde e o sofrimento pacifica...

Em nossa área de evolução tudo segue marcha equivalente.

Espera!

Transfere as tristezas da Terra e confia nas alegrias do reino, desde hoje até mais tarde.

Não temas nunca!

A sós se encontra quem se afasta do amor de Deus e nem assim este se detém em abandono.

Conserva o otimismo e ajuda os corações em agonia maior, tu que sabes das agonias silenciosas do coração.




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